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Londrina: sem vitória, com garra e suor

A vitória, conquistada ante o Bahia, animou a torcida Alviceleste e a fez aguardar de forma ansiosa o jogo contra o Vasco da Gama na rodada seguinte. Em partidas anteriores (bem como a contra o Bahia) o Tuba já havia mostrado sua força, sua técnica e sua maleabilidade diante das adversidades que um campeonato nivelado como a Série B pode trazer. Este embate diante do líder Vasco foi mais uma oportunidade de mostrarmos as nossas forças e a nossa capacidade.

Foto: Robson Vilela
Diferentemente das demais rodadas (vale lembrar que contra o Tupi 7 mil torcedores marcaram presença) onde a torcida se diminuía a um público de cerca de 3 mil torcedores, nesta o número de ingressos vendidos, anteriores à abertura das bilheterias do próprio estádio, já era de cerca de 10 mil; isto prova o quanto este jogo significava ao Londrina.

Se fora das quatro linhas o LEC contaria com apoio, a situação dentro dele mostrava que todo (apoio) seria de bom grado, afinal entraria sem Matheus (titular desde o início do campeonato) e sem Rondinelly (atleta que vem ganhando destaque por estar corrigindo falhas que a equipe apresentava a datar do início da temporada).

Eis que é chegada a hora do início da partida, estavam lá os quase 15 mil torcedores, o líder querendo se recompor da derrota e o Londrina buscando derrubar o líder para subir na tabela. Nos primeiros minutos os visitantes tentavam progredir com toque de bola na intermediária até achar uma brecha para chegarem próximos à área do Tuba. Em meio a esta troca de passes, Jorge Henrique foi derrubado e o árbitro assinalou uma falta, esta foi cobrada por Rodrigo que contou com o desvio na barreira e o quique no gramado para enganar Marcelo Rangel e abrir o placar. Do gol em diante, o vasquinho que se propunha mais ao jogo, passou a manter sua marcação apertada, mas criando pouco e com o passar do tempo começou a ceder certos espaços ao Alviceleste, por sua vez a equipe de Cláudio Tencatti aproveitava os espaços e a posse de bola para tentar passes em profundidade, os quais paravam em Martín Silva; de uma dessas jogadas surgiu à primeira boa chance para o Londrina, quando Keirrison recebeu de Paulinho Moccelin e buscou o contrapé do arqueiro vascaíno, forçando-o a praticar boa defesa. O primeiro tempo seguia com um panorama quase padrão de partidas em que o dono da casa pressiona e o visitante tenta resistir, isto é, o Londrina buscava a progressão com passes lateralizados e era barrado com faltas (as quais nem sempre geravam punições corretas aos atletas do cruzmaltino) enquanto o visitante se postava para fazer as faltas e tentar a chance no contra-ataque. E de fato tentou, prova disto é o chute que Leandrão acertou a trave e assustou o estádio todo. Não houve tempo, sequer espaço para jogadas diferentes, pois o Vasco endurecia a partida e fazia o jogo seguir o panorama supracitado.

Foro: Robson Vilela
Havia a necessidade de mexer no time, dar mais força física ao ataque - a briga do K99 com a defesa vascaína era quase sempre perdida - por isso Tencatti trouxe Itamito ao campo. Logo em sua primeira participação, Itamar levou cartão amarelo e se juntou a Luizão (que já havia recebido o cartão amarelo) e ficará fora da próxima partida. E se logo de cara Itamar mostrou que entrou para brigar e buscar o gol, o Vasco também mostrou que o segundo tempo não seria muito diferente do que fora o primeiro. Rodrigo mais uma vez levou perigo cobrando falta. Diante da situação de perigo levada ao gol de Marcelo Rangel, o Tuba passou a ter mais posse de bola e tentar segurar o jogo vascaíno no meio de campo, e por outro lado o Vasco seguia com a tática de parar o Alviceleste de forma faltosa e em certos lances até violenta. O Londrina dominara a partida e a mantinha sob seu controle, ainda que criando poucas jogadas que levassem perigo de fato, com o jogo seguindo da maneira que o Tuba gosta (com a posse de bola, tentando infiltrações laterais e triangulações entre os meias) a torcida se assustou ao ver Leandrão dominar uma bola de frente ao arqueiro Londrinense, obrigando-o a fazer boa defesa após um petardo de perna direita.

O jogo seguia truncado, e ficando cada vez mais difícil para o Vasco se defender, Jorginho se viu obrigado a aumentar o poderio defensivo e de marcação do cruzmaltino, por isso trouxe Diguinho a campo. A substituição surtiu efeito: o volante desarmava os homens de criação da meiuca Londrinense, cortava passes em profundidade; em resumo, Diguinho deu estabilidade e proteção para que a zaga carioca. Na tentativa de segurar as jogadas lateralizadas do Londrina, Rodrigo fez falta dura em Marcelinho, e como já tinha amarelo foi expulso aos 44’, o árbitro que já havia adicionado quatro minutos, sequer fez menção de aumentar o tempo acrescido. Nada muito diferente do que foram os minutos anteriores, foi a etapa final (LEC com a posse, Vasco com o contra-ataque) e ao apito do árbitro o time visitante saiu vencedor. Diferentemente das demais derrotas dentro de casa, em que a torcida descontente vaiava o time e fazia a equipe sair sob os xingamentos, o apaixonado pelo Tuba aplaudiu e cantou como forma de reconhecimento pela garra dos atletas dentro de campo; assim deve ser: torcida e time, unidos nas batalhas para superar as dificuldades que um campeonato como a Série B traz.

Acima da derrota sofrida, ou de qualquer erro individual está à paixão e o carinho que o torcedor tem pelo clube. Isto ficou provado ao final da partida, quando a torcida aplaudiu em pé a garra e luta dos atletas dentro de campo, jogadores e comissão técnica lutaram do começo ao fim para reverter o placar que foi conseguido em um lance de falta de pura sorte do visitante. Londrina, estamos fechados contigo, enquanto você estiver em campo nós gastaremos voz e se possível esgotaremos nossas energias para te apoiar, também esperamos isso dos jogadores, assim como fizeram nesta partida.

Londrina (0) x (1) Vasco contou com 14602 torcedores nas arquibancadas, gerou uma renda de R$ 313.084,00 e na conta, desta vez não é muito exata, tivemos cerca de 1200 corneteiros.

O Londrina do professor Tencatti veio com Marcelo Rangel, Igor Bosel, Luizão, Sílvio e Léo; Germano, Rafael Gava, Zé Rafael (Netinho) e Paulinho Moccelin (Marcelinho); Keirrison (Itamar) e Jô.

Já o Vasco de Jorginho veio com Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Marcelo Mattos (Diguinho), William (Júlio dos Santos), Nenê e Andrezinho; Jorge Henrique e Leandrão (Jomar).

Na próxima rodada:
Luverdense x Londrina - Passo das emas - 24/06 as 21:30
CRB x Vasco - Rei Pelé - 25/06 as 16:30

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