Acredito que
eu não sou o único Brasileiro a martelar essa pergunta na cabeça. Na última
sexta-feira (25), o Brasil recebeu o Uruguai em casa, na Arena Pernambuco. A
Seleção vinha confiante pelo fato de jogar em casa com o apoio de sua torcida,
abriu o placar logo no início do jogo, ampliou com Renato Augusto e dormiu em
campo. Sofreu dois gols que poderiam ser evitados. Vida que segue.
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Neymar e Suárez, dessa vez em lados opostos |
A seleção
brasileira jogou novamente na última terça-feira (29) contra o Paraguai no
estádio Defensores del Chaco, casa dos adversários. Os paraguaios tentariam
usar sua melhor arma que era a torcida, enquanto os brasileiros tentariam usar
a "camisa pesada" e o tal do bom futebol - que ainda não consegui
encontrar. Para enfrentar o Paraguai, Dunga não contava com Neymar e David
Luiz, que cumpriam suspensão automática. O Brasil começou com a sua famosa - ou
cansativa, entendam como achar melhor - formação 4-5-1, que já está mais que
conhecida e fácil de neutralizar.
A bola rolou e
só o Paraguai parecia ter entrado em campo. A seleção brasileira tinha
aparentemente esquecido seu bom futebol na concentração ou até mesmo, no
vestiário. Só sobrava a camisa pesada em campo. A albirroja pressionava em
busca da vitória - e não deveria ser diferente - por jogar em casa, com o
Defensores del Chaco se transformando num verdadeiro caldeirão e o
"prato" que seria servido era "a canarinho".
Aos 40 minutos
da etapa inicial, a pressão paraguaia surtiu efeito. Lezcano aproveitou a
deixada de Roque Santa Cruz e guardou a redonda no fundo da rede: 1 a 0 para os
donos da casa. Intervalo de jogo e, na teoria, Dunga teria tempo pra mostrar
aos jogadores a importância de cada um, o quê e quem eles representavam. Mas só
na teoria. As equipes voltaram do intervalo, a bola rolou e logo aos 3 minutos,
Benítez aproveitou a falha da defesa brasileira, ficou sozinho e guardou o seu:
2 a 0 para o Paraguai.
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Benítez comemorando gol com seus companheiros |
A desesperada
seleção brasileira foi pro "tudo ou nada", mas com o pobre futebol
que apresentava até ali, tudo indicava o "nada". Mas como eu havia
escrito em outra oportunidade, independente de tudo, somos o Brasil. O
desespero parecia começar a dar certo quando a bola foi levantada pra área e
Gil cabeceou para o fundo do gol, mas o árbitro marcou uma falta de ataque.
Um pouco
depois, aos 32 minutos do 2º tempo, o Brasil vinha animado com o "quase
gol" de Gil e com o recuo paraguaio, e Hulk soltou um tiro com a sua perna
canhota para o gol, Justo Villar deu o rebote, que caiu nos pés de Ricardo
Oliveira sem marcação, que empurrou a bola para o fundo do gol. O Brasil
diminuiu e ainda tinha mais 13 minutos e os acréscimos pra tentar um empate e,
quem sabe, uma virada.
O Paraguai
ficou fechadinho no campo de defesa e o Brasil passou a ter muitos meias e
muitos atacantes, motivados pelo gol de Ricardo Oliveira. A seleção canarinho
pressionava, pressionava e pressionava, mas não conseguia êxito. Os erros da
equipe e do técnico Dunga passavam a se intensificar diante do cenário que se
desenhava. Chegávamos aos 45 minutos e o árbitro indicou mais três de acréscimos.
Aos 46 jogados, Daniel Alves recebeu a bola na entrada da área, driblou a
defesa paraguaia e estufou as redes de Justo Villar, que nada pôde fazer no
lance.
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Daniel Alves comemorando o gol de empate |
Ainda no
último lance do jogo, por muito pouco o Brasil não chegou à virada. A bola
espirrada sobrou nos pés de Jonas, que não tinha equilíbrio algum no lance e o
atacante não conseguiu fazer o terceiro. Sorte do Paraguai. Mas agora, a
pergunta continua: O que se passa Brasil? Cadê aquela seleção que veste uma
camisa vencedora, pentacampeã mundial e que tem por características o futebol
bonito aliado à raça? Não quero o Brasil do 7x1, que não tem mais o temor das
outras seleções. Quero Brasil pentacampeão mundial, um Brasil aguerrido em
campo, que honra a camisa, que é temido pelos adversários, o Brasil nunca
deveria ter deixado de existir.
LEO FERNANDES || @leo_fernandes_9
LINHA DE FUNDO || @SiteLF
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