Torcida bicolor presente no jogo contra o Macaé. Foto: Eduardo Maya |
Padrão de jogo este, que era
bem definido, um time jogando no 4-1-4-1, com Leandro cearense como referência
no ataque, tendo Ricardo Capanema na proteção da defesa, Aylon flutuando pelo
ataque e Johnnatan hora flutuando pelo meio de campo, hora protegendo as
investidas de Yago Pikachu ao ataque, a defesa sempre bem postada, apesar de
alguns erros, mas o meio de campo era o maior problema, mas a forte jogada
aérea e as investidas pelas laterais funcionavam e o bicolor mesmo com
dificuldades e sorte em certos momentos ganhava seus jogos e pontuava forte
rumo o acesso.
Os jogos foram se passando,
e o bicolor paraense continuava sempre na briga por uma vaga no G4, a reta
final foi chegando e com ela vieram os desfalques mais graves como a perda capital
de Ricardo Capanema de praticamente toda reta final do campeonato na Copa do
Brasil, Leandro cearense que ficou de fora de 5 jogos, Wellington Junior fora a
6 jogos, e as inúmeras punições por cartões amarelos e vermelhos. Com isso, o
técnico dado Cavalcanti se viu forçado a usar seu elenco, e começar a formatar
seu time de acordo com esses desfalques, nesse momento, começou o problema,
pois os reservas não possuem a mesma qualidade dos titulares, e o time acabou
por perder sua identidade e enfraqueceu, o meio de campo que desde o inicio do
campeonato já mostrava fragilidade, foi praticamente nulo na criação de jogadas
no jogo contra o Macaé e vem sendo pouco criativo há rodadas, onde todas as
jogadas de perigo, surtiram das laterais, a jogada aérea, outro ponto forte com
Fahel e Gualberto, vem sendo anulada pela boa marcação dos adversários que
estudam o time comandado por Dado, e até com facilidade, vem anulando bem as jogadas dos
paraenses.
Jogadores que começam a
sofrer com a pressão por parte da torcida ao ver um time apático em campo, que
não consegue trabalhar bem a bola e criar jogadas de perigo a meta adversaria,
e cobra os jogadores veementemente junto com o técnico bicolor que falha muito
na hora de substituir o time em campo, como na falha crucial do jogo passado,
onde tirou Misael, atacante de velocidade e colocou Everaldo, um atacante de área
para fazer a função de ala que Misael vinha fazendo, tendo no banco a
possibilidade de colocar o atacante Aylon que faria melhor a função de ala que
Everaldo, que pouco fez atuando na posição, outra opção, era retirar Leandro Cearense
que estava visivelmente cansado para entrada de Everaldo e não retirar o ala.
Além de outras inúmeras falhas em substituição durante os jogos, onde ou
colocou jogadores em posições diferentes como ocorreu, ou ao demorar para mexer
no time.
Outro ponto, vem sendo o
cansaço que o time vem mostrando em campo, principalmente no segundo tempo,
jogadores como Fahel, Roni, Johnnatan, Léo Melo e Leandro Cearense foram
alguns, o último, vem voltando de lesão grave e ainda busca recuperar seu
melhor condicionamento, enquanto os outros, vem jogando de forma continua e
sempre mostrando este cansaço, impedindo que o Papão possa explorar uma forte
arma que teve, o contra ataque em velocidade, levando o time a jogar de forma
lenta tocando a bola sem objetividade. Se formos buscar algo que talvez
justifique esta queda de rendimento e cansaço do Paysandu nesta reta final, seriam
as longas viagens que o clube enfrenta no campeonato, quando viaja inúmeras
vezes mais que outros times que estão próximos do eixo central do pais. Mas
esse e um problema, que desde o acesso no jogo contra o tupi, sabíamos que
enfrentaríamos e sempre enfrentaremos, então o cuidado com a condição física
dos jogadores deveria ser redobrado.
Ademais, restam 7 jogos pela
frente, 21 pontos em disputa, 2 vagas e 7 times na disputa, alguns jogos que
temos, são confronto direto, como na próxima rodada contra o Sampaio Corrêa em São
luís, América Mineiro e Luverdense na 35° e 36° rodada respectivamente, estes
jogos não definirão se o time alviceleste ira subir ou não, mas poderão nos tirar de
vez da briga, pois, agora é o pior momento para perder pontos para um
adversário direto, por isso, o bicolor necessita mudar sua postura nos jogos,
reorganizar o time para que possa roubar pontos destes adversários diretos na
briga fora de casa e ganhar a Luverdense em Belém e também não tropeçar mais
com os times da parte de baixo da tabela para que possa continuar na briga, e
quem sabe conquistar o tão sonhado acesso a série A do ano que vem, e não será
fácil, como nunca foi, mas agora só nos resta uma coisa: ACREDITAR ATÉ O FIM.
"O impossível é apenas um ponto de vista"
"O impossível é apenas um ponto de vista"
Eduardo Maya
@eduardomaya7
@eduardomaya7
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