Na noite de ontem (14/06), o Joinville mais uma vez
deixou explícito a sua principal carência: o ataque. Mau posicionamento, camisa
9 que não consegue prender a bola, atacante de beirada que não consegue acertar
uma jogada individual, enfim, está complicado, mas reforços para este setor
estão chegando (alguns já chegaram), e a expectativa é que melhore. Mais um
empate na conta do Joinville, e aos poucos vamos desperdiçando pontos preciosos
em casa.
Hemerson Maria precisa contar logo com os reforços que chegaram e estão chegando. Foto: Divulgação/JEC |
Sem Cléo Silva suspenso, o setor
ofensivo do JEC contou com Juninho e Gabriel Vasconcellos (recém-chegado);
Juninho foi relativamente bem, mas precisa mostrar bem mais com a camisa do
JEC, ontem foi apenas uma finalização perigosa, e só, falta acertar mais nas
jogadas individuais, encaixar um drible que faça a diferença no campo de
ataque; já Gabriel, precisa mostrar mais, foram duas partidas, e duas atuações
apagadas, talvez possa ser remanejado para a beirada do campo, pois na função
de camisa 9, não está rendendo (e nem tem característica de 9).
Com a bola rolando, foram três
boas chances de gol na primeira etapa, duas para o JEC (Pereira e Juninho) e
uma para o clube goiano, que seria em uma cobrança de falta aos 50 minutos da
etapa inicial, exigindo uma linda defesa de Oliveira. Jogando em casa, o
Joinville foi para cima nos minutos iniciais, tanto que chegou com perigo logo
aos 8 minutos, quando Pereira deu uma boa arrancando e bateu com a perna
esquerda, pena que saiu fraco. Alguns minutos depois (12 para ser mais
preciso), Juninho foi pifado dentro da grande área e bateu bem para o gol, mas
o arqueiro Marcos praticou uma grande defesa. Após isso, jogadas perigosas
foram escassas, a não ser a cobrança de falta já citada no início para o
Atlético. Um jogador do Joinville ainda merecia ser expulso, e trata-se de
Ligger, que matou uma jogada do Atlético, sendo o último homem de defesa. E fim
de primeiro tempo, etapa onde o Atlético botou a bola no chão (e muito bem),
tocando a bola com consciência, mas não conseguindo finalizar com perigo, a não
ser em cobranças de falta; enquanto isso, o JEC sofreu com a falta de um camisa
9 de verdade, já que não tinha ninguém que segurasse a bola para quem vinha de
trás, só que mesmo assim, conseguiu chegar com perigo duas vezes, pena que a
bola não entrou.
O segundo tempo foi um pouco mais
fraco tecnicamente, tanto que os dois únicos lances perigosos aconteceram antes
dos 15 minutos iniciais, um a favor do JEC e o outro a favor do Atlético; o
lance do tricolor catarinense veio aos 5 minutos, quando Carlos Alberto bateu
forte, mas no meio do gol. A oportunidade a favor do clube goiano apareceu aos
11 minutos, quando Michel driblou Bruno Aguiar e bateu forte, Oliveira
espalmou! As chances de vitória a favor do JEC se reduziram quando Fernando
Viana entrou no time, atacante completamente nulo, muito fraco tecnicamente; com
a saída de Pereira e a entrada de Diones então... Aí se aniquilaram por
completo alguma pretensão de vitória. O clube de Goiás ainda teve um jogador
expulso, mesmo assim o Joinville não conseguiu fazer o gol, até porque o
Atlético se fechou ao máximo formando duas linhas de quatro, decretando assim o
fim de jogo na Arena Joinville e o zero no placar.
Juninho quase anotou o seu gol. Foto: Divulgação/JEC |
Empatar em casa sempre é ruim,
mas há de se levar em consideração que o Joinville empatou com um bom time, que
está nas cabeças da competição, vale lembrar que o clube goiano bateu na última
rodada o bicho papão da Série B. Já pelo lado tricolor, algumas coisas precisam
ser destacadas, umas boas e outras ruins. As ruins são em relação a Diego (LE)
e ao ataque; o lateral esquerdo não vem fazendo boas partidas, e vem taxando o
lado direito ofensivo adversário como o “mapa da mina”, ele demora muito para
colar no jogador que está marcando, ou seja, bolas são alçadas na área sem
dificuldade. Outro destaque negativo vai para Hemerson Maria, que fez lambança
duplamente: uma ao por Fernando Viana, e outra em sacar Pereira para pôr um
volante. Mas temos coisas positivas também, como as ótimas partidas que Ligger
vem fazendo, um ótimo quarto zagueiro, que caiu como uma luva no tricolor; vale
ressaltar também a qualidade que Carlos Alberto vem demonstrando, um meia
inteligente que vai nos ser muito útil no decorrer da competição.
Confira abaixo a ficha técnica do
jogo:
JOINVILLE
1x1 ATLÉTICO-GO
Local: Arena Joinville,
Joinville (SC);
Público e renda: 3.801 pessoas
presentes, para uma renda de R$ 41.790,00;
Arbitragem: José Cláudio Rocha
Filho foi quem comandou o apito, ele foi auxiliado por Alberto Poletto Maseira
e Daniel Luis Marques;
Cartões amarelos: Ligger (JEC), Bruno Aguiar (JEC) e Carlos Alberto (JEC) |
Marcos (ACG), Lino (ACG), William Schuster (ACG) e Alison (ACG);
Cartão vermelho: Alison (ACG);
Joinville: Oliveira | Everton
Silva, Bruno Aguiar, Ligger e Diego | Naldo, Paulinho Dias, Carlos Alberto e
Pereira (Diones) | Juninho (Murilo) e Gabriel Vasconcellos (Fernando Viana) | Técnico: Hemerson Maria;
Atlético-GO: Marcos | Matheus
Ribeiro, Lino, Marllon e Romário | Michel, Pedro Bambu, Magno (Bruno Barra) e
William Schuster (Luiz Fernando) | Gilsinho (Jorginho) e Alison | Técnico: Marcelo Cabo.
Paulinho Dias esteve meio apagado no jogo. Foto: Divulgação/JEC |
Apesar de ainda ser deficiente no
setor ofensivo, mas o Joinville vem evoluindo na competição, os problemas na
defesa e no meio campo parecem que foram solucionados, só falta um lateral
esquerdo de qualidade para fechar, além do ataque, cuja posição onde alguns
jogadores já estão acertados (Dodo e William Barbio), outro pode retornar de
lesão na próxima partida (Heliardo, que estreou contra o Vasco e machucou o
joelho) e um bem conhecido da nação pode estar voltando (Jael). O tricolor
volta a campo na próxima sexta-feira, abrindo a 10ª rodada da Série B contra o
Ceará, o jogo ocorre na Arena Joinville as 19h15.
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