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Inter, sejamos humildes

O time do Inter sempre quieto, lotado de crises, jogando menos que a bola estava pedindo para ser eliminado para o São José. Algumas coisas ainda não mudaram, seguimos jogando pouquíssimo, mas muitos diziam que não chegaríamos nem na semifinal, que dirá na final. E os mais otimistas diziam que se chegasse, seria uma final de Copa do Mundo, pois o Grêmio era o "grande time do campeonato". Todo o mar azul estava feliz da vida, ostentando a camisa tricolor pelas ruas, gritando pelas ruas "Dá-lhe tricolor!" e ao ligar a televisão só se olhava louros para o Grêmio e que a taça era deles. E o revés veio a galope, foram quatro dias e tudo mudou, eles perderam de salto alto contra o Juventude em Caxias e contra o Rosário Central fizeram a uma péssima partida, os argentinos jogaram com vontade, já o Grêmio jogou acovardado, pressionado e, desculpe a palavra, totalmente cagados.

Foco, Força e Humildade.
Mas, e daí que o rival não vai levantar o Gaúcho? E daí que ele tomou gols dentro de casa na Libertadores? E se for eliminado, e daí? Não me importo que eles vão completar mais um ano sem tirar a poeira da sala de troféus. Eu não me abalo muito com isso por que o que acontece com eles reflete diretamente dentro do Beira-Rio. A diretoria não vê o seu principal adversário como amedrontador, visto que "ninguém ganha nada por aqui mesmo". Não quero saber dos fracassos do lado de lá, me interesso no sucesso do lado de cá. Estou com saudade de sorrir com o meu time, quero saber dos reforços que precisavam chegar e nem sequer foram anunciados, quero saber da próxima eleição e do que a oposição pode oferecer. Quero saber como podemos transformar essa seca horrível para evoluir e elevar o nosso patamar para o ano que vem.

Embora, claro, eu não vá ser hipócrita com vocês e dizer que eu não dou aquela risadinha e aquela cornetada básica. Não sou de ferro. Mas e agora, contra a velha touca, continuamos freguês?

Sinceramente, somos a zebra do campeonato, por incrível que pareça. Lá em Caxias é ruim de jogar, eles vão dar a vida, estamos indo para a fogueira. Mas o que conforta é que o segundo jogo é dentro do Gigante. Temos que chegar lá na serra humildes como em todos os jogos. O jogo se ganha no campo, no escanteio, na dividida, na bola e na catimba também. Não precisa ser 8 a 1 que nem última vez pode ser 1 a 0 levando a bola para linha de escanteio e matando tempo. Não vamos ser orgulhosos, na era Argel 1 a 0 é goleada.

Ismael Schonardie || @Ismahsantos

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