Erros,
nervosismo, apatia e falta de atenção: o Grêmio que caiu para o Rosário foi um
retrato perfeito do que o time vem apresentando nos últimos anos. Com um
futebol que decepciona em mata-mata, o Tricolor já acumula quatro eliminações
traumáticas e em sequência nas oitavas de final da Copa Libertadores da
América: Universidad Católica em 2011, Independiente Santa Fe em 2013, San Lorenzo
em 2014 e, agora, Rosário Central em 2016.
O
Grêmio foi eliminado diante de uma equipe bem melhor que ele – é do jogo.
Contudo, o desempenho do Tricolor nas oitavas foi vexatório. Engolido, tanto em
Porto Alegre, como na Argentina, o time de Roger deixou os argentinos
imprimirem seu ritmo de jogo, com marcação intensa, o que resultou em um
festival de erros gremistas, acompanhadas de falhas na defesa. Erros, aliás,
que em 2016 vão desde posicionamento em campo até o departamento médico, que
deixou quatro atletas serem infectados de caxumba para só então vacinar o
plantel (quando o Internacional, por exemplo, já havia vacinado seus atletas
logo após surgir o primeiro caso no rival).
A
defesa, grande problema do Grêmio no ano, seguiu comprometendo. Mesmo com a
volta de Pedro Geromel, a equipe sofreu com o jogo aéreo. Para se ter uma
ideia, metade dos gols sofridos pelo Tricolor na temporada até agora foram
oriundos de jogadas de bola levantada na área. O treinador, por melhor que seja
(e é!), precisa ser cobrado por isso. Somente com treinamento e cobrança
efetiva é possível solucionar essa deficiência.
A
derrota de hoje, vai muito além da eliminação na Libertadores. Ela certamente
refletirá no quadro social do clube, na arrecadação da loja, no faturamento dos
jogos e pode refletir em outros setores como direção e elenco. Resta juntar os
cacos e esperar que, de fato, ocorram mudanças para o Brasileirão e Copa do
Brasil, já que o primeiro semestre, que ainda nem chegou ao fim, foi vergonhoso.
Uma
derrota arrasadora em uma competição na qual a torcida havia depositado muita
confiança. O time que havia feito um extraordinário Campeonato Brasileiro em
2015 fez os torcedores se encherem de esperança. A classificação para as
oitavas, no chamado “grupo da morte” da primeira fase, contribuiu para alimentar as expectativas ainda mais. E veio mais uma frustração. Desta vez, nem o consolo
de que o time “lutou com garra” ou “perdeu jogando bem” os torcedores tiveram.
Uma Libertadores em que o time começou levando “olé” do Toluca e terminou sendo
massacrado pelo Rosário Central
Janaína
Wille, @janainawille
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