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Um time, muitas dúvidas

Fonte: Flamengo
Muricy Ramalho chegou, se uniu a diretoria, fez contratações, estudou o elenco e começou a pré-temporada com uma ideia definida. Com um 2015 cheio de lesões em mente, os trabalhos físicos foram feitos diariamente. Lembrando-se do péssimo desempenho defensivo e do meio-campo, o técnico também colocou suas forças em um exaustivo treino tático.

Foi um tempo que gerou diversas dúvidas. Qual será o time titular? Paulo Victor ou Muralha? E os zagueiros, ainda dependeremos de Wallace e César Martins? Pará ou Rodinei? A primeira certeza foi que Alan Patrick e Mancuello não poderiam ser utilizados nos primeiros jogos oficiais, já que ainda não estão regularizados.

Depois de duas semanas de preparação, o primeiro amistoso. É claro que não podemos esperar muito da primeira partida da temporada, já que o time ainda está em formação, não há entrosamento e nem ritmo de jogo. Entretanto, depois de assistir o jogo, o que me preocupa não são os reforços, questionados por alguns antes mesmo de entrarem em campo.

Fonte: Flamengo
O Flamengo começou com um time quase todo formado com jogadores que estavam no clube ano passado. Três – Rodinei, Juan e Willian Arão – dos onze iniciais não eram do elenco que fez um 2015 terrível. O problema com os antigos jogadores é que muitos ainda não conseguiram deixar 2015 para trás.

Paulo Victor segue sendo criticado e não mostra ser o goleiro seguro que acreditavam que ele era. Wallace é uma negação, um zagueiro ruim e um capitão pior ainda. Imagino o que Márcio Araújo tem e ninguém consegue ver, apenas os treinadores. Sheik, apesar do bom segundo tempo, precisa soltar a bola.

O primeiro tempo foi cheio de erros de passe, buracos enormes na defesa e um meio-campo que se atrapalhou. Muricy tinha todos os motivos para ficar irritado, pois tudo que deu errado foi treinado antes. O Flamengo levou um gol com uma falha absurda no sistema defensivo e muito disso porque Wallace não soube marcar. Na segunda etapa, o mesmo aconteceu logo no início no lance do segundo gol, quando três jogadores do Ceará ficaram sozinhos na área.

Muricy deixou Paulo Victor, Wallace, Emerson e Guerrero para o segundo tempo e, dos que ficaram, apenas Sheik fez a diferença. Com a entrada de Mancuello, o time teve mais mobilidade e conseguiu melhorar bastante na partida, fazendo os últimos 45 minutos serem melhores.

Fonte: Flamengo
Jonas, que havia entrado no segundo tempo, acabou saindo com 33 minutos, dando lugar a Alan Patrick. Aí sim as coisas começaram a funcionar. AP se juntou a Mancuello e ambos conseguiram distribuir bem as jogadas, chegando bem tanto pelas laterais, principalmente com Chiquinho, e apostaram em corridas de Sheik e Marcelo Cirino. Guerrero foi bastante acionado na bola aérea.

Sheik empatou aos 39’ e um suspiro de alívio veio quando Cirino, depois do passe de Chiquinho, marcou o terceiro aos 41’. Entretanto, a alegria durou pouco e, em mais um lance de desatenção total, o Ceará empatou. Como previa o regulamento, fomos para os pênaltis. E, claro, não deu certo.

A grande questão não é a derrota nas penalidades. O que realmente preocupa é o fato de termos um plantel grande – temos as novidades e jogadores que, lentamente, trabalham para uma recuperação completa – e não conseguirmos achar nele a solução.

Antônio Carlos, Arthur Henrique e Alex Muralha não conseguiram oportunidades. Arthur é compreensível, já que o garoto não será o reserva imediato de Jorge e Chiquinho acabou entrando bem. Entretanto, Muralha e Antônio mereciam uma chance, até pelas posições em que jogam – goleiro e zagueiro – estarem com problemas desde o ano passado.

Fonte: Flamengo
Teremos mais um desafio no domingo. A partida contra o Santa Cruz será ainda mais complicada e Muricy tem muita coisa para tirar dessa derrota. Agora começa realmente nosso ano. Será que nosso elenco ainda aumentará? Será que teremos uma vida diferente ou uma volta das antigas dificuldades?

Mariana Sá || @imastargirl 

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