O Palmeiras
que fez um segundo tempo patético diante do Rosário Central, venceu o jogo por
2x0. O mesmo time entrou em campo nesta quarta-feira diante do Nacional, em
tese um rival mais fraco que o time argentino. Não por acaso, o Verdão fez um
jogo muito melhor, mas acabou derrotado. Coisas do futebol...
Os primeiros
minutos indicavam uma postura bastante agressiva da equipe alviverde. Com ao
menos duas boas chances de gol antes dos cinco minutos animaram a torcida
palmeirense que lotou o Allianz Parque e fez uma festa muito bonita.
Claramente
preocupado em evitar o chutão, o Palmeiras valorizava cada minuto de posse de
bola. A ambição em reter o controle da partida, porém, fazia com que os toques
fossem muito curtos e improdutivos, ainda que não permitissem nada ao Nacional
além de escanteios.
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Disputa na área do Verdão. A partida teve mais momentos de discussões do que bola rolando. (Foto: Globo Esporte) |
Parafraseando
o mito Wesley Safadão, se 99% é controle de bola e passes precisos, aquele 1% é
a desatenção na defesa, marca registrada do time de Marcelo Oliveira. O já
tradicional apagão apareceu por volta dos trinta minutos do primeiro tempo, e
em dose tripla.
Na primeira
falha, o atacante uruguaio tocou de calcanhar e acertou a trave esquerda de
Fernando Prass. Poucos minutos depois, nova jogada pela direita que, desta vez,
terminou em gol. Nem deu para colocar os ânimos no lugar: o árbitro ignorou
falta clara em Cristaldo e permitiu um rápido e mortal contra-ataque. 2x0.
O jogo estava
na mão dos uruguaios que, como sempre, se fechariam e utilizariam da comum e
tradicional catimba. Eis que pouco depois do gol, Fucile exagerou na força e
recebeu o segundo amarelo. Com um a mais o ânimo perdido foi renovado e Gabriel
Jesus descontou para festa dos palmeirenses: 2x1.
Na segunda
etapa foi um verdadeiro ataque contra defesa. Muito seguro atrás, onde quase
não era agredido, o Palmeiras pressionou de tudo que foi jeito em busca do gol
de empate. Perdendo vários gols, alguns na pequena área, e abusando de
cruzamento para a área, o tempo foi ficando cada vez mais curto.
Já nos
acréscimos, Lucas carimbou uma bola na trave quando nem precisava de tanta
força. O apito do árbitro (que teve uma noite mais do que infeliz irritando os
dois times) não determinou apenas o final do jogo, mas também a passagem de
Marcelo Oliveira no comando do Verdão. Mas isso é assunto para um segundo
momento.
PONTO TÁTICO: A demissão de Marcelo seria questão de tempo. A insistência em um
esquema que não funciona é um dos principais deles. Robinho não é meia armador
e é incapaz de organizar a troca de passes do Palmeiras - um dos principais
responsáveis pelo alto número de chutões. Deixar a armação com Thiago Santos é
outro problema grave que dificultou muito o jogo na primeira etapa. No segundo
tempo, com a entrada de Allione, a armação melhorou.
O DESTAQUE: autor do gol e de
muita dor de cabeça para a defesa uruguaia, Gabriel Jesus foi a
principal referência ofensiva do Palmeiras nesta noite. Foram dos pés dele que
surgiram as principais jogadas e dribles.
BOLA MURCHA: Se é um problema físico ou pessoal com o treinador, saberemos nos
próximos jogos. Mas a má vontade que o lateral Lucas vem apresentando nos jogos é de assustar. Na partida teve uma
verdadeira avenida e errou quase todos os cruzamentos.
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