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Nunca deixe de acreditar

AtlĂ©tico perde nos pĂªnaltis
Foto: www.marca.com
É meio complica fazer uma anĂ¡lise de um jogo que foi tĂ£o importante e que acabou de forma tĂ£o dolorosa para a equipe do AtlĂ©tico de Madrid e, sem dĂºvidas, para os torcedores desse grande clube. Mas prometo ser justo nas palavras que usarei para definir essa final.

As expectativas que o AtlĂ©tico tinha para essa partida contra o Real eram completamente positivas. ApĂ³s vitĂ³rias sobre Barcelona e Bayern de Munique, o time chegava como grande favorito, mas, claro, sempre respeitando o Real Madrid e tambĂ©m sua histĂ³ria dentro da maior competiĂ§Ă£o de clubes. A possibilidade da derrota para o adversĂ¡rio de Madrid na final era muito grande e os colchoneros sabiam disso, entretanto, eles acreditavam em sua equipe e na justiça do futebol.

A cada minuto que se passava a ansiedade e nervosismo aumentavam, sĂ³ que esse sentimento desapareceu quando o Ă¡rbitro Mark Clatternburg apitou o inĂ­cio do jogo. A partir daĂ­, a Ăºnica coisa em ser feita era rezar e acreditar no tĂ­tulo. Os primeiros minutos foram aquilo de sempre, os dois times tentando estudar ao mĂ¡ximo o oponente. O Real foi quem teve iniciativa e, logo aos 6 minutos, teve uma grande oportunidade com Benzema, sĂ³ que do outro lado Oblak brilhou e evitou um gol logo de cara. Os minutos passavam e os torcedores colchoneros perceberam que a outra equipe de Madrid era melhor dentro de campo e que em qualquer momento poderia sair um gol. NĂ£o demorou muito para que isso acontecesse e, aos 15 minutos, Sergio Ramos abriu o placar, novamente ele.

ApĂ³s o gol impedido, o AtlĂ©tico teve que sair mais para o jogo e isso meio que deixava a defesa um pouco aberto. Foram vĂ¡rias tentativas de empatar no primeiro tempo, mas nenhuma preocupava muito o goleiro Keylor Navas. Muitos jogadores que foram importantes ao longo da temporada nĂ£o faziam um bom jogo.

Para o segundo tempo, o AtlĂ©tico tinha que mudar e Simeone promoveu a saĂ­da de Augusto para a entrada de Carrasco, que deu ao time muito velocidade na saĂ­da de bola. A substituiĂ§Ă£o fez muito efeito e, aos 46 minutos, o Ă¡rbitro novamente errou e marcou pĂªnalti para o AtlĂ©ti. Os torcedores saĂ­ram do inferno ao cĂ©u em segundos, mas rapidamente voltaram ao inferno, jĂ¡ que na cobrança a justiça foi feita e Griezamnn errou.

Quando aquela bola acertou o travessĂ£o, acredito que todos os torcedores colchoneros sentiram ou pensaram por um momento que nĂ£o seria dessa vez, jĂ¡ era. SĂ³ que apĂ³s o pĂªnalti, o AtlĂ©tico jogou de uma maneira que, para muitos, foi atĂ© surpreendente. O time pareceu ter falado "nĂ£o tem problema, vamos para cima" e começou a trocar passes no campo adversĂ¡rio. 

Aos poucos, o AtlĂ©tico se lançava mais ao campo adversĂ¡rio e a cada momento aquele sentimento de "jĂ¡ era" se tornava uma pequena esperança. Com muito sacrifĂ­cio e luta, o empata veio e com gostinho de vitĂ³ria, jĂ¡ que o Real jĂ¡ tinha feito todas as substituições, sendo que uma foi por lesĂ£o. Ou seja, era o nosso momento, era o momento de pĂ´r um fim nessa decisĂ£o, era o momento de calar todo mundo que disse que o AtlĂ©ti nĂ£o merecia estar nessa final, era o momento de mostrar que somos gigantes mesmo nĂ£o tendo tanto dinheiro como outros grandes clubes.

Ainda faltavam dez minutos para o final e as duas equipes nĂ£o quiseram arriscar muito, o jogo ficou morno atĂ© porque as duas equipes estavam exaustas. A decisĂ£o novamente seria decidida na prorrogaĂ§Ă£o, sĂ³ que desse vez o time que estava melhor fisicamente era o AtlĂ©tico, sĂ³ que isso pouco adiantou na prorrogaĂ§Ă£o. Com poucas chances de gol e praticamente todos os jogadores muito cansados, jĂ¡ era esperado os pĂªnaltis.

A final da Champions seria decidida nos pĂªnaltis e o nervosismo era muito grande tanto para os torcedores, como para os jogadores. Simeone, pouco antes de começar os pĂªnaltis, foi atĂ© a torcida colchonera e pediu para que todos cantassem mais alto, o coraĂ§Ă£o batia mais forte 

Foram necessĂ¡rias nove cobranças para saber quem se consagraria campeĂ£o da UEFA Champions League e novamente o Real Madrid conseguiu sair com a taça. ParabĂ©ns ao Real, que mostrou tambĂ©m ser um time vencedor, primeiro por ter conseguido superar todas as dificuldades desde o inĂ­cio da temporada e segundo pelo tĂ­tulo.

JĂ¡ o AtlĂ©tico precisa levantar a cabeça e pensar "Somos grandes, eliminamos Barcelona e Bayern e conseguiremos esse trofĂ©u que tanto sonhamos". Eu nunca deixei de acreditar e nĂ£o serĂ¡ essa derrota que me farĂ¡ deixar. 

Parabéns Clube Atlético de Madrid


Texto escrito por Alzemir Neto, colunista do Atlético de Madrid.

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Alzemir Neto: @NeetoMoraes96
Linha de Fundo: @SiteLF

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