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Palmeiras joga bem e vence Santa Cruz

Em mais um ótimo jogo atuando dentro do Allianz Parque, o Palmeiras bateu o Santa Cruz por 3x1 com direito a um primeiro tempo que beirou a perfeição e uma etapa final que evidenciou o que todos já sabem: o Verdão tem um ataque sensacional, mas deixa a defesa exposta em diversos momentos. Não que isso preocupe já que o próprio Cuca repete com certa insistência que prefere ganhar jogos por 4x3 a ganhar por 1x0.

Cuca, aliás, escalou bem a equipe para o duelo deste sábado. Prevendo um adversário bastante recuado, abriu mão de um volante de marcação (Matheus Salles ou Thiago Santos) e colocou Moisés como primeiro volante. Deu muito certo e, além de dominar completamente o primeiro tempo, teve em Moisés um dos melhores jogadores do time.

Com exceção feita a dois contra-ataques, Fernando Prass foi mais um espectador de um Palmeiras envolvente, com uma ótima saída de bola e muita movimentação de Tchê Tchê, o meio-campo palmeirense conseguia quebrar a marcação e encontrar espaços para o sempre veloz trio de ataque. As chances começaram a aparecer e, consequentemente, Tiago Cardoso também.

Depois de algumas boas defesas, ele não conseguiu segurar o toque de Cleiton Xavier após cobrança de lateral feita por Moisés (a mesma jogada que Cuca forçava no Atlético-MG e que, com camisa verde, já havia funcionado no Couto Pereira) e a bola sobrou para Dudu estufar a rede e abrir o placar. Sem acomodação, o segundo gol saiu ainda no primeiro tempo. Em ótima jogada ensaiada de falta, Jean ampliou.

Dudu marcou dois gols contra o Santa Cruz e ajudou a construir a vitória. (Foto: Globo Esporte)
A segunda etapa foi completamente diferente e o Santa Cruz veio com tudo para buscar o empate. O gol sofrido logo aos cinco minutos, ainda que Grafite estivesse ligeiramente impedido, colocou a ótima atuação em risco – especialmente porque no minuto seguinte Keno quase empatou em bobeada na saída de bola alviverde que funcionou tão bem no primeiro tempo.

Passado o susto, o Palmeiras reagiu e voltou a equilibrar o jogo. O terceiro gol não demorou a sair: boa jogada de Gabriel Jesus, que havia levado bronca de Cuca minutos antes, e Dudu fechou para marcar o terceiro gol e colocar uma maior justiça ao que era o jogo até ali.

Não que tenha parado por aí. Se não saíram mais gols, não faltaram oportunidades. O Palmeiras fez duas jogadas de efeito, com passe de letra e duplo chapéu de Jesus, mas não balançou a rede. O Santa Cruz respondeu e obrigou Prass e duas grandes defesas, com direito a uma delas tocando a trave caprichosamente e matando qualquer esperança de reação pernambucana.

PONTO TÁTICO: A escalação em função do adversário tem sido o principal mérito de Cuca nesse começo de campeonato. Vendo que teria pouco a marcar no começo, deixou Moisés como homem mais recuado em seu 4-1-4-1 tradicional sem a bola. Com isso, o Palmeiras ganhou em qualidade no passe e permitiu amplo domínio na primeira etapa.

O DESTAQUE: Impossível não atribuir o grande jogo do Palmeiras à atuação de Moisés. Ele foi dono da área central do gramado e impediu inúmeras vezes que o contra-ataque pernambucano levasse perigo para Fernando Prass. Ainda bateu a lateral que abriu o caminho da vitória.

BOLA MURCHA: Voltando ao time após cumprir suspensão, Vitor Hugo não teve a atuação segura de sempre. Foi ele quem deixou Grafite livre no único gol sofrido em casa pelo Palmeiras até aqui, além de errar alguns cortes. Parecia um pouco desligado.

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