Nesta
quinta-feira, Shakhtar
e Sevilla
realizaram um grande jogo pela semifinal da UEFA Europa League, em Lviv, válida pela primeira partida. O
jogo em si foi marcado por algumas possibilidades reais de gol, mas também por
muita estratégia envolvendo as duas equipes. Melhor para os espanhóis, que
saíram com um empate e continuam mostrando a cada competição o seu poder
copeiro que o torna cada vez mais o time mais respeitado e temido no torneio.
O
que se percebeu na partida foi um time, como o Sevilla, bem postado em campo e
consciente do que almejava para a partida. A estratégia de jogo armada pelo seu
treinador Unai
Emery foi bem
ousada e equilibrada e buscou explorar melhor as qualidades de sua equipe, que
era o trabalho com a bola entre o meio campo e ataque, mesmo jogando com três
volantes.
Banega
exerceu um excelente papel de transição de jogo e foi um dos grandes
responsáveis pelo toque de qualidade essencial para a movimentação de sua
equipe. O meia argentino comandava as ações da meia cancha e era o responsável
tanto pela marcação mais em cima do meia atacante Kovalenko quanto pela infiltração central
com sua movimentação e qualidade no passe
Já
no tridente de ataque, se percebia um destaque muito grande do centroavante Gameiro que infernizava a vida dos
zagueiros com sua intensa movimentação e sua capacidade de abrir os espaços
para a entrada em diagonal dos outros atacantes e jogadores de outros setores
de campo. Era incrível perceber como o francês conseguia envolver de uma
maneira tão fácil o miolo de zaga ucraniano fazendo com que a equipe espanhola
pudesse obter maior êxito em suas jogadas. Por outro lado, o ucraniano Konoplyanka fazia uma partida bastante
discreta e não conseguia obter êxito para cima dos seus marcadores, hora o
lateral brasileiro Ismailly e hora o seu conterrâneo Stepanenko. Com isso, a efetividade do
ataque do Sevilla só não foi ainda maior porque o meia atacante não estava no
seu melhor dia e ainda foi substituído no segundo tempo pelo dinamarquês Krohn-Deli (que, pouco tempo depois
saiu com uma lesão no joelho, para a entrada de Coke). Por fim, Vitolo teve uma
atuação de pouca participação, mas de muito poder de decisão pela sua equipe,
conseguindo se movimentar muito bem, tanto pela direita e pela esquerda, além
de ajudar na recomposição defensiva.
O
ponto negativo esteve na marcação pelos lados do campo. Tanto Escudero e Carrizo (pela esquerda) quanto N’zonzi e Mariano (pela direita)
encontraram muitas dificuldades para parar as investidas do meia atacante
Marlos, que desequilibrava pelo time ucraniano e foi o responsável pelas
melhores jogadas do time adversário. Os centrais da equipe, Rami e Krychowiak, tinham certa dificuldade com o
argentino Ferreyra devido a sua movimentação intensa na partida, mas ambos não
deram muita chance para o centroavante realizar alguma finalização mais clara
contra o gol de Sória.
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Comemoração do gol de Vitolo, que abriu o placar para o Sevilla |
Ainda no primeiro tempo, o time ucraniano cresceu no jogo e conseguiu envolver ainda mais o time espanhol. Marlos desequilibrava na partida e, numa jogada de ponta esquerda, deu um belo corte em Mariano e acertou um magnífico cruzamento para Stepanenko cabecear como um chute e marcar outro belo gol da partida. O jogo deu uma efervescência ainda maior e o time ucraniano continuou dominando o primeiro tempo, tendo chances para aumentar o placar antes do fim dos primeiros 45 minutos.
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Cabeçada de Stepanenko após bela jogada de Marlos |
A
próxima partida será na quinta-feira seguinte, dia 05 de maio, no Sanchez Pizjuán, na Andaluzia. O time espanhol
poderá jogar por um empate em 0X0 ou 1X1, ou então, por até uma vitória simples
para classificar a mais uma final de UEFA Europa League. No final de semana, o
Sevilla volta a jogar o campeonato local contra o Espanyol, no Cornélia Du Prat, em Barcelona.
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