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Ainda com seu futebol contestado, Real tenta um 2016 melhor

Enquanto o futebol brasileiro está em férias e os colunistas destes clubes trabalham para recuperar a trajetória do ano e formar a retrospectiva, quem acompanha e escreve sobre os clubes da Europa, assim como eu, se empenha para fazer o balanço de como foi à temporada até o momento e compará-la com a passada visando suas perspectivas até o momento.

O Real Madrid, como é natural em todo clube grande, inicia suas temporadas com enormes obrigações de sucessos e conquistas de títulos. Com o forte investimento em contratações e o peso de sua camisa, o Real entra em todas as disputas como um dos favoritos e com a esperança da torcida – e imprensa – de que jogue bonito e dê espetáculo em cada jogo. Isso não é novidade.


Porém, às vezes, essa expectativa gerada não é a realidade vista. A temporada passada (2014/15) é um exemplo disso. O Real ganhou apenas dois títulos e que, com o maior respeito, são os de menor expressão: a Supercopa da Espanha e o Mundial de Clubes da FIFA. Foi vice-campeão espanhol (dois pontos atrás do Barcelona), caiu nas oitavas de final da Copa do Rei para o Atlético de Madrid e foi eliminado na semifinal da Champions League pela Juventus.


Além disso, 2014/15 foi marcado negativamente pelo alto número de lesões em todos os setores e a falta de rotatividade neles pelo ex-treinador Carlo Ancelotti. O italiano fez com que o contra-ataque fosse forte e também soube usar muito bem os passadores talentosos que tinha, trabalhando o toque de bola como principal característica do time. Mas, por outro lado, sempre foi bastante criticado por não ser ousado nas substituições e escalações iniciais quando podia e por não rodar o elenco.


A nova e atual temporada começou com novidades. As principais foram à saída de Casillas e a chegada de Rafa Benítez para o comando técnico merengue. Benítez chegou com a missão de administrar o vestiário com parte das peças mais caras do futebol mundial, e recolocar a equipe no topo do continente.

Questionado desde sua contratação, até hoje não conseguiu eliminar as desconfianças sobre o seu trabalho e agora concorre com a sombra de José Mourinho, que recentemente deixou o Chelsea. Segundo a imprensa espanhola, a relação entre técnico e jogadores é péssima e estrelas, como Cristiano Ronaldo, estão insatisfeitas com métodos de trabalho e postura do comandante. Zinedine Zidane, ex-meia da seleção francesa, que está no comando do time B do Real Madrid, também pode chegar para a equipe principal.


Ainda que eliminado da Copa do Rei no conhecido “Caso Cheryshev” – que foi escalado de forma irregular –, ainda estão em disputa torneios importantíssimos e valiosos. O campeonato espanhol, que o time é o terceiro colocado com 33 pontos em 16 jogos (está a dois pontos do líder), e a UEFA Champions League, na qual a Roma será o adversário das oitavas de final. É aguardar 2016 que está por perto e os desdobramentos da “segunda” parte da temporada. Um ótimo ano novo a todos os leitores e boas festas.

Por Guilherme Silva

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