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Partida péssima para o lado verde

Sem a primeira partida da semifinal no final de semana e o adiamento do jogo para esta segunda-feira (18/04), o Goiás teve mais tempo para treinar o time, montar um esquema tática adequado, uma formação boa, ensaiar jogadas, mas o que Enderson Moreira fez para esse clássico? Na minha visão, não fez nada. Outra partida completamente ridícula do Goiás com poucas oportunidades criadas, passes errados, meio de campo neutralizado e um jogo apático por parte da defesa novamente. Não foi uma derrota, mas um empate que preocupa para o segundo jogo. Achei que Enderson teria tirado algumas lições daquele zero a zero amargo, mas parece que a leitura de jogo dele está bem desagradável.

Carlos Eduardo foi um dos poucos esmeraldinos que apareceram pro jogo.
Foto: Globo Esporte.
Antes do início da partida, já era preocupante a escalação de Enderson optando por David ao invés de Jhon Clay. Com o Vila mais postado no ataque nos primeiros minutos, bastava rezar para que a defesa esmeraldina não entregasse o ouro para os colorados, que conseguiam chegar com bastante espaço. Anderson Salles era o único que estava um pouco mais atento no que fazia, mas o que mais temíamos nos fez pagar pelo preço: uma bola aérea e a cabeçada do zagueiro Anderson do Vila Nova, abriu o placar do jogo.

A verdade naquele momento é que só não sofremos mais pois o ataque do nosso rival é completamente amador. Era defesa ruim contra ataque ruim. Parecia um espetáculo de horrores. Frontini cansou de receber bolas por cima dos defensores do Goiás, porém por nossa sorte, o argentino estava sempre em posição de impedimento. 

Após o gol, tivemos que partir pra cima em busca do empate. As jogadas sempre saiam pelas pontas com Juninho, Wagner e Carlos Eduardo, mas tinha chutes ao gol? Não, nenhum. O ataque tentava apenas a mesma jogada de infiltração na defesa do Vila que já não estava dando certo, porém a nossa sorte foi quando Carlos tocou para Wagner e ele foi claramente derrubado na área. Pênalti que Rafhael Lucas bateu, marcou, e depois sumiu completamente do jogo.

No segundo tempo, esperava-se uma postura mais convincente, mas nada mudou. A marcação continuou forte e o Goiás, mesmo com Enderson acertando nas substituições, continuava com a jogada dos toques inúteis e dos balões que de nada adiantavam. Não adianta botar sempre a culpa na falta do Daniel Carvalho, pois o time está mal treinado. Também não podemos tirar o mérito da boa postura do Vila que mesmo com Jhon Cley entrando no segundo tempo para tentar trazer o jogo de volta ao meio de campo, a marcação continuou muito pesada.

Vila Nova teve mais posse de bola do que o Goiás no jogo.
Foto: Globo Esporte.
Nas arquibancadas, ambas as torcidas deram um show. Muita cantoria e números praticamente iguais. Igual um clássico de verdade, apesar de algumas poucas confusões, mas nada muito sério. A maior preocupação para o jogo da volta é que se continuarmos com essa postura ruim, de ignoramos o adversários e seguirmos com as mesmas jogadas fracas, corremos seriamente o risco de ficar de fora da final. Detalhe: empate não nos classifica, e sim, leva aos pênaltis. Ou o Enderson abre o olho ou abre o cargo para outro treinador vier em seu lugar.

Wagner Oliveira || @wagneroliveiraf
Linha de Fundo || @SiteLF

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