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Tá com Griezmann, tá favorável

No último domingo (26), a França recebeu a Irlanda no Stade des Lumières, em Lyon, pelas oitavas de final da Eurocopa 2016, que está sendo realizada no país da Torre Eiffel. Os donos da casa tinham todo o favoritismo para essa partida e a Irlanda, tinha tranquilidade e não tinha o "peso nas costas" para se classificar. Tudo ajudava para os visitantes surpreenderem e serem mais uma zebra nessa Eurocopa, que, convenhamos, está um espetáculo para quem gosta de ver um futebol bonito e bem jogado.

Foto: Paul Mohan/Getty Images

França: mesmo com susto, o dever de casa foi feito

O jogo tinha tudo para ser uma partida tranquila para os Les Bleus, mas quando o assunto é futebol, tudo pode acontecer. Pressão sobre os donos da casa, por jogarem diante da sua torcida, os visitantes não tinham a "obrigação" de vencer e teriam a vitória como um lucro e muitos outros fatores, que tornariam o cenário perfeito para mais uma zebra nessa Eurocopa.

A França, que estava invicta e melhor primeira colocada na competição, enfrentava a Irlanda, que era a segunda melhor terceira colocada, diante de seus torcedores em Lyon. Já no minuto inicial de jogo, Pogba atropelou Shane Long dentro da grande área e o árbitro marcou pênalti. Brady colocou a bola na marca da cal e, com requintes de crueldade, marcou o primeiro gol após a bola bater no pé da trave e entrar. A zebra ia se instalando em solo francês e fez os anfitriões sentirem o golpe em todo o primeiro tempo de jogo.

Já no intervalo de jogo, Didier Deschamps não poderia deixar o jogo do jeito que estava e mexeu na equipe, tirando Kanté e lançando o jovem Coman. O time voltou completamente diferente do intervalo, com sangue nos olhos e muita vontade de reverter o placar, atitude que deu certo. O técnico Deschamps foi premiado pela sua atitude e pelo brilho de Antoine Griezmann, que já se tornou indispensável para os Les Bleus. Aos 12 minutos da etapa complementar, a jovem estrela francesa cabeceou como um centroavante no cruzamento de Sagna e empatou a partida.

Griezmann cabeceou a bola e empatou para a França
(Foto: Jean-Phillipe Ksiazek/AFP)

"Tá com Griezmann, tá favorável". O craque francês justificou essa frase quando marcou o seu segundo gol na partida, aos 16 minutos do segundo tempo, aproveitando a ajeitada de Giroud para invadir a área sem dificuldades, tocar no canto do goleiro e ir correr pro abraço. O gol de virada, que classificaria o seu país. Griezmann, inclusive, comemorou o seu gol fazendo o "sinal do Ronaldinho", provando mais uma vez que "Tá com Griezmann, tá favorável".

Griezmann comemorando o seu segundo gol no jogo com o "sinal do Ronaldinho", tranquilo e favorável

Irlanda: fez o que podia e saiu de cabeça erguida

A Irlanda já fazia história. Nunca havia chegado tão longe em uma Euro. O país já estava em festa e jogar contra os donos da casa poderia ser até uma boa, uma vez que a pressão toda fica em cima dos franceses. O técnico Martin O'Neill resolveu ousar no comportamento da equipe colocando Murphy e Long no ataque, sabendo da deficiência defensiva da França. Esse 4-4-2, no entanto não significava ataque sem se preocupar com a defesa, pois o próprio Long ficava encarregado de fechar um dos lados do campo quando a seleção segurava a ofensiva dos comandados de Deschamps.

O primeiro tempo não poderia ter começado melhor. Logo com um minuto, Pogba derrubou Long na área e o juiz Nicola Rizzoli marcou a penalidade máxima. Brady, o heroi da classificação, se prontificou para a cobrança e fez 1-0. A França claramente não esperava por um resultado negativo tão rápido e isso influenciou na atuação deles durante os 44 minutos restantes. A Irlanda quase não tomou sustos e a dupla de zaga ficou encarregada apenas de cortar passes precipitados dos meias da seleção de azul.

A bola ainda bateu na trave antes de entrar
Foto: uefaeuro.com

A segunda etapa veio e com ela uma mudança de postura total do time da casa. A entrada de Coman mexeu na forma dos franceses jogarem e os Boys in Green não estavam preparados para isso. A França começou a jogar pelos lados e ocupar melhor o meio do campo, deixando os irlandeses perdidos na marcação. Prova disso foi o primeiro gol de Griezmann, quando dois marcadores foram disputar a bola de cabeça com Giroud e deixaram o atacante do Atlético de Madrid sozinho para empatar.

Nem deu tempo de pensar direito no empate e a Irlanda tomou a virada quatro minutos depois. De novo Griezmann e de novo sozinho. Ali já era de se imaginar que não daria mais. No entanto, nada é tão ruim que não possa piorar. Griezmann etrava sozinho pela terceira vez em oito minutos e Duffy se viu obrigado a derrubá-lo antes que mais um gol saísse. Expulsão justa e o resto do jogo serviu apenas para a Eurocopa aproveitar os últimos momentos com a contagiante torcida irlandesa.



LEO FERNANDES || @leo_fernandes_9
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