No pior jogo do campeonato, Goiás e Chape empatam sem gols

Goiás chega a 6 jogos sem vitória no Brasileiro. Situação não é boa.
Foto: Reprodução/Globo Esporte

Na noite desta quarta-feira (12), Goiás e Chapecoense se enfrentaram no Estádio do Serra Dourada, em partida válida pela 17° rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.

Depois de empatar contra o Figueirense no domingo após estar vencendo a partida por 2x0, a Chapecoense viajou para Goiânia com duas novidades. Wagner, voltando de suspensão, e Cléber Santana, que voltou de lesão e passou por um drama inusitado no início da semana, quando seu cachorro Maradona desapareceu. O jogador ofereceu uma camisa de recompensa para a pessoa que o encontrasse, o que aconteceu na terça-feira a tarde. Para a partida, o treinador Vinícius Eutrópio, muito criticado após o empate no duelo estadual, fez uma alteração na equipe titular e Neném deixou a equipe para entrada do volante Gil.

Já o Goiás, sem vencer a 5 rodadas e desesperado por estar na zona de rebaixamento, não pôde contar com o zagueiro Fred, que levou o terceiro amarelo diante do Atlético-MG. Para seu lugar, Julinho Camargo escalou Valmir Lucas. Outra alteração foi a volta de Patrick na equipe titular no lugar de David.

O Jogo:

A partida de hoje é, sem dúvidas, a pior que já vista no campeonato. O Goiás foi com uma postura de atacar sem medo para ir atrás do gol que tanto precisava para sair com os 3 pontos, mas a Chapecoense se fechou completamente e dificultou a vida do time esmeraldino na partida.

O primeiro lance de perigo foi dos visitantes, quando, em um contra-golpe, Bruno Rangel recebeu a bola e chutou de bico no canto do gol, mas o goleiro Renan se esticou e fez a defesa. A única alternativa que o Goiás poderia optar era pelo chute de fora da área; Bruno Henrique foi o primeiro a arriscar e quase deu sorte com a falha de Danilo na hora de segurar a bola.

A melhor chance foi quando Bruno Henrique invadiu a área pela esquerda e cruzou rasteiro para Murilo, mas o atacante improvisado de meia chutou em cima da defesa. O Goiás ainda teve tempo de arriscar chutes com Patrick e Felipe Menezes e reclamar de um pênalti que não existiu. Primeiro tempo sem gols e com vaias.

Goiás tinha dificuldades para passar pela defesa da Chapecoense.
Foto: Globo Esporte.

Na segunda etapa, o jogo não mudou muito, mas a Chapecoense se fechou mais ainda e o Goiás precisava de mudanças, então Julinho Camargo colocou Liniker no lugar de Murilo. Até aí nada de errado, mas o time continuava sem criar as jogadas. Na segunda alteração, um erro que custou caro para o Goiás. Ruan entrou no lugar de Felipe Menezes, tirando toda a movimentação do time esmeraldino e dificultando ainda mais o jogo.

Como se não bastasse quatro atacantes em campo, o desespero de Julinho aumentou e ele tirou Erik, que teve mais uma atuação apagada, para colocar Carlos Eduardo, que não acrescentou nada para o time. A única chance criada pelo Goiás na segunda etapa foi em um chute de Bruno Henrique que Danilo fez a defesa.

No final do jogo, muitos xingamentos em cima da diretoria esmeraldina, que está se decaindo no amadorismo e na decepção.  

Na última rodada do turno, a Chapecoense recebe na Arena Condá o líder Atlético-MG no próximo domingo (16), às 18h30. Já o Goiás viaja para São Paulo, quando enfrenta no sábado, ás 21h, o São Paulo no Estádio do Morumbi.

Rebaixamento decretado.

Após o apito final do jogo de hoje, ficou decretado, para muitos torcedores, o rebaixamento do Goiás para a Série B do Campeonato Brasileiro. Era a prova de fogo para Julinho Camargo, que não teve competência nas substituições e, mais uma vez, ficamos mais uma partida sem marcar gols. Perdemos pontos em casa contra o Avaí, Flamengo, Fluminense, Atlético Mineiro e agora a Chapecoense. Partidas que poderiam ter sido ganhas, mas é claro, o amadorismo do clube foi maior. Hailé e seus capangas destruíram mais uma temporada do Goiás no futebol. Não ganharemos mais de ninguém.

Jogo da demissão.

Sabemos que não vai adiantar nada e nem é algo a se comemorar, mas depois das besteiras que fez hoje, Julinho Camargo deve estar próximo de ser demitido do Goiás. O empate vergonhoso contra a Chapecoense completa 6 jogos sem vitória. O time teve uma melhora, mas não consegue fazer o que qualquer time sabe fazer: gols. É claro que a culpa não é do Julinho, e sim de quem colocou o Julinho lá dentro, de quem montou esse time ridículo: Jacaré Menezes, que conseguiu colocar tanto ódio na torcida que tem que tomar cuidado ao sair na rua para não ser agredido. Ao Julinho só posso dizer um "Vai com Deus" e um "Obrigado por nada!".

Contratações? Não.

Só um iludido para acreditar que o Harlei vai conseguir trazer algum jogador para salvar o time do rebaixamento. Aviso para a torcida esmeraldina que não virá ninguém. Quem sabe no ano que vem, quando a diretoria continuar temendo a força dos protestos do torcedor e ver que esse Harlei não vale absolutamente nada.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio Serra Dourada, Goiânia.

Público: 1.619 presentes.

Renda: R$ 24.185,00

Cartões Amarelos: Bruno Henrique || Vilson, Bruno Silva e Gil.

Cartões Vermelhos: Não teve.

Gols: Não teve.

Arbitragem: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ), auxiliado por Eduardo de Souza Couto (RJ) e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ).

GOIÁS:

Renan; Gimenez, Valmir Lucas, Felipe Macedo, Diogo Barbosa; Rodrigo, Patrick, David, Felipe Menezes; Erik, Bruno Henrique. Técnico: Julinho Camargo

CHAPECOENSE:

Danilo; Apodi, Vilson, Neto, Dener; Elicarlos, Bruno Silva, Gil; Tiago Luis, Ananias, Bruno Rangel. Técnico: Vinícius Eutrópio.

Texto feito por Wagner Oliveira, colunista do Goiás Esporte Clube, e Marcelo Weber, colunista da Chapecoense.

Wagner Oliveira || @wagneroliveiraf

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