(Foto: Lance) |
Mais um jogo
fora de casa, mais expectativa para um bom resultado, mais irritação por
bobeira e mais decepção. O Flamengo poderia ter mostrado que o resultado no
Maracanã contra o Santos foi apenas uma fatalidade, mas não. Ao contrário do
que se espera de um time que joga bem, o rubro-negro tropeçou novamente e vê a
antiga pergunta assombrar os bastidores mais uma vez: e agora?
Cristóvão
Borges está no comando do Flamengo há 15 jogos. Desde então, foram sete vitórias,
um empate, sete derrotas, 14 gols marcados e 16 sofridos. A conturbada passagem
de Luxemburgo e a relação desgastada da torcida com a diretoria de futebol
refletem em seu desempenho e o treinador, se depender dos rubro-negros, está
com os dias contados. Existem duas questões que precisam ser respondidas junto
com a saída ou não dele. Quem poderá nos salvar e como essa pessoa pode
trabalhar com um elenco tão sem... Tudo?
O que vimos em
campo hoje contra a Ponte Preta é inexplicável. O time jogou bem no primeiro
tempo, bateu de frente com a marcação da Macaca, equilibrou a partida e chegou
até a ser melhor por alguns minutos. Entretanto, a loucura que é a zaga
composta por Wallace e César Martins e a terrível falta de eficácia nas
finalizações deixou o torcedor cada vez menos confiante.
Na segunda
etapa, Cristóvão fez algo inacreditável e tentou se justificar de forma
ridícula na coletiva. Luiz Antônio entrou no lugar de Alan Patrick, que era um
dos destaques em campo, e o treinador fez a seguinte declaração sobre a
alteração: "O Alan Patrick não criou
e o Luiz Antônio não era para criar, era pra fazer o time criar. O objetivo era
esse”. Eu entendo, mais do que nunca, quem critica o técnico. Não é de hoje
que os torcedores pedem a saída dele e uma das razões mais citadas para tal é
como as mudanças são tardias e ruins.
Os quarenta e
cinco minutos finais foram como uma montanha russa. O início seguiu o mesmo bom
ritmo e começou a ficar irritante à medida que o tempo passou. Aos 25 minutos,
o gol de Pablo, que deveria estar marcado por Wallace, com ajuda de Márcio
Araújo de mão para a Ponte foi àquela parada busca antes da descida. A equipe
ficou nervosa, ninguém conseguia colocar a bola no chão e trabalha-la, as
finalizações ficaram piores, Guerrero tomou mais um cartão e está fora do
próximo jogo e o desespero contagiou todo mundo.
A última coisa
que o elenco conseguiu fazer foi reagir. Os jogadores pareciam não saber o que
fazer, mas isso não é novidade. Quantas vezes durante o ano nós perdemos uma
partida porque ninguém conseguia fazer absolutamente nada? Quantos pontos nós ainda
iremos perder? O que falta? Capacidade? Vergonha na cara? Pará disse na
entrevista que “acontece”. Deveria
acontecer com essa frequência?
Porque
Cristóvão não coloca Jonas em campo? Porque não tira Wallace e Canteros, que
nunca fazem nada para ajudar? Pra que insistir em colocar Gabriel e Luiz
Antônio como “salvadores da pátria”? Quando ele colocará Douglas Baggio, que é
o melhor jogador do Sub20 e provavelmente melhor do que muitos ali?
O gol da Ponte. (Foto: Getty Images) |
A próxima
partida é na quarta-feira no Maracanã contra o Atlético-PR e nós precisamos
mudar mais uma coisa. Depois do empate contra o Santos, o Flamengo é o pior
mandante do Campeonato. É hora de refletir e agir, não adianta só cobrança da
torcida se não acontece nada para melhorar.
Se essa
bagunça rubro-negra continuar assim, salve-se quem puder. Se ninguém tomar uma
atitude, o desastre ficará cada vez mais próximo.
Mariana Sá || @imastargirl
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