EAST:
Washington Redskins (9-7)
You like that,
Redskins? Que temporada. Foi um
time quieto, sem nenhum estardalhaço, com um Draft muito bom (Brandon Scherff,
Jamison Crowder), mas sempre competente. Depois da grande virada sobre os
Buccaneers, Kirk Cousins e companhia entraram em sintonia e saíram de último da
divisão para o título. Eleito o melhor jogador ofensivo da NFC em dezembro,
Kirk jogou como um QB consolidado na NFL, nem de longe parecendo o da temporada
passada. Agora o Redskins enfrentam o Green Bay Packers no FedEx Field pela
rodada de Wild Card dos playoffs, tem tudo pra ser um jogaço.
Philadelphia Eagles (7-9)
Em uma
offseason extremamente movimentada, com trade com os Bills (LeSean McCoy-Kiko
Alonso), a contratação de DeMarco Murray, do até então rival Dallas Cowboys, o
corte de um dos melhores Guards da NFL... Chip Kelly estava em outra dimensão,
e isso teve influência na temporada. Um time muito irregular, com um ataque que
parecia ser explosivo, mas não foi.
Murray, por
exemplo, foi uma negação e não repetiu nem 10% da temporada passada. Chip Kelly
usava a rotação de RBs, o que deixava Murray desconfortável. Até que Kelly foi
demitido antes do final da temporada e, no jogo seguinte, Murray já correu bem
melhor, o que nitidamente mostra que o esquema prejudicava o jogador. Agora
resta saber quem será o técnico dos Eagles na próxima temporada.
New York Giants (6-10)
Poderia se chamar
“New York Odell Beckham Jr’’. O que o Giants depende de seu astro virou uma enormidade. Após um
training camp tranquilo, sem nenhum alarde, o New York Giants partiu pra a
temporada regular já com problemas no clock management, o que fez com que
perdesse para o Cowboys. Mas a sintonia de Eli Manning com o offensive
coordinator Ben McAdoo melhorou demais, com um Eli mais calmo no pocket, sem
arriscar big plays. Obviamente tivemos show de Odell, um super astro, porém a
defesa foi a pior da NFL com várias lesões, fazendo com que, mais uma vez, a
equipe não chegue aos playoffs.
Agora com o
free agency e o Draft vindo, o Giants necessita melhorar sua defesa se quiser
disputar algo a mais e focar as atenções para a escolha de um novo Head Coach,
já que Tom Coughlin pediu demissão.
Dallas Cowboys (4-12)
Ah, Cowboys,
temporada para esquecer. A offseason foi conturbada, já que começou perdendo
seu melhor CB, Orlando Scandrick. Após um draft com aquisições interessantes,
como Byron Jones, Randy Gregory e La’el Collins, o Dallas virou um dos
favoritos para chegar até o Super Bowl 50. Após uma Week 1 que virou um jogo
faltando seis segundos contra seu rival, a franquia viu Tony Romo sofrer uma
fratura na clavícula e desfalcar o time por oito semanas, além de perder Dez
Bryant por seis semanas, simplesmente os dois melhores jogadores do ataque.
Brandon Weeden
não deu conta do recado e, após a bye week, Matt Cassel assumiu o comando do
ataque dos Cowboys, porém conseguiu ser pior ainda. Após sete derrotas
seguidas, Tony Romo e Dez Bryant voltam para tentar reerguer o time, porém, no
thanksgiving, Romo teve nova fratura na clavícula e ficou fora da temporada.
Cassel voltou tão mal que perdeu a titularidade pra Kellen Moore, que mostrou
maior segurança no pocket, sendo o 4º QB utilizado pela equipe na temporada.
Apesar da mudança, o Dallas não conseguiu nenhuma vitória e terminou na última
colocação da divisão.
Resta saber
como será a offseason do Cowboys, já que ter uma pick alta do Draft tem seu
lado bom por poder selecionar os principais talentos. É preciso também ver se
Greg Hardy irá ficar, já que tudo isso ainda pode mudar.
SOUTH:
Carolina Panthers (15-1)
Melhor time da
Liga, o Carolina Panthers foi a grande surpresa da temporada. Ninguém imaginou
que a franquia se daria tão bem a ponto de deixar poderosos concorrentes para
trás. O Panthers saiu de uma season com 7-1-8 para outra quase perfeita –
perdendo apenas para o Atlanta Falcons, rival de divisão, na Week 16 – em
poucos meses.
O grande
destaque é, sem dúvidas, Cam Newton, que chega forte na briga pelo MVP da
temporada, brigando de igual para igual com QBs como Tom Brady, Russell Wilson
e Carson Palmer. O camisa um de Carolina quebrou diversos recordes e pretende
seguir destruindo os adversários nos playoffs. Nos próximos jogos, Newton terá
que mostrar porque merece o título de jogador mais valioso do ano e, quem sabe,
do Super Bowl.
Como
recompensa pelo trabalho sensacional, os comandados de Ron Rivera terão a
primeira semana de folga, enfrentando o pior colocado do wild card. Além disso,
todas as partidas serão disputadas em casa, o que já é uma vantagem
considerando a força da franquia em Carolina. Será que teremos um novo campeão
vindo de Charlotte?
Atlanta Falcons (8-7)
A comissão técnica
do Falcons mudou completamente de 2014 para o último ano. Pelo menos quinze
coordenadores foram alterados, o que mostrou que seria um time totalmente
diferente do que foi visto no último ano. Apesar do início sensacional, com
5-0, melhor marca desde 2012, a franquia de Atlanta não conseguiu segurar o
ritmo e perdeu oito dos últimos onze jogos.
Apesar de não
se classificar para os playoffs, o Falcons mostrou uma evolução evidente na
comparação entre a temporada atual e a passada. Além de melhorar a campanha,
tendo um 6-10 no outro ano, o time se mostrou mais competente durante as
partidas. Entretanto, as derrotas vieram quando a franquia começou a ficar sem
reação durante os jogos, deixando todo o trabalho ir por água abaixo.
Durante a
offseason, o time de Atlanta precisará entender exatamente onde errou, para
então voltar com mais chances de playoffs e não ser considerado o mais fraco da
briga. Ainda que não tenha ficado com uma posição baixa no Draft, o que
definitivamente é bom, o Falcons pode aproveitar bem a escolha, além de usar o
período para “organizar a casa”.
New Orleans Saints (6-9)
O Saints
repetiu o ruim 2014 e, novamente, teve uma campanha de 7-9. Era esperada uma
melhora da equipe comandada pelo QB Drew Brees, mas isso não ocorreu. Em certo
momento o time até sonhou com a vaga nos playoffs, mas a mesma ficou só nos
sonhos e a franquia de Luisiana terminou atrás de Atlanta Falcons e Carolina na
própria divisão.
O elenco
necessita de diversas peças e uma reconstrução deve começar a ser feita em New
Orleans, principalmente com o envelhecimento de sua maior estrela, Brees, que
chegou aos 36 anos de idade. Mesmo com a idade avançada, o vencedor de um Super
Bowl liderou a liga em jardas lançadas nesta temporada e teve ótimos números em
geral. Entretanto, como já dizia o ditado: ''uma andorinha só não faz verão'';
Brees teve pouca ajuda de seus companheiros, apenas o segundo anista WR Brandin
Cooks e o DE Cameron Jordan, na defesa, tiveram uma temporada acima da média.
De resto, todo o elenco do Saints pode considerar-se ''substituível'' para a
próxima temporada. O desgaste com Sean Payton também prejudicou, mas parece que
os comandantes do Saints não viram isso e renovaram seu contrato, o que
atrasará a reformulação que a equipe tanto precisa.
O torcedor do
Saints, que estava acostumado com playoffs, agora vê os rivais dominarem a
divisão. Resta ter paciência e torcer para que a equipe volte logo aos anos de
ouro. Em uma liga muito equilibrada e nivelada como a NFL, é normal que
gigantes caiam e times ruins passem a ganhar em poucos anos. Para isso, tudo
passa pelas mãos de uma boa administração do GM da franquia. A necessária
reforma na equipe pode atingir até mesmo o ídolo Drew Brees, já que
especulações dão conta de que o Saints tem a intenção de cortá-lo para liberar
espaço no teto salarial e desenvolver um novo QB, visando o futuro da franquia.
Essa ação divide opiniões, especialmente após a inspirada temporada do
quarterback, mas é apenas mais umas das várias movimentações que devem
acontecer na offseason de New Orleans. Será interessante conferir os próximos
capítulos.
Tampa Bay Buccaneers (6-9)
Lovie Smith
teve trabalho na offseason e isso já começou no Draft, com a aquisição de bons
jogadores como Jameis Winston e Kwon Alexander. Existia uma grande expectativa
acerca dos Bucs, principalmente com Winston. Com um começo muito apático e
ainda tendo dificuldade na adaptação para a NFL, o QB engrenou e teve uma
grande sintonia com Mike Evans. Porém, a linha ofensiva ainda precisa melhorar.
No meio da temporada o time conseguiu boas vitórias, mas foi o último da
divisão mesmo assim.
O Bucs demitiu
Lovie Smith, e o grande sucessor deve ser o offensive coordinator do time, Dirk
Koetter, que fará com que a franquia não precise começar do zero mesmo com as
mudanças.
PLAYOFFS:
Bye-week: Carolina Panthers (seed #1) e Arizona Cardinals (seed #2).
Wild card:
Domingo, dia
10:
Seattle
Seahawks (seed #6) x Minessota Vikings (seed #3), 16h.
Green Bay
Packers (seed #5) x Washington Redskins (seed #4), 19h40min.
Divisional:
Sábado, 16:
A definir
(time de maior seed do wild card) @ Arizona Cardinals, 23h15
Domingo, 17:
A decidir
(time de menor seed do wild card) @ Carolina Panthers, 16h05
Finais de conferência:
Domingo,
24-01:
NFC: 21h40
Mariana Sá (@imastargirl), José de Castro e Henrique
Charão (@ocharao).
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