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Memórias e agradecimento a ti, Paysandu

Paysandu Sport Club, 102 anos de glórias e conquistas do futebol paraense. Eu e toda torcida só temos que te agradecer por tudo que nos proporcionastes, as maiores alegrias que vivemos, as melhores histórias pra contar, tantas lutas para chegar ao estádio, as brigas com família, namorada e tudo que fazemos para ir te ver jogar, torcer e te apoiar eternamente, meu clube amado.

Torcer pelo Paysandu é algo diferente de qualquer outro time, nós vivemos o clube, não só torcemos. A todo o momento o torcedor está ligado do seu jeito no clube, pelo celular, notebook ou o velho radinho. O torcedor está lá querendo saber as novidades, discutimos do porteiro do prédio ao cobrador do ônibus sobre o time, porque todo bicolor tem o seu lado Dado Cavalcanti e quer escalar o nosso esquadrão.

Criticamos algumas vezes sim, pois quem ama cuida e sempre queremos o melhor para o nosso time, já que ele é nossa Payxão pra vida toda. Payxão essa com Y mesmo, que simboliza a paixão do torcedor bicolor pelo Paysandu, esta que, muitas vezes, é chamada de loucura, pois pelo Paysandu fazemos de tudo. Quem nunca foi para o jogo sem brigar com o pai ou a mãe ou a namorada? Quem nunca gastou o único dinheiro que tinha pra comprar um ingresso ou o sócio? E as viagens para acompanhar o clube, pois onde o bicolor paraense jogar sempre terá um torcedor alviazul com a bandeira a tremular, apoiando o time rumo a mais uma vitória.


Mas como toda Payxão, temos nossos altos e baixos. Todo torcedor já teve aquele dia que disse “não vou mais pra nenhum jogo”, e no próximo já está lá de novo apoiando o time. Já sofremos muito sim, quem não chorou quando caímos em 2006, quando o Paysandu perdeu o acesso para o Icasa em 2009 e, no seguinte, para o Salgueiro em casa na Curuzu lotada, em um dos piores dias da história deste clube.

Porém, se choramos por tristeza, também choramos e muito de felicidade. Em 2012, quando depois de seis anos voltamos à Série B com uma campanha sofrida, tensa, mas espetacular; em 91 conquistamos o Brasil pela primeira vez, aquele jogo com o todo poderoso Guarani está eternizado e nunca terá fim, é eterno. Em 2001 voltamos a conquistar o Brasileiro novamente com aquele esquadrão espetacular comandado por Givanildo Oliveira, naquele dia nós nos sagramos campeões oficialmente, mas ganhamos nosso titulo de verdade quando a fiel invadiu o aeroporto de Belém após uma traumática derrota por 4x3 para o Caxias de virada, e mesmo assim eles acreditavam no time e mostraram por que são chamados de "fiel". Naquele sábado de natal era só fazer a festa, pois nada nem ninguém tiravam nosso titulo, com certeza aquele natal de 2001 foi um dos mais felizes que vivemos.

Em 2002... É tanta emoção que é até difícil falar sobre. Voamos na Copa Norte, deixamos nosso rival para trás, espantamos o fantasma amazonense na final e nos sagramos campeões do Norte. Chegamos à Copa dos Campeões e nem o torcedor mais otimista esperava um título. Éramos a grande zebra do campeonato, mas nos agigantamos e fomos eliminando os grandes um a um, com a fiel mostrando sua força a cada jogo, empurrando o time e fazendo um caldeirão de pressão nos adversários. Chegamos à final contra, nada mais nada menos, que o Cruzeiro, um dos times mais fortes do Brasil na época. No primeiro jogo a torcida fez uma festa jamais vista, espetacular, com 50 mil pessoas vibrando e empurrando o Papão, mas perdemos por 2x1.

Torcidas normais desacreditariam no time e nem iriam à Fortaleza no jogo final, mas quem disse que a fiel é uma torcida comum? Fomos lá acreditando no título e invadimos o Castelão com cerca de 12 mil pessoas em uma cidade cerca de 300 quilômetros de Belém. Gritamos forte, sofremos de verdade naquele jogo de sete gols com a estrela de Vandick brilhando. Emoção e sofrimento o Paysandu parece adorar, mas, no final, o inacreditável aconteceu. Éramos o campeão dos campeões do Brasil, a maior glória do Paysandu e do futebol paraense acontecia, o Paysandu era a grande sensação do Brasil e, em 2003, ia disputar a maior competição do continente, a Taça Libertadores da América. Que torcedor do Paysandu sonharia com isso?

Pois chegamos à América mostrando que o Paysandu é grande e forte e nos classificamos em primeiro lugar com a melhor campanha da fase de grupos até hoje, vencendo times de tradição na Liberta como Universidad Católica e Cerro Porteño, quando aplicamos uma goleada épica por 6x2 no Paraguai.


Agora é a hora de falar do momento mais importante da história deste clube. Paysandu 0 Boca Juniors também 0, válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América. O Papão segurava a pressão do time argentino na mítica La Bombonera. 70 minutos de jogo, Sandro parte com a bola pelo meio do campo, o atacante Iarley se movimenta em diagonal, recebe o passe, dá um corte no zagueiro, joga para a esquerda e chute forte. Nesse momento, o torcedor bicolor via a historia acontecer na sua frente. O Paysandu calou La bombonera, feito inesquecível, que apenas outros três clubes brasileiros conseguiram, sendo o Santos de Pelé, o Cruzeiro de Alex e o Fluminense de Fred.

Em 2006 caímos para a Série C, voltamos em 2012 em uma campanha épica de acesso, caímos novamente em 2014, ressurgimos e, em 2015, veio nossa afirmação, voltamos a mostrar nossa força. Em 2016 vamos fortes para as batalhas em campo, rumo a títulos e mais glórias para este amado e enorme clube, pois já provamos que nada nem ninguém vão separar o time e a torcida, e que, quando os dois estão em sincronia, nada é impossível. Muito obrigado por tudo que me fizestes viver e que viveremos juntos ainda, Paysandu Sport Club.


Paysandu, eu te amo!!!

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