Em busca da reabilitação, o Tupi
viajou até Criciúma para enfrentar o time da cidade neste sábado (18), pela 10ª
rodada da Série B. Todos imaginavam um jogo difícil no Heriberto Hülse, contra
um adversário forte, que até então havia vencido todas em casa. Somar um ponto
não seria ruim, entretanto, pelas circunstâncias do jogo, o empate ficou com um
gosto amargo para o torcedor alvinegro.
O empate foi com gosto de derrota (Foto: Caio Marcelo/Site oficial do Criciúma Esporte Clube) |
Após o empate com o Luverdense,
Estevam Soares fez mistério durante a semana e a escalação da equipe só foi
divulgada momentos antes da partida, tendo mudanças no onze inicial. A primeira
delas pela ausência de Helder, que havia começado como titular na última
partida, mas se lesionou e Rodolfo Mol ganhou a posição. Outro que não apareceu
entre os titulares foi Giancarlo, que foi sacado por opção técnica, cedendo a
vaga para o volante Filipe Alves.
O Tupi foi para o jogo
demonstrando uma postura mais cautelosa, alinhado no 4-3-2-1 (Rafael Santos;
Henrique, Heitor, Rodolfo Mol e Bruno Costa; Rafael Jataí, Filipe Alves e
Marcos Serrato; Vinícius Kiss e Hiroshi; Thiago Silvy.), com seus atacantes
Hiroshi/Thiago Silvy se alternando na função de "falso 9". Todos
recompondo quando não tinha a bola.
Com uma forte marcação, o Tupi
não sofreu uma pressão inicial do Criciúma, que teve muitas dificuldades para
levar perigo ao gol de Rafael Santos. Nos primeiros minutos, o goleiro foi
pouco incomodado e fez três defesas fáceis, em duas finalizações Hélio Paraíba
e uma de Elvis.
As primeiras chances claras do
jogo, só aconteceram no fim da etapa inicial, justamente em lances que
resultaram em gol; Aos 37', o Criciúma chegou depois de um lançamento, que
resultou na falha de Rodolfo Mol e em uma falta não marcada de Elvis em cima do
zagueiro; Na sequência, o meia cruzou para Hélio Paraíba, que apenas teve o
trabalho de empurrar para o gol vazio; No minuto seguinte, o Tupi respondeu em
uma falta cobrada por Henrique na cabeça de Filipe Alves, que teve toda a
liberdade para cabecear e empatar.
Em um primeiro de tempo de poucas
chances para os dois lados, as equipes não conseguiram exercer superioridade
sobre o seu adversário, ficando no empate justo por 1 a 1. No intervalo,
Estevam Soares promoveu uma substituição, colocando Giancarlo no lugar de
Hiroshi. A alteração mudou a característica do time, passando a ter um jogador
de área, que só serviu para diminuir o poder de movimentação. Por outro lado,
Roberto Cavalo mexeu bem e deixou a equipe mais ofensiva, promovendo as
entradas de Alex Maranhão e Roberto nos lugares de João Afonso e Juninho,
respectivamente.
Como era de se esperar, a etapa
complementar começou com uma enorme pressão do time da casa, que apertou a
saída de bola adversária e buscou mais o gol em uma série de cruzamentos na
área. Dessa forma, os primeiros minutos foram de superioridade do Tigre, que
não conseguia concluir com efetividade. A melhor chance foi aos 13 minutos,
quando Hélio Paraíba recebeu na área, girou com liberdade e finalizou com muito
perigo.
Após uma pressão, que não
resultou em nenhuma defesa difícil de Rafael Santos, o Galo Carijó conseguiu um
alento; E novamente o caminho foi a bola parada: Em falta da esquerda, Henrique
mandou para área e contou com o desvio em Raphael Silva, que foi salvo por Luiz
no que seria gol contra do zagueiro. Porém, em seguida o time catarinense
continuou melhor e mais próximo do gol, enquanto o time mineiro pouco
assustava.
A necessidade de mudança fez com
que Estevam Soares tomasse uma atitude: aos 15', Jonathan entrou no lugar de
Thiago Silvy, que fazia uma péssima partida – mais uma vez – e deixou o campo. Dois
minutos depois, Bruno Costa cruzou rasteiro e a defesa do Criciúma afastou mal,
Vinícius Kiss se aproveitou e na sobra colocou o Tupi na frente.
Após a virada, Estevam Soares
mexeu pela última vez e fez uma troca de volantes, colocando Recife no lugar de
Filipe Alves. Em seguida, Roberto Cavalo foi para o "tudo ou nada",
promovendo a entrada do atacante Jheimy no lugar do lateral Marlon. Com isso, a
partida ficou aberta, tendo chances claras para ambas equipes. Dois lances
poderiam ter mudado a história do jogo: Aos 28', em seu primeiro lance em campo,
Jheimy recebeu cruzamento e tentou tirar do goleiro, mas acabou cabeceando pra
fora uma boa oportunidade; Aos 44', Jonathan deixou Giancarlo livre em ótimas
condições para matar o jogo, mas o atacante mandou pra fora.
Depois de ficar boa parte do segundo
tempo na frente do marcador, o Tupi voltou a sofrer um apagão no fim, o que tem
sido comum neste campeonato. Nos acréscimos, o Criciúma teve um escanteio e o
torcedor carijó já poderia imaginar o pior, o que foi confirmado. Na cobrança,
a bola sobrou para Roberto, que mesmo caído, rolou para Jheimy bater no
cantinho e deixar tudo igual novamente.
O resultado não deixou de ser bom
para o Galo Carijó, que acabou com o cem por cento de aproveitamento do Tigre
em casa, somando o seu primeiro ponto longe de Juiz de Fora. No entanto, muitos
times da parte de baixo da tabela também pontuaram e a rodada foi ruim,
aumentando a necessidade de vitórias contra Bahia e Avaí. Serão duas partidas
seguidas no Estádio Radialista Mário Helênio, bastante complicadas é verdade,
mas pode ser o início de uma reação.
PS.
1 – O
primeiro destaque, é que certamente levarei sal grosso no próximo jogo do Tupi
e sugiro que façam o mesmo, levar tantos gols nos acréscimos não pode ser
normal. Deixando as superstições de lado, que eu tenho muito, falta atenção nos
minutos fim das partidas e isso precisa ser corrigido já.
PS.
2 –
Houve dois lances dignos de reclamação por parte do time de Juiz de Fora: no
lance do gol do primeiro gol do Criciúma, Rodolfo Mol foi empurrado por Elvis,
mas não foi marcada a falta de ataque; E Giancarlo sofreu um pênalti, mas
novamente o árbitro fingiu que não era com ele, nada foi marcado.
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