Símbolos da conquista, Jefferson e Renan Fonseca erguem a taça
(Foto: Vitor Silva/SS Press)
Após cumprir o
objetivo da temporada, que era retornar à Série A, o Botafogo visitou o ABC em
Brasília na noite desta sexta (20) pela penúltima rodada da Segundona. Não
satisfeito com o acesso, o Glorioso queria também o título da Série B. E
conseguiu. Com gols de Roger Carvalho e Willian Arão, o Botafogo venceu por 2 a
1 e sagrou-se campeão, terminando o ano da melhor maneira possível. O time
agora apenas cumpre tabela diante do América-MG, sábado, dia 28, no Estádio
Nilton Santos, diante da sua torcida.
Nós
botafoguenses, temos a consciência de que o título da Série B não é o título
que clube e torcedores tanto almejam, mas se era possível conquistá-lo, por que
não? Sabemos também que era obrigação de um clube da grandeza do Botafogo subir
campeão, mas vitorioso dentro dos gramados, no campo. Dirigentes, comissão
técnica e elenco também sabiam. Houve comemoração sim, por parte dos atletas,
que mais do que ninguém, sabiam das dificuldades enfrentadas ao longo do ano. A
torcida, aliviada com o fim da nada agradável Segunda Divisão, também
comemorou. E não há vergonha nisso. Vergonhoso é utilizar artifícios extracampo
(leia-se STJD) com citações de "O
Pequeno Príncipe" para evitar rebaixamento.
Com situação
financeira delicada, a conquista da Série B significa um bom dinheiro extra que
nos entrará tão combalidos cofres alvinegros. Porém, mais do que isso, a taça
simboliza o processo de reconstrução pelo qual o clube passa. O título é
consequência de um trabalho bem feito e honesto. Ninguém, nem mesmo o mais otimista
botafoguense (o que é raro), imaginava que o Botafogo fosse passar pelo
tormento do rebaixamento com tamanha facilidade, ainda mais se lembrarmos da
maneira com que o Glorioso terminou a temporada passada.
2016 é ano de
Série A, lugar que o Botafogo jamais poderia ter deixado, mesmo que de forma
momentânea. Não vai ser fácil, afinal, o clube está se reerguendo. As
dificuldades serão maiores e os desafios, idem. O time precisa ser reformulado,
mantendo algumas peças fundamentais e contratando alguns jogadores para a
montagem de um elenco ao menos competitivo. É manter o foco no processo de
reconstrução e, passo a passo, ir moldando a volta do clube ao caminho das
glórias, mas sem abandonar a importante política de austeridade adotada pela
atual diretoria.
O início de um novo ciclo: a valorização da torcida
Por: Gabriel De Luca (@biel_dluca).
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