Foto: Combate.com
|
O UFC Londres
marcou a volta de Anderson Silva ao octógono depois de 13 meses afastado do
ringue pelo polêmico caso de doping. Anderson agora volta a lutar e, mesmo
saindo derrotado, mostra que todos nós vamos cair um dia, mas só dependemos de
nós mesmo para nos reerguermos novamente.
Com os cards
compostos de vários europeus, o UFC Londres não foi uma edição tão empolgante,
já que apenas três lutas não terminaram por pontos.
Card preliminar
David Teymur x Martin Svensson
Teymur
controlou os espaços no octógono e foi superior na luta desde o início. No
segundo round justificou sua superioridade, vencendo Svensson por nocaute
técnico com 1m26s.
Teemu Packalen x Thibault Gouti
Em duelo
rápido, Packalen não tomou conhecimento do adversário e aplicou um mata-leão em
Gouti, encerrando o combate com apenas 25 segundos do primeiro round.
Daniel Omielanczuc x Jarjis Danho
Com início
parelho, o duelo entre os pesos pesados não chegou ao fim dos três rounds de
fato. Omielanczuc logo impôs seu jogo e acertou um golpe na região genital de
Danho, que não conseguiu retornar para luta. Como 2/3 do combate já haviam
passado, os juízes o analisaram até a sua interrupção (1m19s do 3° round) e
decretaram a vitória do polonês Omielanczuc por pontos.
Norman Parke x Rustam Khabilov
O russo
Khabilov dominou as ações do embate nos dois primeiros rounds. Parke esboçou
uma reação no segundo round mas só no terceiro conseguiu efetividade em seus
golpes, porém Khabilov já tinha aberto
uma boa vantagem e administrou bem vencendo por pontos.
Bradley Scott x Krzysztof Jotko
Mesmo lutando
em seus domínios, Scott não conseguiu emplacar seu estilo de jogo e foi
facilmente dominado pelo polonês Jotko, que venceu por decisão unânime dos
juízes.
Arnold Allen x Yaotzin Meza
Meza foi
literalmente salvo pelo gongo. Allen foi superior à luta toda e chegou a nocautear
o adversário no final, porém o gongo já havia soado. Os juízes não tiveram
problemas em anotar um triplo 30-27 para Allen.
Scott Askham x Chris Dempsey
Askham e
Dempsey travaram um bom duelo. A luta logo ficou quente e Askham acertou uma
boa combinação de jab e um chute, que resultaram em nocaute no final do
primeiro round (4m45s). A vitória rendeu a Askham o bônus de performance da
noite.
Davey Grant x Marlon Vera
Em combate
repleto de trocação, Grant e Vera travaram bom duelo. Vera, que foi penalizado
em um ponto por ter segurado a parte interna da luva de Grant, perdeu os três
rounds. O triplo 30-26 garantiu a vitoria de Grant.
Mike Wilkinson x Makwan Amirkhani
Fechando o
card preliminar, Wilkinson e Amirkhani travaram um duelo com muito estudo e
poucas ações. Mais uma luta que foi para a mão dos juízes, que deram vitória
para Amirkhani por decisão unanime.
Card Principal
Francisco Rivera x Brad Pickett
Em luta sem
grandes emoções, Rivera começou melhor, mas logo perdeu o fôlego e viu Pickett
igualar as ações. O duelo seguiu equilibrado até o final. Com algumas
contestações, os juízes marcaram vitoria de Pickett por decisão dividida.
Tom Breese x Keita Nakamura
O inglês Tom
Breese entrou como o grande favorito na luta, além de lutar em casa, Breese
ainda entraria no octógono com um cartel invicto. Nakamura não ofereceu muita
resistência e foi dominado por Breese que usou de sua maior envergadura para
manter sua vantagem, dominante tanto em pé quanto na luta de solo Breese venceu
por decisão unanime sem grandes dificuldades.
Gegard Mousasi x Thales Leites
Esperava-se
uma luta equilibrada com vantagem para Thales no chão e Mousasi na trocação.
Não foi o que aconteceu. Irreconhecível Thales teve todas as suas ações frustradas,
Mousasi logo tomou conta da luta controlou bem a distância e castigou o
brasileiro com vários jabs. Com três rounds bem parecidos Mousasi venceu sem
grandes problemas por decisão dos juízes, triplo 30-27.
Anderson Silva x Michael Bisping
Em luta
bastante equilibrada Bisping venceu Anderson Silva. Bisping começou melhor
procurou mais a luta e acertou vários golpes contundentes. Anderson que se
recuperou teve oportunidade para acabar com a luta em alguns momentos, mas não
fez, no fim os árbitros por decisão unânime marcaram 48-47 em favor do inglês.
Muitos culpam
Anderson pelo excesso de confiança que as vezes parece menosprezo com seus
adversários. Mas esse sempre foi o estilo de luta de Spider, estilo esse que
foi o responsável pela popularização do esporte no país, quando Anderson entra
no octógono ele mostra porque é "ARTE" marcial. Ele tinha tudo para
desistir desde criança quando por ironia do destino abandonou o sonho de ser
jogador de futebol para lutar taekwondo até o caso do doping que pra muitos
manchou uma historia de superação, sei que às vezes Anderson não parece humano
(como na "luta do século" onde ele acertou aquele chute perfeito em
Belfort ou naquela luta contra Forrest Griffin que depois de um show de
esquivas conseguiu nocauteá-lo com um jab), mas ele é humano, e humanos são
passíveis de erros, aliás humanos erram e muito, mas Anderson é a prova viva de
que se temos um sonho, um objetivo, uma vontade devemos lutar para alcança-los,
vamos cair várias e várias vezes mas vamos nos reerguer e vamos voltar, podemos
até não vencer mas não vamos desistir.
Ele voltou, eu
voltei e nós sempre voltaremos...
Foto: Divulgação/ internet
|
0 Comentários