Depois da
vitória de virada na semana passada, o Metrô teve outro jogo "dentro de
casa". Só pelo mando, porque o jogo foi em Florianópolis. O adversário era
nada menos que o líder do grupo, o time com o melhor ataque não só do grupo,
como do campeonato inteiro. O São Caetano, tradicional time paulista, que
chegou até em final de Libertadores. Mas o currículo, claro não entraria em
campo.
Metropolitano x São Caetano. Foto: Sidnei Batista/Assessoria CA Metropolitano
O bom ambiente
no time, a retomada nas vitórias (eram 9 jogos oficiais sem vitórias) e
principalmente, o bom volume de jogo apresentado pelo Verdão na vitória contra
o Voltaço, animou a torcida. Mas nem tudo eram flores, pelo contrário, a equipe
mostrou muitas falhas contra os cariocas, principalmente na parte da criação e
finalização. Mas hoje, não perdemos para o São Caetano (sim, na prática,
perdemos), mas principalmente perdemos pelos nossos erros, nossas burrices.
Como diz o próprio ditado: ERRAR É HUMANO, MAS PERSISTIR NO ERRO É BURRICE. E
foi isso que aconteceu.
Tanto em Lajeado,
como em Floripa semana passada, percebemos alguns erros na escalação. Jogadores
que são considerados titulares, mas que não fizeram nada nos dois jogos. Gilton
na lateral Eesquerda, Harrison no meio e Giso no ataque. Uma falha em cada
setor, e que eu mesmo havia dito no pós do outro jogo: "O nosso meio campo ainda está inseguro, com
dois jogos e atuações bem abaixo de HARRISON e Altino. Nos dois jogos, Joílson
mudou o time, foi aonde jogamos melhor com a entrada dele. No ataque, GISO não
acertou uma até agora. O reserva dele fez um gol. Então já sabemos oque deve
ser feito. Espero que o técnico Pingo também tenha visto isso. E nosso Lateral
Esquerdo GILTON também não agradou até agora. Os dois gols sofridos na D foram
falhas do lado dele. Enfim, temos sete dias para rever esses erros e
concerta-los até o confronto contra o São Caetano".
"Espero que o técnico PINGO também tenha
visto isso". Não viu. Insistiu no erro, continuo com os 3 jogadores na
equipe, e ainda mexeu em um setor que foi muito bem no jogo contra os cariocas:
a Zaga. Elton e Alexandre Carvalho são velhos conhecidos, é a dupla que mais
vestiu a camiseta do Metropolitano juntos na zaga. Sabem como o outro joga. Mas
não, Pingo resolveu inventar de tirar Alexandre Carvalho e botar Renato Silva,
que nem de longe está na sua forma física ideal. Sendo assim, o Metrô foi a
campo com Rafael Córdova, Arlan, Renato Silva, Élton, GILTON, Eurico, Altino,
Mazinho, HARRISON, GISO, Lima.
O dia estava
ensolarado, calor, campo seco e bom. Isso era oque falta(va) ao Metrô. Um campo
bom para o toque de bola. E o jogo começou, como sempre, com o Metrô atacando.
Em 5 minutos, duas chances boas de gol. Mas, no 1º ataque da equipe paulista, a
1ª falha dentro de campo do Metrô. Numa bobeira de Altino, que entregou a bola
para o azulão, Jô chutou, para em Córdova, mas no rebote, botou a bola pro
fundo do gol, abrindo o placar para os paulistas. A partir daí começou um
festival de erros de passes, e com muito nervosismo e pouca efetividade, o
Metrô não conseguia chegar ao gol de empate. Os laterais erravam os
cruzamentos, os meias não conseguiam fazer ligação com o ataque, e Giso chutava
pra fora. Na oportunidade mais clara de empate, numa cobrança de escanteio, o
zagueiro Élton perdeu o gol após a bola bater duas vezes na trave e o goleiro
Saulo segurar a bola. Aos 36 minutos, o 2º baque. Em um contra ataque rápido,
Bruno Recife se livrou da (fraca) marcação de Arlan e cruzou a bola rasteira.
Jô, novamente ele, aproveitou e guardou o 2º gol dele na partida. 8 minutos
mais tarde, um pequeno alívio. Em uma falta, Mazinho arriscou de longe e marcou
um golaço, diminuindo o placar para o Metrô. Era o gol pra voltar ao jogo, pra
ir para o intervalo mais aliviado e podendo reagir. Mas não. Conseguiram oque
ninguém esperava. Estávamos comemorando ainda o gol de Mazinho, quando na saída
de bola, o Azulão guardou o terceiro gol, com Róbson. A diferença entre os gols
foi de apenas 33 segundos. Um gol inadmissível. Mais uma falha da zaga (Leia-se
Renato Silva).
Veio o 2º
tempo, e com ele, Pingo viu a cagada que tinha feito de botar Renato Silva no
lugar de A. Carvalho. Meio tarde, né? Renato Silva saiu por CANSAÇO. CANSAÇO
PÔ. O que passou pela cabeça de Pingo de botar um zagueiro que não aguenta 45
minutos? Uma substituição queimada. Mais uma burrice. Logo aos 3 minutos,
Gilton, tão criticado por mim, fez um gol. O do desconto. Mas foi só isso. O
resto do jogo não acertou um cruzamento, um passe, e ainda falhou na marcação.
Pingo partiu para o desespero, botou Ariel no lugar de Harrison e Thiaguinho no
lugar de Arlan. Quatro atacantes. Não deu em nada, criação não existia, erros
de passes, São Caetano cozinhando o jogo e Lima sozinho, reclamando que o time
não passava a bola pra ele. Por quê? A bola não chegava de jeito nenhum nele. O
jogo acabou: Metropolitano 2x3 São Caetano.
É, Metrô.
Persistindo no erro, o negócio nunca ira andar. Mas não é só isso não. Falta raça
e vontade. Falta dialogar e cobrar do companheiro. Faltou a torcida. Temos que
nos ligar que essa 1ª fase é tiro curto. A Série D em si é um tiro curto. E tá
faltando ao Metrô uma coisa que nenhum dos outros 39 times tem: A EXPERIÊNCIA
de jogar a Série D. Faltou ao Metrô à garra de série D. Faltou o
comprometimento com o jogo. Faltou mais TESÃO pra definir o jogo.
Quanto ao
Pingo, sempre defendi ele. No catarinense, quando todos pediam a cabeça dele,
eu o defendia. Na apresentação do elenco, cheguei pra ele e disse: "Boa sorte Pingo. Confio em você e no teu
trabalho. Tenho certeza que você é o cara do nosso acesso". Pois é,
Pingo. Já não sei se estava certo disso. Ainda acredito no time, na comissão
técnica. Mas desde que haja uma mudança de comportamento, atitude e
principalmente: Mudanças nas escalações. E o pior que insistimos nos erros em
3/8 dos jogos. Quase metade dos jogos. Não há mais espaços pra erros. Agora é
buscar pontos em Foz do Iguaçu Até estava
pensando em ir, mas gastar tempo e dinheiro pra ver Giso, Harrison e Gilton na
titularidade... Vale a pena?) e São Caetano do Sul. Trazendo 4-6 pontos,
voltamos à briga. Menos do que isso, já podemos pensar na Copa SC, e começar
tudo de novo. Espero que não. Depende apenas de vocês. VOU COM ELE ATÉ O FIM.
SITUAÇÃO DO GRUPO
Ganhar do Foz,
fora de casa, virou Obrigação.
Fotos: Futebol
Interior
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