Foto: ECVitória / Divulgação |
Brasileirão Série A 2016 Rodada 8, quarto jogo do
Vitória como mandante, foi o tempo que durou a invencibilidade do Rubro -Negro
no Barradão. Foi batido pela Chapecoense por 2x1.
RESUMO
Quando a tabela marcava Vitória e Chapecoense como
jogo de ida no Barradão, os torcedores analistas que acompanha de perto os
últimos e atual Campeonato Brasileiro, já imaginavam da dificuldade que o
Vitória iria enfrentar.
Um jogo de iguais com propostas bem diferente de um
Vitória vs Corinthians e Vitória vs Internacional. Equipes gigantes tendem a se
desconcentrar por subestimar um pouco o adversário, já o time da casa costuma
jogar com mais empolgação.
Mancini entrou atuando dentro de um 4-1-2-3, sistema
raiz de 4-3-3 triangulo invertido. Com um volante e dois apoiadores. Amaral, Flavio
e Real, atletas que às vezes ate trocavam de função, mas eram fiel ao que pedia Mancini, muitas vezes alinhavam
e outras fazia o sistema variar para 4-4-2 com linhas e 4-1-4-1 também.
Chapecoense atuava com três volantes e também 4-3-3
triangulo invertido e 4-1-4-1 na variação. Em um primeiro tempo bem igual, com
o Vitória tendo um pouco mais de ímpeto na frente, mais ainda sem criação de
jogadas, fruto da baixa qualidade técnica do meio campo.
Pra segunda esta era visível que o clube que
aproveitasse mais as falhas do rival, venceria o jogo. Competência da
Chapecoense que conseguiu manter o equilibro e concentração, aproveitou dois
dos cinco erros do Vitória e venceu o jogo por méritos.
Na análise do jogo contra o São Paulo, escrevi o
trecho abaixo:
"Nossos
números no campeonato não condiz com a forma que estamos atuando, então é rezar
para continuar pontuando, pois pelo menos consola".
Na falta desses três pontos citados e em meio a tanta
indecisão sobre reforços, devemos deixar claro que o problema do clube ainda é
planejamento para o futebol. Haja vista que o planejamento financeiro e
patrimonial anda de forma aceitável e a contento da grande maioria.
Mancini definiu paro ano de 2016 jogarmos com dois
volantes fixos, forte na marcação e apostar no chamado maestro, o camisa 10.
Apostaram em Leandro Domingues que ate agora não correspondeu. Junto a Leandro,
apostava também suas fichas no jogo direto praticado por seus extremos. Mas
nenhum dos dois funciona para o time.
Marinho se destaca bastante faz gols e ate já ajudou a
pontuar, mas para o grupo rende pouco. Dagoberto decepciona no momento em que
direção e torcida esperavam digamos 100 dele, mas ele por enquanto só pode dar
10.
Nesse momento a campanha do Vitória não me assusta,
esta dentro do que analisei dos adversários e do nosso grupo, mesmo em época de
empolgação dos diretores e torcida com o trio Dagoberto, Kieza e Marinho. A
pontuação alta para o elenco e time que tinha estava enganando um pouco, haja
vista que entramos na Série A atirando no escuro, sem ter testado de fato o
time.
Para exemplificar o momento do elenco, temos a
substituição de Dagoberto ontem, que vem evoluindo, mesmo que bem devagar, e
ontem estava exausto, mas quando olhamos para o banco, estão jogadores jovens,
de futuro, mas sem um psicológico pronto pra entrar e decidir jogos.
Imagine o seguinte cenário: Vitória vencendo o jogo
ontem por 2x0, sai Dagoberto e entra Alípio, certeza de o atleta entrar melhor,
fazer um bom jogo e até ampliar o placar.
Mas jogos encardidos a substituição tem que ter maior
peso, e isso só um elenco mais homogêneo pode te proporcionar.
O atleta sentiu bastante a função e o peso da
responsabilidade. O jogo estava bem truncado e pesado, faltou o tal lastro que
Mancini tanto se refere, o atleta nos pareceu mais cansado que Dagoberto, com
lapsos de desatenção e comprometendo muito o sistema.
Aí voltamos à questão do planejamento, onde pra mim
até Kieza e Marinho são jogadores razoáveis pra Série A, que somam muito. Mas
em um elenco que fosse montado por esse colunista, eles seriam pra somar grupo
e sem até muito peso pra decidir. E esse fato poderia fazer ate eles renderem
mais, sem o fardo da responsabilidade nas costas.
Alguns torcedores pensam que mudar o sistema, encaixar
novas peças e torcer para dar certo, pode resolver. Mas como ficam as demais
funções? Jogadores que já estavam adaptados a forma de jogar e que não vinha
comprometendo?
O certo mesmo seria tocar a proposta traçada no inicio
do ano e corrigir o erro, trazendo um jogador fora de série para acabar com os
problemas de criação. Trazer um atleta que de fato até o momento diga, esse
mudará o time de patamar.
Trazer laterais mais capacitados e atacantes que
possam até por Marinho e Dagoberto no banco.
Mas no momento ainda é o sonho bem distante
Sinceramente, só espero que o Vitória seja campeão da
Competição 4 que tracei com seis clubes: Vitória, Botafogo, América,
Figueirense, Ponte Preta e Coritiba. Ou na pior das hipóteses, ser melhor que
QUATRO.
Melhorar o projeto para 2017. Tocando o que já vem
sendo feito, quando anuncia Marinho por mais três anos e quem sabe Escudero por
dois anos.
É isso aí galera!
Seja Sócio SMV!
Por @AdsonPiedade
FICHA TÉCNICA
VITÓRIA 1 x 2 CHAPECOENSE
VITÓRIA – Fernando Miguel; Norberto (Maicon Silva), Victor
Ramos, Ramon, Diego Renan; Amaral, Flávio (Leandro Domingues), Tiago Real;
Marinho, Kieza, Dagoberto (Alípio). Técnico:
Vagner Mancini.
CHAPECOENSE – Danilo; Gimenez, Marcelo, Thiego, Sérgio Manoel;
Josimar, Moisés (Rafael Bastos), Cleber Santana (Arthur Maia); Lucas Gomes
(Ananias), Silvinho, Bruno Rangel. Técnico:
Guto Ferreira.
GOLS – Sérgio Manoel, aos 26, Marinho, aos 27, Thiego, aos
30 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS –
Victor Ramos (Vitória); Rafael Bastos, Cleber Santana, Danilo (Chapecoense).
ÁRBITRO – Leandro Pedro Vuaden (RS).
LOCAL – Estádio Barradão, Salvador (BA).
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