Faça Parte

99% controle da bola, mas aquele 1% é desatenção na defesa

O Palmeiras que fez um segundo tempo patético diante do Rosário Central, venceu o jogo por 2x0. O mesmo time entrou em campo nesta quarta-feira diante do Nacional, em tese um rival mais fraco que o time argentino. Não por acaso, o Verdão fez um jogo muito melhor, mas acabou derrotado. Coisas do futebol...

Os primeiros minutos indicavam uma postura bastante agressiva da equipe alviverde. Com ao menos duas boas chances de gol antes dos cinco minutos animaram a torcida palmeirense que lotou o Allianz Parque e fez uma festa muito bonita.

Claramente preocupado em evitar o chutão, o Palmeiras valorizava cada minuto de posse de bola. A ambição em reter o controle da partida, porém, fazia com que os toques fossem muito curtos e improdutivos, ainda que não permitissem nada ao Nacional além de escanteios.
Disputa na área do Verdão. A partida teve mais momentos de discussões do que bola rolando. (Foto: Globo Esporte)
Parafraseando o mito Wesley Safadão, se 99% é controle de bola e passes precisos, aquele 1% é a desatenção na defesa, marca registrada do time de Marcelo Oliveira. O já tradicional apagão apareceu por volta dos trinta minutos do primeiro tempo, e em dose tripla.

Na primeira falha, o atacante uruguaio tocou de calcanhar e acertou a trave esquerda de Fernando Prass. Poucos minutos depois, nova jogada pela direita que, desta vez, terminou em gol. Nem deu para colocar os ânimos no lugar: o árbitro ignorou falta clara em Cristaldo e permitiu um rápido e mortal contra-ataque. 2x0.

O jogo estava na mão dos uruguaios que, como sempre, se fechariam e utilizariam da comum e tradicional catimba. Eis que pouco depois do gol, Fucile exagerou na força e recebeu o segundo amarelo. Com um a mais o ânimo perdido foi renovado e Gabriel Jesus descontou para festa dos palmeirenses: 2x1.

Na segunda etapa foi um verdadeiro ataque contra defesa. Muito seguro atrás, onde quase não era agredido, o Palmeiras pressionou de tudo que foi jeito em busca do gol de empate. Perdendo vários gols, alguns na pequena área, e abusando de cruzamento para a área, o tempo foi ficando cada vez mais curto.

Já nos acréscimos, Lucas carimbou uma bola na trave quando nem precisava de tanta força. O apito do árbitro (que teve uma noite mais do que infeliz irritando os dois times) não determinou apenas o final do jogo, mas também a passagem de Marcelo Oliveira no comando do Verdão. Mas isso é assunto para um segundo momento.

PONTO TÁTICO: A demissão de Marcelo seria questão de tempo. A insistência em um esquema que não funciona é um dos principais deles. Robinho não é meia armador e é incapaz de organizar a troca de passes do Palmeiras - um dos principais responsáveis pelo alto número de chutões. Deixar a armação com Thiago Santos é outro problema grave que dificultou muito o jogo na primeira etapa. No segundo tempo, com a entrada de Allione, a armação melhorou.

O DESTAQUE: autor do gol e de muita dor de cabeça para a defesa uruguaia, Gabriel Jesus foi a principal referência ofensiva do Palmeiras nesta noite. Foram dos pés dele que surgiram as principais jogadas e dribles.

BOLA MURCHA: Se é um problema físico ou pessoal com o treinador, saberemos nos próximos jogos. Mas a má vontade que o lateral Lucas vem apresentando nos jogos é de assustar. Na partida teve uma verdadeira avenida e errou quase todos os cruzamentos.

Postar um comentário

0 Comentários