A vitória do
Equador diante do Uruguai por 2x1 na última quinta-feira arrancou diversos
comentários de surpresas e zebras. O Equador é o único time até a terceira
rodada a manter o aproveitamento em 100%.
A
invencibilidade analisada isoladamente pode ser considerada sim uma surpresa.
Os equatorianos nunca largaram com três vitórias nos três primeiros jogos, nem
mesmo em edições em que conseguiu a classificação para a Copa do Mundo. O desempenho,
porém, não pode ser surpresa.
Em jogo duro, La Tri bateu Uruguai e segue com 100% de aproveitamento. (Foto: El País - Brasil) |
Não que seja
um futebol vistoso e avassalador, mas a equipe tem tido na regularidade o seu
ponto forte, aliando a experiência dos veteranos Walter Ayoví e Valencia com a
juventude de novos talentos, mantendo o mesmo estilo de jogo dos últimos anos.
A fórmula tem funcionado.
Lógico que a
equipe ainda apresenta falhas, uma delas o tradicional apagão por alguns
minutos que quase coloca tudo a perder. Após um primeiro tempo muito bom diante
dos uruguaios, foram sete ou oito minutos irreconhecíveis na etapa final. Nesse
período a Celeste empatou e perdeu um gol incrível com Cavani.
Cavani foi bem marcado, mas deu trabalho para a defesa equatoriana. (Foto: Time Soccer) |
O ponto
positivo foi o poder de recuperação. Passado o período do apagão, a La Tri
voltou a jogar bem, fez o segundo gol e só não ampliou por ótimas defesas do
Muslera. Não seria nada anormal a equipe tricolor se assustar ao levar gol do
bicampeão mundial, mas a resposta foi muito boa.
As jogadas em
velocidade continuam muito boas, especialmente com Bolaños e, quando retornar,
Enner Valencia. Falta ainda um pouco mais de cadência nos jogos, principalmente
quando está vencendo o jogo. A tradicional correria equatoriana deixa o time
exposto em alguns momentos.
É importante
lembrar que duas das três vitórias equatorianas vieram em casa - local onde o
Equador sempre teve ótimo aproveitamento neste século -. Se parece minimizar o
bom início, também cabe ressaltar que duas delas foram contra equipes
tradicionais do futebol sul-americano: Argentina e Uruguai.
O começo é
animador, especialmente se a La Tri mantiver o bom desempenho em casa. O
desafio é pontuar mais vezes fora, coisa que tem sido raro nas edições
anteriores. Uma boa chance aparece na próxima terça-feira, diante da frágil
Venezuela. A vitória fará com que o Equador termine o ano de 2015 com doze
pontos e uma vantagem importante para o ano que vem.
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