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Amor pela camisa - A Extinção

A direção dos clubes hoje não respeitam mais as lendas e assim como fica o amor pela camisa, o amor pela história do clube e a linda trilha que as lendas deixam?

Nos dias atuais, isso se tornou algo raro ou praticamente extinto e inexistente. Jogadores que amam realmente seu clube se aposentaram e hoje são torcedores como nós. E aos que restaram... apenas reverência. São cavalheiros, sua história nos clubes devem ser eternizadas, nascer e morrer em um clube que antes era sonho de todos, fazer história e levar seu seu time até a glória hoje se tornou apenas contos para serem contados.

Contamos nos dedos hoje jogadores que construíram sua história no clube e continuam nele ou já se aposentaram. No Brasil, os casos dos arqueiros Marcos e Rogério Ceni são exemplos de encherem os olhos de qualquer admirador de futebol e são lendas que devem ser respeitadas não só no Brasil como no resto do mundo.


Marcos deixou o interior muito jovem, foi para as categorias de base da Sociedade Esportiva Palmeiras, assumiu a vaga de terceiro goleiro do clube, assumiu a vaga de titular em uma competição internacional e depois.... é amigos, é história. Rogério Ceni seguiu mesmo caminho e, além de goleiro, se tornou um dos artilheiros da história do São Paulo Futebol Clube, um feito inédito na história do futebol, chegar a 100 gols jogando em baixo das traves. Marcos se aposentou e hoje é um ilustre torcedor respeitado pela torcida alviverde e pela nação Brasileira. Rogério Ceni continua firme aos 42 anos nos gramados do Murumbi.
                              
Marcos e Rogério Ceni na seleção Brasileira em 2002
Agora, casos que nos deixam bem chateados são os de ídolos que são queimados por partes internas e graças a diretoria incompetente de clubes que não valorizam seus ídolos Os casos de Gerrard e Casillas foram os mais recentes com mais repercussão.

Segundo a diretoria do Liverpool, Steven pediu para sair pois ficava muito no banco. Culpa do técnico que tinha um monstro da bola parada e do meio-campo e não usava ou da diretoria que inventou isso para liberar o craque? Pelo tempo de clube e história de Steven em Anfield, isso é suspeito. Gerrard poderia conversar facilmente para resolver a situação ao invés de trocar seu clube e sua história pelo novato L.A Galaxy na liga americana.



Casillas saiu pelos fundos do Real. Uns diziam que ele não passava confiança, outros que era apenas uma ''má fase'' do goleiro e que passaria. Em meio de desconfianças, se lançou ao mercado e, com a história que Iker tem não só no Real Madrid, mas como na seleção espanhola, não demorou muito tempo para um clube da Europa se interessar e ele foi o Porto. Mais um caso de diretorias que queimaram ídolos por desconfiança e não os deixaram seguir o lindo caminho de lendas como Ceni e Marcos.

Ídolos que trocaram seus clubes por ''Brigas Internas'', ''Falta de Espaço'' ou ''Dinheiro para torcedores".
Muitos torcedores disseram que o dinheiro influenciou de certa forma na saída dos jogadores de seus clubes. Concordo em partes em alguns casos, como o de Lampard, que abandonou o Chelsea para o mesmo destino de Steven Gerrard, mas o destas lendas não se encaixam de forma nenhuma. Xavi saiu do Barcelona por não conseguir renovar seu contrato e ter perdido vaga no brilhoso elenco do Barcelona, já Cech, liberado por não ter espaço no time titular e com alta qualidade, saiu da equipe assinando com um rival. Um erro, já que Cech fez história no Chelsea e acabou assinando com o Arsenal, colocando sua caminhada nos Blues em xeque.

Em um mundo futebolístico como esse, também existem jogadores que voltam ao seu clube, como foi o caso de Carlos Tévez. Isso, por sinal, mostra que o futebol ainda vive no coração de jogadores nos dias de hoje. Tévez levou a velha senhora até a final da Champions em alto nível ao lado de Buffon e cia e no final voltou para suas origens por amor ao clube, recebendo menos e com menos luxo de como era na Itália. O futebol ainda existe no coração de jogadores.
      
Carlos Tévez de volta a Buenos Aires
Direções de times não respeitam mais os clubes, preferem de certa forma fazer o seu e esquecer que tem uma história antes e arruinar tudo. Resta saudade, a palavra que podemos usar para definir a cena que deixaremos de ver daqui a alguns anos. O amor pela camisa não existe mais em forma de conseguirmos enxergar e sim do jogador apenas sentir, o jogador sai do clube e o clube não sai do jogador. É amigos, vamos perdendo coisas belas que o futebol proporciona e novas gerações não irão sentir o prazer de ver craques assim e suas lindas histórias nos clubes.


- Iago Andrade

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