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A bola também pune a soberba

Em uma partida com dois tempos totalmente distintos: o primeiro, dominado pelo Grêmio; e o segundo, com a Chape jogando como se estivesse em sua própria Arena, o Tricolor cedeu, após estar vencendo por 2 a 0, uma inexplicável virada para o Verdão do Oeste. Apático, o Grêmio foi castigado pelo futebol displicente apresentado na etapa complementar.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

A Chape mal teve tempo de pisar no gramado da Arena e já foi surpreendida por uma bucha do meia Douglas, que arriscou de fora da área e colocou o Grêmio na frente do placar, logo aos 4 minutos. Os visitantes tentaram responder rápido. Aos 8 e aos 10 minutos, Camilo quase empatou. Na primeira oportunidade, acertou a trave; na segunda, cabeceou à esquerda do gol defendido por Grassi. Aos 13 minutos, foi a vez do Grêmio voltar ao ataque, com Bobô. Quatro minutos depois, de novo, Bobô quase marcou. Aos 33, depois de tanto tentar, Bobô, finalmente, balançou as redes. Após cruzamento de Galhardo, o camisa 13 marcou um gol típico de centroavante. No finalzinho, Galhardo ainda conseguiu, em cima da linha, evitar um gol da Chapecoense.

Na segunda etapa, os papeis inverteram-se e quem passou a tomar a iniciativa foi o Verdão do Oeste. Aos 12 minutos, Erazo cometeu pênalti infantil em Apodi, que foi cobrado por Túlio. Grêmio 2 a 1 Chape. Os visitantes continuaram pressionando e, aos 32, Túlio empatou a partida. Tentando retomar a dianteira no placar, o Tricolor até esboçou uma reação, mas, sem efetividade, o tiro saiu pela culatra e, em contra-ataque em alta velocidade, Apodi deu a vitória à Chapecoense. Grêmio 2 x 3 Chapecoense (CINCO gols).
Foto: Diego Vara/Agencia RBS
Foi um resultado, sobretudo queda de rendimento, inexplicável. O Grêmio começou a partida muito bem, trocando passes rápidos, impondo seu ritmo, pressionando e marcando com eficácia. Entretanto, na segunda etapa absolutamente tudo mudou. Não fosse o pênalti marcado por Erazo, poder-se-ia dizer que os jogadores não estavam em campo. O time voltou de salto alto, provavelmente considerando que o jogo já estivesse ganho. A equipe não conseguia manter a posse de bola, fazer triangulações e adotou uma postura totalmente defensiva. Grassi tomou gols defensáveis. Erazo falhou de forma absurda. Marcelo Oliveira fez uma partida ridícula, levando bolas nas costas do Apodi o jogo todo. Douglas parou de jogar depois do gol. Luan passou discreto, com uma atuação muito abaixo do normal. Roger mexeu mal. Havia um buraco no meio campo. O coletivo tirou uma soneca na etapa final.

Apesar da derrota, a situação do Grêmio não muda em nada. O Tricolor permanece na 3ª colocação, com 55 pontos e um pé na fase de grupos da Libertadores. Já a Chape, se distancia ainda mais do Z-4, ocupando a 14ª posição com 38 pontos. O Grêmio volta a campo no domingo (25/10), às 17 horas, no Maracanã, diante do Vasco. O Verdão do Oeste enfrenta o River Plate, na quarta-feira (21/10) às 22 horas, em partida válida pela Sul-Americana.

Foto: Diego Vara/Agencia RBS
FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO: Bruno Grassi, Rafael Galhardo, Pedro Geromel, Erazo  e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon (Braian Rodriguez), Douglas e Giuliano; Luan (Mamute) e Bobô. Técnico: Roger Machado.

CHAPECOENSE: Silvio (Nivaldo); Apodi, Thiego, Vilson e Dener; Elicarlos (Gil), Cléber Santana e Camilo (Wanderson); William Barbio, Maranhão e Túlio. Técnico: Guto Ferreira.

ARBITRAGEM: Luiz Flávio de Oliveira;
AUXILIARES: Rogério Pablo Zanardo e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa.
GOLS: Douglas e Bobô (GRE); Túlio (2x) e Apodi (CHA).
CARTÕES AMARELOS: Pedro Geromel, Galhardo e Erazo (GRE); Cléber Santana e Apodi (CHA).
CARTÃO VERMELHO: Vilson (CHA).
PÚBLICO: 21.900 pessoas;
RENDA: R$ 614.536,00.
Janaína Wille | @janainawille

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