O Fluminense
foi à Belo Horizonte com duas grandes dúvidas: como jogaria sem o Fred e se a
defesa pararia de entregar tantos gols.
Diego fez 3 e a torcida espera que ele continue assim Foto:Fluminense |
Com relação à
falta do nosso camisa 9, o Tricolor até se saiu bem. Ao invés de colocar Magno
Alves e manter o esquema do time, Eduardo Baptista optou por fazer diferente e
colocou os jogadores da frente para se revezarem na função do falso 9. A
posição foi ocupada na maior parte do tempo por Diego Souza que, às vezes,
abria por um dos lados e dava espaço ou para Scarpa vir da direita, ou Marcos
Junior da esquerda ou Cícero vir de trás. Essa movimentação começou devagar e
aos poucos foi acertando, deixando a defesa do Cruzeiro perdida em alguns
momentos. Crédito para nosso técnico que evitou colocar o Magnata e conseguiu
um bom entrosamento na frente.
Já com relação
à zaga, o problema ainda continua, principalmente nas laterais. Giovanni e
Wellington Silva não sabem marcar e quando sobem além de não voltarem com
rapidez à cobertura não dá conta. Vários foram os lances em que o time perdia a
bola e nossos laterais não voltavam a tempo. Giovanni consegue ser pior. Além
de sempre chegar atrasado à defesa, é possível vê-lo trotando no meio do campo.
O cara é LATERAL-ESQUERDO e TODA vez que ele pega a bola, toca e corre para o
MEIO. Isso me deixa muito revoltado porque claramente não dá certo. Não é
possível que o Eduardo não vê que ninguém fecha o buraco que aquela anta deixa
e, como se não bastasse, ele fica por lá mesmo. O time perde a bola e ele
sempre está no meio do campo trotando para o centro da área ao invés de correr
para fechar a avenida que ele cria.
Giovanni olhando para onde seria o próximo cruzamento errado dele Foto: Fluminense |
O primeiro
tempo foi de altos e baixos. Após um começo desatento, levando ao gol
cruzeirense logo de cara, o Tricolor continuou perdido até conseguir o primeiro
pênalti da noite. Diego Souza tentou cruzar para a área e a bola foi desviada
pelo braço de Fabiano. O juiz atento marcou. O próprio Diego se encarregou da
cobrança e empatou o jogo. O gol parece ter dado ânimo à equipe que logo marcou
de novo com o camisa 10 e com Scarpa. Tudo isso entre os 28 e 37 minutos do
primeiro tempo. O problema é que parece que o time deu uma relaxada e pouco
antes do intervalo o Cruzeiro diminuiu depois da indecisão de Cavalieri e do
mau posicionamento de Henrique.
Caiu? Por enquanto foi só de tanto comemorar. Eduardo ganha alguns dias de tranquilidade. Foto: Fluminense |
Na segunda
etapa, o Flu teve de tirar Gustavo Scarpa por causa de uma pancada na cabeça e
Osvaldo entrou em seu lugar. O jogo foi ficando cada vez mais emocionante com
os dois times tendo chance de marcar até que Felipe Amorim entrou no lugar de
Marcos Júnior e logo na sua primeira participação deu um passe errado pegando
todo o time saindo e acabamos levando o empate. Por sorte, Fábio bateu roupa
num chute de longe de Douglas e o próprio Felipe Amorim na tentativa de pegar o
rebote foi derrubado pelo goleiro cruzeirense. Diego Souza mostrou frieza e fez
seu terceiro gol no jogo e fechou o placar: 4 x 3.
Com a vitória,
o Flu mantém a chance de classificação viva e chegará à última rodada precisando
ganhar do Criciúma para chegar a semifinal. Os próximos dois jogos servirão
para ver se o Tricolor realmente melhorou. Flamengo no domingo e Botafogo na
quarta. Excelente oportunidade de ganhar, em uma semana, de três times que vão
disputar a série A e melhorar as expectativas para a temporada. Só depende do
Eduardo Baptista. Se achar o jeito de parar de estender o tapete vermelho para
os adversários nas laterais e manter o ataque fazendo gols, algo de bom pode
acontecer em 2016.
Saudações
Tricolores
Matheus Garzon
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