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| A união faz a força! (Fonte: Site Oficial Santa Cruz) |
Animadora, convincente e acima de
tudo importante. Essas são algumas palavras que podem resumir perfeitamente a
vitória do Santinha . Antes de a bola rolar, o retrospecto convenhamos, não era
favorável a nenhuma das equipes: De um lado, o América/MG era o segundo pior
mandante da competição, com apenas sete pontos conquistados. Do outro, o
tricolor era o quarto pior visitante, com apenas dois pontos. Consequentemente,
ambas as equipes estavam no Z4 e necessitavam de uma vitória para ganhar fôlego
na árdua luta contra o descenso. Apesar das "semelhanças" entre as
campanhas, quando a bola rolou, a diferença técnica entre os times foi notável.
Embora jogasse em Minas, o Santa
Cruz manteve seu padrão de jogo, envolvendo rápidas triangulações, compactação
entre as linhas e o tradicional jogo pelas beiradas, com uma movimentação
intensa e articulada. No entanto, apesar do ótimo futebol, a vitória não poderia
vir sem emoção, claro. Nada tem vindo sem um toque dramático para o Terror do
Nordeste, aliás, nunca veio. Minutos após abrirmos o placar com uma bela
finalização de Tiago Costa, o América foi presenteado com um pênalti (Sim,
presenteado. Contato tem que existir, isso é futebol, não vôlei). Felizmente temos
Tiago Cardoso, que para variar, foi decisivo e defendeu com o pé a péssima
cobrança de Osman.
Após o lance acima citado, o
paredão foi um expectador de luxo: Voltou com o terno limpinho, já que o América
mesmo atrás do placar não produziu mais nada. Dessa forma, o arqueiro
acompanhou de maneira privilegiada o vareio de bola tomado pelo coelho. Na
defesa, Néris fez barba, cabelo e bigode, passando uma segurança que nem todo
veterano consegue. No meio, Marcílio justificou sua vaga na equipe titular pelo
quarto jogo seguido: marcou, deu assistência, balançou as redes e saiu com
dores, de tanto correr e se esforçar. Foi sem dúvidas, o jogo de consolidação
do garoto. Na frente, Keno e Rei Arthur infernizaram a zaga adversária, através
de dribles desconcertantes e muita velocidade, com destaque para o segundo, que
acertou um petardo no ângulo, acertando a pobre coruja que ali estava e
tampando o caixão do alviverde. No mais, muito toque de bola e o apito aliviador
que garantiu nossa primeira vitória longe do Recife nesse brasileirão.
Foi uma partida memorável, não só
pelo placar, mas também pela obediência tática, que resultou no futebol de alto
nível. Esse é o Santa Cruz que venceu o estadual e a Copa do Nordeste na mesma
semana. Esse é o Santa Cruz que pode sonhar com objetivos maiores que a simples
permanência na elite nacional. Esse é o Santa Cruz que encanta Pernambuco desde
1914, embalando uma multidão apaixonada, fiel e acima de tudo, orgulhosa por
fazer dessas três cores, uma filosofia de vida.
Por:
Matheus Dantas || Twitter:
@matheusdantas08



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