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Exclusividade do Pan-Americano

Muitos esportes disputados no Pan-Americano não fazem parte do calendário olímpico. Mas, não é por isso que brasileiros não se destacam. Muitas medalhas já foram somadas ao quadro do Brasil no Pan-Americano de Toronto, Canadá, graças a estes esportes. Entre eles estão: beisebol, boliche, caratê, esqui aquático, patinação sobre rodas, raquetebol, sotfbol e squash.

Não muito difundido pelo Brasil, infelizmente, o beisebol não teve representante para competição dos Jogos Continentais deste ano.

Enquanto o boliche, lazer para quase todos, trouxe uma surpreendente medalha de ouro. Marcelo Suartz conquistou a inédita primeira posição nos Jogos Continentais para o Time Brasil. O atleta venceu o venezuelano por 201 a 189 pontos, depois de ter conquistado uma medalha de bronze em Guadalajara, 2011. A disputa de boliche pode entrar nos Jogos Olímpicos em 2020, Tóquio.

Muito assistido em filmes, o caratê conquistou três medalhas de ouro e duas de bronze. Douglas Brose, com ótima campanha, teve quatro vitórias em cinco lutas e ficou em primeiro lugar na categoria 60kg. As outras duas douradinhas vieram nas lutas femininas de categoria 55kg e 68kg com Valéria Kumizaki e Natalia Brozulatto, respectivamente. Nas categorias até 50kg e mais de 68kg femininas, Aline Souza e Isabela dos Santos ficaram na terceira posição. Assim, a equipe brasileira foi campeã geral na disputa do caratê. Agora, a equipe brasileira se prepara para defender o título no Mundial de Caratê que acontecerá ano que vem na Áustria.

Crédito: CBK
De pouca repercussão no Brasil, o esqui aquático surgiu nos Jogos Pan-Americanos em 2007. Nesta edição, sediada no Rio de Janeiro, o atleta Marcelo Giardi conquistou o ouro. Porém, nos Jogos de Toronto, os brasileiros não conseguiram boas apresentações e não conquistaram nenhuma medalha. Luciano Rondi, do wakeboard, foi o brasileiro melhor posicionado, terminando a disputa em quinto lugar. Já Felipe Neves da categoria slalom saiu na primeira rodada, terminando as classificatórias na 11ª posição no ranking, não passando para a próxima etapa.

Crédito: COB
Na patinação sobre rodas, o nosso atleta é tetracampeão pan-americano. Marcel Sturner, de 29 anos conquistou a medalha de ouro após ótimas apresentações que envolveram e emocionaram os presentes nas arquibancadas. Na primeira prova de programa curto, Marcel levantou o público com a música da trilha sonora da série cinematográfica Jogos Vorazes e no programa longo, o patinador apresentou uma coreografia embalada pelos Beatles. Após a participação nas três competições continentais anteriores, Marcel apontou como seu último Pan-Americano este no Canadá. A campeã sul-americana júnior de solo dance, disputado este ano no Paraguai, Ana Beatriz Toledo, nos explica um pouco sobre a disputa da patinação artística no Pan.

- A patinação artística é um esporte que possui três modalidades feitas com somente um patinador na pista. No Pan, somente há competição de uma destas modalidades, que é denominada de livre. Sua competição é dividida em duas partes, programa curto e programa longo. O programa curto corresponde a 25% do resultado final da competição com duração de 2 minutos e 15 segundos, e possui seis únicos elementos obrigatórios. O programa longo corresponde a 75% do resultado final da competição com duração de 4 minutos e não possui um número máximo de elementos, mas possui suas obrigatoriedades.

Na patinação feminina, a jovem de 20 anos, Talitha Haas após um bonze em Guadalajara 2011, conseguiu a medalha de prata no somatório das apresentações animadas que apresentaram um grau de dificuldade e marcações consistentes. A patinadora Ana Beatriz, convocada pelo terceiro ano consecutivo para representar o Brasil no Mundial, em setembro na Colômbia, também nos destaca e exalta a importância das conquistas continentais para o esporte crescer no país.

- Essas medalhas são, sem dúvida, muito importantes para a patinação. Por conta de não ser esporte olímpico tem muitas dificuldades em conseguir um patrocínio ou ao menos um apoio, e como o Pan é o maior evento que inclui outros esportes faz com que essas dificuldades algumas vezes diminuam. Assim, por ser um evento que compõem países da América inteira, o Pan para os esportes não olímpicos é considerada uma Olimpíada, devido à importância que ele tem para esses esportes e países.

Mesmo com ótima campanha na patinação sobre rodas artística, o Brasil não teve participação na disputa de patinação sobre rodas em velocidade.

Infelizmente, também, na disputa de raquetebol, esporte pouco conhecido, não apresentou nenhum representante brasileiro para os Jogos Pan-Americano de Toronto.

No softbol a equipe feminina brasileira, única representante, ocupou a quarta posição. Contentes com o resultado rasparam pela medalha para esta modalidade sem apoio e incentivo em nosso país.

Pouco conhecido dos brasileiros, o squash foi um esporte representado por duas mulheres nos jogos Pan-Americanos deste ano. Thaisa Serafini ficou em quinto lugar e Tatiana Damasio em nona posição. Na competição de duplas, as brasileiras ficaram em quinto lugar e no somatório de equipes feminino, o Brasil ocupou a sétima posição.

Ano que vem, no Rio de Janeiro, estes esportes vão fazer falta pela beleza, originalidade, novidade e torcida que eles carregam. Mas quem sabe, um dia todas as modalidades esportivas consigam o apoio e a representação desejada.

Com carinho, Cássia Moura (@cassinha_moura)

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