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Pedro dá Supercopa da Europa ao Barcelona em tempos de adeus

Do banco para os braços da Catalunha, assim como em 2009, Pedro dá a Supercopa da Europa, vira herói e deixa os torcedores do Barcelona confiantes no "sextete". Restam apenas dois títulos para igualar a marca de Pep Guardiola na temporada 2008/2009, a Supercopa da Espanha frente ao Atletic Bilbao e o Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. 

Pedro jogou apenas a prorrogação com a camisa Culé, mas bastaram menos de 30 minutos para desfazer a bagunça que o time tinha feito após abrir 4 a 1 no placar e provar a tese de ser um predestinado ou certo talismã em decisões. Antes do jogo, o diretor de futebol do clube havia dito que Pedro pediu para ser negociado. O clima de despedida estava no ar e, depois de 99 gols com a camisa Culé, pode ter sido sua última partida.

Último serviço prestado ao Barcelona. Muito obrigado Pedrito.
A final foi digna de dois campeões de suas competições. O campeão da Uefa Europa League fazendo frente ao campeão da Uefa Champions League, porém só um poderia dominar a Europa. Um jogo de 9 gols, viradas, gols de falta e bastante emoções. A primeira vez que Tbilisi, na Geórgia, sediou uma competição de tamanha grandeza para os mais de 50 mil espectadores. O espetáculo valeu a pena, um gosto que deixou saudades e um até breve.

PONTARIA AFIADA

Os primeiros minutos da partida serviram para os hermanos mostrarem o quanto são eficientes. Um erro na saída de bola fez Mascherano cometer falta próxima da área, Banega foi para a cobrança e fez um lindo gol que deixou o goleiro catalão sem reação alguma. Aos 5 minutos Messi descolou bom lançamento para Suárez e o uruguaio sofreu a falta próximo da grande área. Dani Alves e Messi ficaram posicionados na cobrança, o argentino bateu e como uma folha seca caiu como uma pedrada para empatar.

Minutos após o gol de empate, o Sevilla pareceu não ter aprendido e fez mais outra falta próxima da área. Lionel Messi mais uma vez foi para a cobrança e virou o placar, a bola ainda bateu na trave.

UM ERRO, UM VACILO CONTRA ESSE TIME É FATAL

O Barcelona passou a ter o comando do jogo. A pressão na saída de bola era intensa e, quando o Sevilla atacava, os contra-ataques estavam bem armados. Foi em uma jogada assim, aos 42 minutos, que saiu o terceiro gol: Rakitic, no campo de defesa, encontrou Suárez antes da linha do meio-campo; o uruguaio avançou, entrou na área, e chutou. O goleiro Beto defendeu, mas o rebote voltou para Suárez, então o camisa 9, com um passe entre as pernas de Krohn-Delhi, encontrou Rafinha que não perdoou. 3 a 1.

Na segunda etapa, a marcação do Barcelona voltou ainda mais adiantada. O time catalão sufocava o adversário, e a tática deu certo aos 6 minutos. Busquets interceptou um passe na entrada da área e tocou para Suárez, que fez o quarto gol. 4 a 1.

RESSURGIMENTO DO SEVILLA

Havia 40 minutos à frente e poucos poderiam imaginar que o título poderia escapar para o Barça, mas o Sevilla ressurgiu das cinzas. Como guerreiros, não se renderam e com três gols de diferença foram em busca do resultado. Começou com Reyes aproveitando cruzamento de Vitolo. 4 a 2.

Luis Henrique começou a mover as peças para segurar o resultado e Sergi Roberto entrou no lugar de Iniesta. Pouco depois de ter entrado, viu Mathieu puxar Vitolo dentro da área, o juiz assinalou o pênalti que foi convertido por Gameiro. 4 a 3.

A goleada virou drama. E a vitória virou empate aos 35 minutos. Immobile aproveitou-se de uma falha de Bartra e tocou para a área, Konoplyanka, com o gol aberto, estufou as redes e empatou a partida. 4 a 4.

O PREDESTINADO

Entrou para decidir, para lavar a alma, para deixar a torcida adversária injuriada, para fazer seu gol de número 99 com a camisa do Barcelona e, como em 2009, mais uma vez deu um título da Supercopa da Europa para o time da Catalunha.

Ele entrou por uma bola, por uma oportunidade de mudar a partida. Até então não tinha tido nenhuma chance de gol na prorrogação, eis uma falta aos 10 minutos do segundo tempo para Lionel Messi, que já havia feito dois gols dessa forma. Porém, existia um cara que estava iluminado, que saiu do banco para decidir. O argentino bateu a falta que ficou na barreira, na segunda tentativa mandou um míssil e o goleiro rebateu, na volta a bola sobrou para ele, o espanhol, no primeiro chute dele na partida não deu qualquer chance ao goleiro Beto. Prazer, Pedro Rodríguez.

Jogadores comemorando o título.
O próximo confronto do Barcelona é pela Supercopa da Espanha frente ao Atletic Bilbao. Dia 14 é o jogo de ida ao país Basco e no dia 17 o jogo de volta no Camp Nou.

FICHA TÉCNICA

Barcelona: Ter Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Mathieu; Busquets, Rakitic e Iniesta; Rafinha, Messi e Suárez.

Sevilla: Beto; Coke, Ramí, Krychowiak e Tremoulinas; Banega, Krohn-Dehli, Iborra, Reyes e Vitolo; Gameiro.

Estádio: Tbilisi, na Geórgia.

#ViscaElBarça - @_guigoluis