Faça Parte

O Ano do Galo | Campeonato Brasileiro - Parte I

Foto: Daniel Teobaldo | Blog SoulGalo |
O Galo No BrasileirĂ£o 2015

O ano do Galo começou muito bem. Desde as primeiras rodadas lutando pela parte de cima da tabela. O aproveitamento foi muito bom no primeiro turno, mas deixou a desejar no segundo e nos confrontos diretos com os principais adversĂ¡rios pelo tĂ­tulo. Vamos aos dados especĂ­ficos do Galo no Campeonato Brasileiro 2015:

Foram por partida:
·         1.68 Gols feitos
·         1.24 Gols sofridos
·         5.34 Finalizações certas
·         7.51 Finalizações erradas
·         2.14 Cartões amarelos
·         0.11 Cartões vermelhos
·         3.70 Defesas

As taxas de Finalizações, Desarmes, Lançamentos e Passes foram acima da média do Campeonato enquanto Dribles e Cruzamentos foram abaixo.

Gols: 82% dos nossos gols foram marcados de dentro da Ă¡rea. O que significa que o time nĂ£o arrisca de longe e consequentemente precisa acionar os atacantes e ainda por consequĂªncia acertar cruzamentos, que nĂ£o foram a melhor caracterĂ­stica do time esse ano. Apenas 6% dos gols foram marcados de fora da Ă¡rea. Agora o destaque negativo, o Galo atĂ© o momento tomou 47 gols (QUARENTA E SETE!) durante o Campeonato. Marca essa que alguns times jĂ¡ rebaixados (ou encaminhados) nĂ£o possuem. A defesa deixou a desejar e infelizmente o que sempre foi Ă  arma, acabou sendo a fraqueza. O lĂ­der Corinthians tomou apenas 30 e marcou 70, mantendo um saldo de 40 gols, enquanto o Galo marcou 62 e acabou com o famigerado nĂºmero absurdo de gols tomados e saldo de 15.

Pontos: No primeiro turno o Galo conseguiu 11 vitĂ³rias, 3 empates e 5 derrotas, bons nĂºmeros para quem quer se manter na liderança. Porem os pontos perdidos nesse turno foram cruciais, jĂ¡ que contemplavam times que lutavam pela liderança. No primeiro turno o Galo perdeu para Corinthians e GrĂªmio. Entregando 3 pontos aos rivais. A principal arma de 2012, qual seja, o Horto, perdeu um pouco da mĂ­stica. Apesar do time de 2015 ser melhor nos jogos fora de casa.

No segundo turno (atĂ© a atual 18ª rodada) foram 9 vitĂ³rias, 3 empates e 6 derrotas. Incluindo trĂªs jogos em que o Galo tomou 4 gols. A pergunta Ă©, como um time que quer ser campeĂ£o tem uma das defesas mais vazadas do campeonato e toma 3 goleadas absurdas!? Falta de tĂ¡tica? De preparo fĂ­sico? De vontade? Bom, alguma razĂ£o existe. E com a saĂ­da de Levir descobriremos a origem dela.

O Galo nĂ£o tirou nenhum ponto do Corinthians, GrĂªmio e AtlĂ©tico Paranaense. Perdendo os dois jogos e nessa soma bĂ¡sica 9 pontos contando apenas os jogos em casa (que em 2012 eram dados como certos).

Empatou as duas com o GoiĂ¡s (GoiĂ¡s que luta para nĂ£o cair). E venceu as duas diante de Fluminense, Vasco, AvaĂ­, Flamengo, Coxa, Inter, Ponte Preta e Figueirense.

EstĂ¡ticas dos Jogadores:
·         Mais passes certos: Rafael Carioca e Douglas Santos
·         Mais passes errados: Lucas Pratto e Giovanni Augusto
·         AssistĂªncias: Giovanni Augusto (8)
·         Finalizações certas: Lucas Pratto (52)
·         Finalizações erradas: Lucas Pratto (50)

Esse ponto de finalizações merece destaque. Lucas Pratto Ă© um bom jogador, o fato de ele finalizar significa que ele estĂ¡ bem posicionado. Mas convenhamos, foram muitas finalizações erradas e necessĂ¡rias muitas tentativas atĂ© se conseguir o gol. Seguimos.

·         Desarmes certos: Douglas Santos
·         Desarmes errados: Marcos Rocha

Outro ponto de destaque, Marcos Rocha. O lateral direito que foi arma do Galo nos outros campeonatos virou dor de cabeça. Se analisarmos os dados tĂ©cnicos do jogador nos Ăºltimos anos ficaremos impressionados com a eficiĂªncia, mas esse nĂ£o Ă© o ano do Rocha. Infelizmente seus destaques foram negativos.

·         Cruzamentos certos: Giovanni Augusto
·         Cruzamentos errados: Douglas Santos
·         Dribles certos: Patric (QUEM É SEU DEUS AGORA!?)
·         Dribles errados: Douglas Santos.

ResumĂ£o da histĂ³ria: Os dados nos levam a crer que nossos erros em desarmes e dribles mal feitos foram em sua maioria dos laterais e exatamente nesses lances em que o Galo saia para o contra-ataque ou impedia o contra-ataque adversĂ¡rio. O que justifica parte dos inĂºmeros gols tomados. A marcaĂ§Ă£o nĂ£o foi boa, a defesa por diversas vezes bateu cabeça, os recuos para o goleiro Victor faziam atleticanos suarem e a tal da linha de impedimento mais burra que uma porta foi os principais motivos dos 47 gols tomados atĂ© entĂ£o.

EstatĂ­sticas dos gols: Nosso artilheiro Lucas Pratto com 13 gols, seguido de Thiago Ribeiro (que vem sendo banco) com 8 gols e DĂ¡tolo com 7.  NĂºmeros que comprovam que as finalizações nĂ£o foram tĂ£o efetivas, apesar de finalizar muito, o time tambĂ©m erra muito. Lembrando ainda que Pratto e Patric sĂ£o reis dos impedimentos e Pratto da perda da posse de bola.

Bom, esses foram os dados matemĂ¡ticos. Agora vamos a uma visĂ£o geral do time.

O Galo começou bem o campeonato e exatamente na derrota para o GrĂªmio em casa deixou o atual campeĂ£o passar Ă  frente. Nessa Ă©poca os erros de arbitragem mudaram sim o contexto das partidas. NĂ£o sĂ³ na parte de cima da tabela, mas em toda ela. O campeonato foi marcado por pĂªnaltis nĂ£o dados, divergĂªncias de bola na mĂ£o e mĂ£o na bola, gols impedidos validados, cartões amarelos por reclamações do tipo “nĂ£o fui eu”, “desexpulsões” e assim por diante. No final do primeiro turno posições foram dadas e tiradas. Mas qualquer influĂªncia externa deixou de ser importante quando o campeĂ£o mostrou ter um time constante. O Corinthians foi merecedor do trofĂ©u. O Galo nĂ£o foi competente o suficiente quando deveria ser, principalmente ao final. Lembrando que a vice-liderança ainda balança. E quanto Ă  arbitragem, todos os times tiveram pontos dados e tirados, alguns mais, obviamente, mas o que deve ser apontado aqui Ă© a defasagem desse sistema no Brasil. Talvez nĂ£o haja reciclagem suficiente para tratar desse ponto e da instituiĂ§Ă£o falida que o controla.

No geral, terminamos o ano com a vaga para a Libertadores 2016, o que Ă© pouco. O time merecia mais e ao mesmo tempo nĂ£o merecia nada, porque mostrava em campo vontade em um jogo e por razĂ£o nenhuma no jogo seguinte demonstrava exatamente o contrĂ¡rio. É necessĂ¡rio urgentemente um banco de reservas digno. O CampeĂ£o perdia jogadores por lesĂ£o, cartĂ£o ou cansaço e substituĂ­a Ă  altura, o Galo nĂ£o. E ainda, precisamos de inteligĂªncia tĂ¡tica. Cuca dizia que a defesa se treinava sozinha e aparentemente isso continuou na era Levir. SĂ³ que isso nĂ£o Ă© mais o bastante. Precisamos de inteligĂªncia para atacar e defender ao mesmo tempo e acredito que boas coisas estĂ£o reservadas para os atleticanos em 2016. Mas antes de qualquer coisa precisamos de um bom tĂ©cnico. O que ainda aguardamos.

Entre Atleticanos dizemos que nosso ano foi frustrante. SaĂ­mos de fato com o Mineiro. Pouco. Vamos pela quarta vez seguida para a Libertadores, cenĂ¡rio que mudamos com a era Kalil. Sinto a falta do nosso comandante Ă s vezes, das verdades ditas na cara e de certa transparĂªncia com o torcedor, mesmo com palavras que Ă s vezes doĂ­am. LĂ³gico que Kalil ainda estĂ¡ por trĂ¡s do Galo, mas a imagem forte do comandante deixa hĂ¡ desejar um pouco com o nosso atual presidente. Falta a franqueza caracterĂ­stica do Kalil quando necessĂ¡rio. Mas seguimos apoiando e esperando que apesar de falar pouco, Nepomuceno trabalhe muito.

Saudações Atleticanas


*Fonte: Footstats

Postar um comentĂ¡rio

0 ComentĂ¡rios