Enquanto o
futebol brasileiro está em férias e os colunistas destes clubes trabalham para
recuperar a trajetória do ano e formar a retrospectiva, quem acompanha e
escreve sobre os clubes da Europa, assim como eu, se empenha para fazer o
balanço de como foi à temporada até o momento e compará-la com a passada
visando suas perspectivas até o momento.
O Real Madrid,
como é natural em todo clube grande, inicia suas temporadas com enormes
obrigações de sucessos e conquistas de títulos. Com o forte investimento em
contratações e o peso de sua camisa, o Real entra em todas as disputas como um
dos favoritos e com a esperança da torcida – e imprensa – de que jogue bonito e
dê espetáculo em cada jogo. Isso não é novidade.
Porém, às vezes,
essa expectativa gerada não é a realidade vista. A temporada passada (2014/15)
é um exemplo disso. O Real ganhou apenas dois títulos e que, com o maior
respeito, são os de menor expressão: a Supercopa da Espanha e o Mundial de
Clubes da FIFA. Foi vice-campeão espanhol (dois pontos atrás do Barcelona),
caiu nas oitavas de final da Copa do Rei para o Atlético de Madrid e foi
eliminado na semifinal da Champions League pela Juventus.
Além disso,
2014/15 foi marcado negativamente pelo alto número de lesões em todos os
setores e a falta de rotatividade neles pelo ex-treinador Carlo Ancelotti. O
italiano fez com que o contra-ataque fosse forte e também soube usar muito bem
os passadores talentosos que tinha, trabalhando o toque de bola como principal
característica do time. Mas, por outro lado, sempre foi bastante criticado por
não ser ousado nas substituições e escalações iniciais quando podia e por não
rodar o elenco.
A nova e atual
temporada começou com novidades. As principais foram à saída de Casillas e a
chegada de Rafa Benítez para o comando técnico merengue. Benítez chegou com a
missão de administrar o vestiário com parte das peças mais caras do futebol
mundial, e recolocar a equipe no topo do continente.
Questionado
desde sua contratação, até hoje não conseguiu eliminar as desconfianças sobre o
seu trabalho e agora concorre com a sombra de José Mourinho, que recentemente
deixou o Chelsea. Segundo a imprensa espanhola, a relação entre técnico e
jogadores é péssima e estrelas, como Cristiano Ronaldo, estão insatisfeitas com
métodos de trabalho e postura do comandante. Zinedine Zidane, ex-meia da
seleção francesa, que está no comando do time B do Real Madrid, também pode
chegar para a equipe principal.
Ainda que
eliminado da Copa do Rei no conhecido “Caso
Cheryshev” – que foi escalado de forma irregular –, ainda estão em disputa
torneios importantíssimos e valiosos. O campeonato espanhol, que o time é o
terceiro colocado com 33 pontos em 16 jogos (está a dois pontos do líder), e a
UEFA Champions League, na qual a Roma será o adversário das oitavas de final. É
aguardar 2016 que está por perto e os desdobramentos da “segunda” parte da temporada. Um ótimo ano novo a todos os leitores
e boas festas.
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