A décima rodada do Campeonato
Brasileiro – Série B – 2016 traria para o G. E. Brasil uma barbada. Mesmo
jogando no Maranhão, o adversário não mete medo em ninguém. Aliás, sua própria
torcida é quem está apavorada e as faixas colocadas de cabeça para baixo
mostravam a realidade da equipe do Sampaio Corrêa. Até ali, lanterna da
competição com apenas quatro pontos, cinco gols pró e dezenove contra mostravam
a fraqueza do adversário. Mas a realidade da partida foi uma grande decepção
para a Torcida Xavante. Da vitória contada antecipadamente, restou apenas um
empate desalentador.
Não é de hoje que o time do
Brasil é uma equipe aguerrida que sabe o que quer dentro de campo e faz das
tripas coração em busca do resultado positivo. Nas mãos de Rogério Zimmermann
são quatro anos onde grandes conquistas consagraram o treinador Rubro-Negro.
Claro que isto é altamente positivo e, não raramente, faz o torcedor esquecer
um passado não muito distante quando o troca-troca de treinador e atletas era a
tônica do clube. Com quatro vitórias no Bento Freitas e nenhuma fora de casa a torcida
Xavante clama pelos primeiros três pontos jogando em campos adversários. E é
isto que está enervando alguns. Não me excluo desse grupo e vejo a necessidade
dessa vitória para atestar a real capacidade da equipe Rubro-Negra em garantir
a permanência no campeonato de 2017.
Talvez pensando em atender o
clamor da torcida, Rogério Zimmermann mandou a campo uma escalação bem
diferente do que costuma apresentar. Iniciou o jogo com Eduardo Martini;
Weldinho, Leandro Camilo, Teco e Brock; Galiardo, Nem, Marcão e Diogo Oliveira;
Marcos Paraná e Nathan. Surpresa geral a ausência simultânea de Leandro Leite e
Washington. Seria este o caminho para a primeira vitória fora de Casa?
Tche! Tomara que nosso treinador
não esteja que nem eu e outros tantos torcedores. Já está dando nos nervos essa
história de não ganhar de ninguém longe do Bento Freitas. O jogo transcorria
bom e parecia que a bendita vitória chegaria em cima do Sampaio Corrêa mas o
gol que o Xavante perdeu não dava para acreditar. Eram vinte e dois minutos do
primeiro tempo e o Brasil perdeu o mesmo gol umas oito vezes. É isto mesmo! Eu
vi e revi na internet. Não acreditei e vi mais outras vezes. Até me convencer
de que aquela bola não entraria nem sem goleiro. A partir daquele lance, senti
que não seria fácil ganhar do último colocado na tabela.
Com o início do segundo tempo, a
esperança da primeira vitória fora de casa veio com tudo. De hoje não escapa!
Pensava à frente de meu computador e com os pés duros de frio. Dizem que o céu
é o limite e aos dezesseis minutos Nathan levou-me até o paraíso. “Gol do
Brasil! Gol do Brasil! Gol do Brasil!” eu berrava mais do que o cara da rádio
enquanto esperava as imagens arrastadas do computador. Quanta crueldade meu
Deus! Mal eu acompanhava o lance na telinha e já vinha o cara do rádio berrar
gol outra vez. Só que agora era o Sampaio Corrêa quem marcava. Daquele instante
em diante não esqueci mais daquela jogada ainda do primeiro tempo. Você já leu
eu sei, mas vou repetir: “... Eram vinte e dois minutos do primeiro tempo e o
Brasil perdeu o mesmo gol umas oito vezes. É isto mesmo! Eu vi e revi na
internet. Não acreditei e vi mais outras vezes. Até me convencer de que aquela
bola não entraria nem sem goleiro. A partir daquele lance, senti que não seria
fácil ganhar do último colocado na tabela...”.
Com o fim da partida apontando um
a um, infelizmente meu temor aconteceu e o Brasil ainda não ganhou um jogo fora
de casa. Sei lá porque estou enfeitiçado por isso se a campanha do Xavante é
boa. Pode não estar jogando o fino, mas em dez partidas conseguiu quinze
pontos. Eu sei que é isso o que interessa pontuar. Mas, pô! Não ganhar do
Sampaio Corrêa que já tomou vinte gols nessa competição?
Agora o Brasil tem duas partidas
na corrida no Bento Freitas. Isto é o que marca a tabela original porque, em
virtude das obras do Novo Bento Freitas a CBF determinou um novo local para a
realização do jogo contra o Náutico (21.06.16) e contra o Bahia (24.06.16).
Será em Caxias do Sul/RS, na Serra Gaúcha e a torcida Xavante já está
mobilizada para se fazer presente mesmo em se tratando de dias de semana. Com
uma licença especial o Brasil vinha mandando os jogos no Bento Freitas com uma
capacidade abaixo do exigido pelo regulamento da competição. É uma lástima a não
prorrogação do prazo em mais um mês. Este tempo seria o suficiente para o
Estádio ter a capacidade mínima exigida. Até porque, basta darmos uma olhada
nas imagens dos jogos em geral para vermos que, em muitos deles, o público é
muito aquém dos dez mil determinados pela CBF.
Alheio a tudo isso, a Comissão de
Obras do G. E. Brasil trabalha incessantemente na construção do Novo Bento
Freitas. Será um estádio moderno que atende não só as determinações da CBF como
o exigido pela própria FIFA. Com capacidade final para vinte e dois mil
torcedores marcará uma nova era para o Brasil e, principalmente, para a torcida
Xavante.
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