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Se não for sofrido, não é Atlético...

Christián Vilches comemora seu primeiro gol pelo Atlético.
(foto: Gazeta do Povo)
Neste domingo, dia dos pais, a Arena da Baixada foi palco de uma ótima partida de futebol entre Atlético e Sport. Um verdadeiro presente de dia dos pais, aos que gostam de futebol bem jogado. Porém, nem tanto para aqueles que queriam os três pontos de presente.

Não é exagero algum, nem tão pouco clubismo de minha parte, afirmar que Atlético e Sport são as duas sensações do campeonato brasileiro de 2015. Certamente os dois elencos ainda possuem carências, ainda mais quando olhamos para as peças de reposição, mas a inteligência de seus treinadores vem compensando e levando ambos a superarem até mesmo os grandes desta mesma competição.

Embora o resultado de igualdade não tenha sido o ideal para a grande massa atleticana que compareceu ao estádio, empatar com o Sport não foi visto como um tropeço, ainda mais com um gol no último lance da partida, onde alguns torcedores já estavam indo embora.

O jogo

O primeiro tempo se iniciou conforme o esperado, o Atlético indo pro abafa e o time pernambucano muito bem postado em seu campo de defesa, aguardando uma falha dos donos da casa para sair em contra-ataque, que, diga-se de passagem, é muito qualificado. A partida ganhou uma dinâmica muito interessante, porém os visitantes erravam menos passes e criavam jogadas mais envolventes, e foi assim que em triangulação do ataque, que a bola sobrou para Marlone, literalmente estufar as redes de Weverton. Com o placar favorável, os visitantes passaram ainda mais, acreditar em contra-ataque. E foi assim que antes mesmo que o Atlético assustasse com um possível empate, Marlote novamente teve a chance de marcar, mas acabou desperdiçando de frente com o gol. O Atlético, que errava muitos passes, tentava verticalizar suas jogadas, e incansavelmente apostava em uma jogada de brilho de Walter. Jogares como Nikão, Bruno Motta e Hernani, que vinham de boas atuações, não funcionavam ofensivamente, e assim acabou a primeira etapa.

Ainda no primeiro tempo, ficou nítida a insatisfação de Milton Mendes com os jogadores citados, pois Barrientos, Crysan e Ewandro já aqueciam.

Com a volta do intervalo, como já esperado, Nikão e Bruno Motta deram lugares a Barrientos e Crysan, fazendo que com isso o Atlético voltasse a apresentar um futebol efetivo. O Atlético passou a ter facilidade ao atacar pelo lado direito com Crysan e Eduardo, porém Crysan mesmo sendo rápido, não possui muita facilidade fora da área. Já Barrientos, que fazia sua estreia pelo clube, passou a fazer jogadas de criação, aproximando mais do Marcos Guilherme. O Atlético ainda ficaria mais ofensivo, quando entrou Hernandez no lugar de Otávio. Sem seu cão de guarda, o Atlético estava definitivamente, disposto a igualar o placar. Porém, quem muito ataca, está sujeito a ser atacado, e foi assim que o Sport quase liquidou a partida, Diego Souza teve a chance e acabar com a esperança local, porém parou grande defesa de Weverton. A defesa do arqueiro caiu como um gol a favor nos jogadores do Atlético, que promoveram uma blitz na sequencia, porém a bola quando não parava nas mãos de Danilo acabavam sendo salvas pela defesa que se segurava como podia. Hernandez e Barrientos deram ao time um repertório diversificado do convencional. Com a parada técnica e o "amorcegamento" do time pernambucano, o árbitro acrescentou sete minutos e foi justamente no último lance da partida, em cobrança de escanteio, com direito até a Weverton dentro da área, o chileno Vilches testou para o fundo das redes, igualando o placar da partida e explodindo o caldeirão em emoção.

O Atlético talvez não tenha sido tão efetivo para sair merecendo muito mais que o Sport a vitória, pois não teve muitas finalizações perigosas. Mas certamente não merecia nem um pouco sair derrotado ontem, pois foi melhor.

Com o resultado de igualdade, o Atlético chegou a 29 pontos na competição ocupando a sexta posição, uma atrás do Sport, e agora vai até o Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo no Maracanã.

Estreias

Fernando Barrientos e Daniel Hernández são dois meias que faltavam ao Atlético. Ambos possuem muita velocidade, forte característica do Atlético, além de serem habilidosos e com bom toque de bola. Barrientos acabou tendo chances de guardar seu gol logo da estreia, mas acabou desperdiçando. Certamente, um deles já tenha a oportunidade de ser titular no lugar de Bruno Motta já contra o Flamengo, mas com naturalidade, ambos estarão entre os 11.

SRN

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