Depois de
ótima estreia diante do Atlético-PR, o Palmeiras não conseguiu repetir a
movimentação e os ótimos passes trocados em Campinas e acabou derrotado contra
a Ponte Preta por 2x1. A primeira derrota alertava para a necessidade de ser
mais regular nas partidas caso queira manter o ritmo positivo nos resultados.
A derrota em
Campinas em si não é nenhum absurdo, já que a Macaca costuma complicar nos
jogos disputados no Moisés Lucarelli diante dos paulistas – ano passado venceu
Santos e São Paulo e forçou um suado empate diante do Corinthians -, mas a
atuação do primeiro tempo chamou atenção negativamente. Depois de dez bons
minutos iniciais, o Palmeiras simplesmente se perdeu em campo.
Jesus lutou muito, mas foi mais uma figura com pouca inspiração no jogo de hoje. (Foto: Cesar Greco / Palmeiras) |
Com Matheus
Salles e Jean perdidos na marcação, a Ponte tinha facilidade na troca de
espaços e chegava fácil no campo de ataque. Além disso, ofensivamente o
Palmeiras não conseguia trocar passes com a mesma tranquilidade da semana
passada. A desatenção ficou evidenciada nas bobeiras de marcação que permitiram
que a Macaca fizesse dois gols rapidamente, ambos com Felipe Azevedo.
Mesmo jogando
mal, o Verdão ainda conseguiu incomodar a meta do goleiro João Carlos em
algumas vezes. Na principal delas Cleiton Xavier ganhou de cabeça e quase
marcou, mas muito pouco para quem tinha jogado tão bem na primeira partida.
O segundo
tempo prometia fortes emoções. Cuca sacou Matheus Salles e deixou o time com
apenas Jean na marcação. Apesar da pressão inicial, o Verdão não conseguiu
descontar e logo o jogo ficou bem controlado pelo time campineiro. A bola era
sempre do alviverde, que terminou o jogo na casa dos 60% no quesito, mas poucas
chances de gol foram criadas dos dois lados.
Já no final, o
Palmeiras descontou com Gabriel Jesus em lance mal anulado pelo assistente. Um
erro tecnicamente grave (a bola veio do defensor da Ponte Preta), mas que não
teve influência no placar. Seria um exagero culpar a arbitragem em uma partida
que o Verdão simplesmente não jogou.
Ainda deu tempo de descontar com Moisés, gol agora validado, já nos
acréscimos.
Se a
empolgação pela goleada era descabida, também não há razão para pânico na
derrota de hoje. Um jogo ruim que teve como ponto positivo a visão ofensiva de
Cuca, que se arriscou a uma goleada para buscar o resultado. O próximo jogo
será um bom desafio: o bom time do Fluminense, em casa. É preciso ganhar, mas
principalmente jogar bem novamente.
O DESTAQUE: se foi difícil escolher um pior em campo no jogo anterior, hoje foi
quase impossível ver um destaque. O “menos pior” foi Tchê Tchê, que repetiu a boa movimentação pelo meio e ajudou nos
poucos momentos bons do time.
BOLA MURCHA: absolutamente perdido e substituído no intervalo, Matheus Salles dificultou muito a vida do Palmeiras no primeiro
tempo e não conseguiu dar a segurança defensiva que vinha ajudando nas últimas
partidas. Apenas um nome, porém, em uma tarde em que nada funcionou bem.
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