No
início do campeonato eu disse a alguns amigos que, com o elenco que o América
tinha à disposição, seria rebaixado sem conseguir somar trinta pontos. Passadas
as doze primeiras rodadas, estamos com apenas oito pontos, ou seja, em uma
situação ainda pior. Se alguma mudança significativa não acontecer em breve,
poderemos não chegar sequer aos vinte cinco pontos, o que seria um vexame
gigantesco.
Nos
últimos jogos a equipe até conseguiu tocar a bola e criar algumas jogadas (bem
poucas na verdade), porém, a zaga fez questão presentear os adversários com gols.
Já havia sido assim contra Internacional, Botafogo e Palmeiras. Ficou claro
que o time apresentou mais vontade dentro de campo, mas nossos zagueiros insistem
em tentar sair jogando bonito, matando no peito, tocando de lado. Custa assumir
que não tem essa capacidade e dar um chutão para a lateral?
Sabemos
que é difícil montar um time competitivo tendo o menor orçamento da Série A,
porém a sensação é de que a diretoria poderia ter feito mais com o que tinha em
mãos. Quando os recursos são escassos, a margem para erro é quase inexistente e
estes aconteceram aos montes na montagem do elenco. A conquista do
Campeonato Mineiro (importante e devidamente comemorada) ajudou a mascarar as
fraquezas da equipe, dando a falsa impressão que o América conseguiria encarar a
Série A.
É
importante evitar que a situação se agrave, já que o campeonato avança
rapidamente e, à medida que os resultados não chegam, a tendência é que bata o
desespero e ações precipitadas sejam tomadas. Isso além de não conseguir
resolver os problemas dentro do torneio atual, pode comprometer as finanças
do time para as próximas temporadas, formando o pior cenário de todos, ou seja,
rebaixamento associado ao endividamento do clube.
Creio
que o mais sensato a ser feito é esperar a estreia dos últimos jogadores
contratados, bem como contar com as voltas de Pablo e Tony, que estão saindo do departamento médico, e ver como será o desempenho do time. Caso não consigamos chegar aos
vinte pontos ao final do turno, o melhor a ser feito é já pensar no ano que
vem, dando oportunidade apenas aos jogadores que ficarão para 2017 e liberando
os demais para aliviar a folha de pagamento. Dessa forma é possível evitar
gastos desnecessários considerando a quase certeza da queda.
Foto: http://veja.abril.com.br/ |
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