Foto: Fred Gomes / GloboEsporte.com |
É, mais uma
vez repetiremos o que foi dito no domingo. Apesar do resultado diferente, é
difícil não enxergar que a atuação foi extremamente similar à da partida contra
o Vasco. O time jogou mal, as mesmas peças erraram as mesmas coisas e Muricy,
novamente, pareceu não conseguir reagir a isso tudo.
O Flamengo
começou o jogo com um time diferente. Poupado, Emerson Sheik não viajou e ficou
no Rio de Janeiro para fazer trabalhos físicos, dando espaço a Gabriel. Willian
Arão e Marcelo Cirino foram para o banco – a única explicação é que tenha sido
para poupá-los – e Cuéllar e Everton assumiram as vagas.
“Mas Cuéllar
não era no lugar do Márcio Araújo?”. Pois é, mas Muricy decidiu tirar Willian
Arão e deslocar o volante, deixando Cuéllar na posição antes ocupada por MA. O
que o jogador, que completou 118 – isso mesmo, cento e dezoito – jogos com a
camisa rubro-negra tem que o torna melhor que Arão ou até Canteros? Só o
treinador pode dizer.
A verdade é
que a partida ficou com o mesmo nível durante os 90 minutos. Enquanto o
América-MG não conseguia produzir direito e esperava para fazer o
contra-ataque, o Mais Querido quase não saiu do campo de defesa, tocava a bola
para trás diversas vezes e, quando lançava para frente, mandava um passe longo
para o nada. O meio-campo não encontrou espaço nenhum, as laterais foram mal utilizadas,
as bolas não chegavam direito no ataque e o Flamengo se viu, mais uma vez,
completamente perdido.
É fato que o
rubro-negro só venceu graças ao pênalti, bem marcado, que Everton bateu e
converteu. Porém, apesar dos três pontos que garantiram a classificação na
Primeira Liga, o empate e até uma derrota como a contra o Vasco não ficaram tão
distantes. O único ponto positivo foi Cuéllar que, apesar de ter a infelicidade
de ter que atuar ao lado de Márcio Araújo, conseguiu fazer um jogo seguro e
tentou driblar a marcação adversária diversas vezes.
Foto: Fred Gomes / GloboEsporte.com |
A decepção
mesmo ficou por conta de Muricy, que continua escalando errado, demorando a
fazer alterações e não consegue fazer mudanças corretas. Tudo bem que o
treinador tem pouco tempo por aqui, mas o time não pode contar com a sorte em
todos os jogos para tentar arrancar um bom resultado.
No próximo
jogo, contra o Fluminense no Mané Garrincha, o Flamengo precisa rever algumas
estratégias. Muitas questões ainda precisam melhorar se o time quiser brigar
por alguma coisa diferente dos últimos anos. Não será fácil, mas não custa nada
sonhar e torcer.
Mariana Sá || @imastargirl
0 Comentários