Foto: Globo Esporte. |
Jogo em casa, adversário da parte
de baixo da tabela e estádio cheio com mais de trinta mil pessoas. O cenário
era de um jogo tranquilo diante do fraco Figueirense e o placar provou isso ao
apontar um 4x0 sem sustos. O torcedor palmeirense, porém, sabe bem que esse é o
mesmo cenário de tantos outros jogos que acabaram em resultados horríveis ao
longo desse século.
A tradicional “palmeirada”, nome
que damos a derrotas em jogos que parecem fáceis – e que se multiplicaram de
maneira ímpar nos últimos anos –, não tem aparecido em um Allianz Parque de
campanha impecável até aqui com vitória em todos os jogos brasileiros. Sinal de
uma fase melhor e de um time que, acima de tudo, joga futebol. Não existe
aquele sentimento de que alguma coisa vai dar errado, este foi substituído por
confiança nos jogadores do elenco atual.
Não que a vitória contra o
Figueirense signifique muito, ainda que tenha sido construída com propriedade.
O time catarinense é bem inferior e a vitória para quem briga no alto é
obrigatória. Mesmo assim, é impossível não reparar nas evoluções de um time que
seis meses atrás era um simples bando em campo.
O mesmo Palmeiras que levou gol
em todos os jogos dentro de casa do returno do Brasileirão de 2015 tomou apenas
um (e impedido) nesse primeiro terço de certame em 2016. Melhor: a estatística
não representa um time medroso que jogo recuado, mas o melhor ataque do
campeonato até aqui.
É com base nisso tudo que o
Palmeiras passeou em campo contra um praticamente inexistente Figueira. O gol
cedo de Moisés ajudou ainda mais ao controle quase que de todo tempo da bola
por parte alviverde. O segundo gol marcado por Dudu, ainda no primeiro tempo,
dava a impressão de sair a qualquer momento. Sem pressa, sem afobação. Assim
como vieram outros dois gols na segunda etapa, ambos com Gabriel Jesus.
A regularidade ímpar dentro de
casa, entretanto, não se repete em jogos fora. É normal que os times mandantes
tomem mais a iniciativa dos jogos, mas o Palmeiras tem elenco para equilibrar
boa parte desses jogos. Se quiser pensar em título, precisará pontuar melhor
fora. O jogo da próxima segunda-feira, diante do Sport, é um bom teste.
O
DESTAQUE: Cada dia mais importante no meio-campo palmeirense, Moisés consegue fazer importante
marcação e ainda iniciar as saídas de bola. Não bastasse isso, ainda marcou o
gol que abriu o caminho para a vitória alviverde.
BOLA
MURCHA:
Fora de sintonia com o restante do time, Cleiton
Xavier deixou a desejar. Com muita posse de bola, ele poderia e deveria ter
participado mais do jogo, especialmente na hora do último passe.
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