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Oswaldia e lágrimas: a luz no fim do túnel?


(Foto: Flamengo)
A tarde deste domingo foi iluminada pelo pontinho de esperança, ainda que tímido, de que as coisas podem melhorar. Mesmo com a gigante irregularidade nos resultados, a chegada de Oswaldo pode ser o ponto de equilíbrio dentro da Gávea.

As lágrimas de Guerrero depois o gol da vitória definem perfeitamente o momento rubro-negro. Falha após falha, chute após chute, a bola entrou, a vitória veio e o peso nas costas do artilheiro e da torcida se desprendeu, pelo menos por hora. Comemorações feitas, agora é hora de foco na Copa do Brasil.

(Foto: Fim de Jogo)
O Flamengo entrou em campo contando com o fator “Oswaldia” ou a ousadia de Oswaldo de Oliveira. O novo treinador deixou Wallace e Samir como dupla de zaga e, ao contrário do que todos imaginavam, Everton fez a lateral esquerda no lugar do suspenso Jorge. Jonas também estava fora e Márcio Araújo e Canteros ficaram mais uma vez como volantes. Mesmo com o momento ruim, a torcida compareceu em ótimo número.

 Mesmo sem um desempenho incontestável, foi bem diferente disso inclusive, o Flamengo claramente chegou com uma postura diferente. O time começou a tentar tudo e investiu principalmente em cruzamentos e chutes de longe, mas não deu muito certo. Enquanto o ataque arriscava loucamente, a defesa começava a querer mostrar que será difícil aguentar as opções.

Para mim, o maior e por enquanto único erro de Oswaldo foi ter mantido Wallace no time titular. Depois de jogar a faixa no chão e ser expulso de modo infantil, ele não merecia nem estar no clube. Já que estava, mostrou que a irritação da torcida não é de graça. Samir ainda conseguiu ter bons lances, mas ainda assim traz muita insegurança.

O gol do São Paulo saiu, pasmem, em cobrança de escanteio aos 35 minutos do primeiro tempo. Muda a zaga, muda o goleiro, muda o campo, mas não muda o posicionamento. Novamente a bola passou por todo mundo e, em lance que facilmente entraria em filmes de humor, Samir e César se atrapalharam e Luiz Eduardo marcou. Quando todo esforço pareceu em vão, César passou para Guerrero, a zaga do São Paulo fez algo inexplicável e a bola acabou com Ederson, que não vacilou e chutou para o fundo das redes.

(Foto: Flamengo)
O segundo tempo começou com Guerrero tentando acertar de qualquer jeito. Depois de alguns chutes bons, mas que acabaram ou com o goleiro adversário ou na linha de fundo na primeira etapa, o atacante precisava tirar a “zica”. Foi ai que, depois de duas chances desperdiçadas na cara do gol, o artilheiro recebeu uma bola de presente de um jogador são-paulino e encaixou como quis.

Guerrero chorou. Chorou por que não aguentava mais tentar, tentar e errar. Chorou com razão e com emoção. Chorou como alguém que ama o que faz chora. Que o peso saia de suas costas e ele possa acabar com todos os “caôs” necessários.

Depois da virada, o São Paulo acordou e começou a ir pra cima. A partida se concentrou no campo do Flamengo, mas o rubro-negro conseguiu bons contra-ataques e mostrou perigo mais algumas vezes. Os paulistas acabaram parando em seus próprios problemas e ausências e o máximo que conseguiram foi assustar algumas vezes.

FICHA TÉCNICA:

FLAMENGO 2X1 SÃO PAULO

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Fábio Pereira (Fifa-TO)
Cartões amarelos: Canteros, Alan Patrick, Wallace e Everton (FLA); Bruno, Thiago Mendes (SP)
Público: 42.954
 
FLAMENGO: César; Pará, Wallace, Samir e Everton; Márcio Araújo, Canteros, Ederson (Paulinho) e Alan Patrick (Luiz Antonio); Emerson Sheik e Paolo Guerrero
Técnico: Oswaldo de Oliveira

SÃO PAULO:
Renan Ribeiro; Bruno (Auro), Lucão (Wesley), Luiz Eduardo e Michel Bastos; Hudson, Rodrigo Caio, Thiago Mendes e Carlinhos; Centurión (Wilder Guisao) e Alexandre Pato

 

(Foto: Flamengo)
Fim de jogo, alma lavada e força nos pés. Quarta-feira é guerra, é hora de virar. Que venha o Vasco.

Mariana Sá || @imastargirl

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