O Palmeiras, que perdeu Fernando Prass lesionado na Seleção Olímpica, também se perdeu por completo no Rio de Janeiro diante do organizado
Botafogo. A derrota custou também a liderança e mesmo a segundo colocação,
assumidas por Corinthians e Santos respectivamente. Mais do que a derrota,
preocupa mesmo mais uma péssima atuação.
Com um primeiro tempo que possivelmente foi o pior tempo
apresentado no Campeonato Brasileiro, o Verdão não pode reclamar dos dois gols
sofridos em jogadas que a defesa parecia de casados e solteiros no churrasco.
No primeiro, Zé Roberto nem conseguiu incomodar Neílton. No segundo, o atacante
botafoguense deu um corte e passou com muita facilidade.
(Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras) |
Entre os dois gols, Sidão praticamente não pegou na bola.
Insistindo em lançamentos diretos, o Verdão parecia tentar reviver o estilo que
fracassou em 2015. Pagou por isso. A rigor, a única boa jogada foi com Erik, um
chute que ficou nas mãos do goleiro alvinegro.
A grande questão era no meio-campo, setor dominado pelos
botafoguenses. Sentindo muita falta de Tchê Tchê, suspenso, e Cleiton Xavier,
em campo apenas para compor número, faltava controle do setor mais importante
do jogo. As substituições no intervalo não corrigiram esse defeito, mas o
Verdão voltou melhor e até ensaiou uma ligeira pressão.
Aos poucos, contudo, parecia que não surtiria grande efeito.
O gol de Erik premiou mais a vontade do atacante, único que realmente tentou
algo de diferente no jogo, do que uma organização coletiva. Muito pouco para
quem desejava manter a liderença, mas suficiente para criar uma esperança de
empatar a partida, mesmo jogando mal. A esperança, porém, durou pouco. Mais
precisamente até Vagner cometer pênalti infantil e Camilo matar a partida,
marcando o terceiro de uma justa vitória botafoguense.
O DESTAQUE: Muito mais pela vontade do que por qualquer
grande jogada, Erik acabou premiado com o único gol palmeirense do jogo. Foi o
único a tentar algo diferente para mudar um jogo em que nada deu certo.
BOLA MURCHA: Mais uma vez principal responsável pela armação
alviverde, Cleiton Xavier foi extremamente apático e não conseguiu organizar os
ataques palmeirenses. Sidão foi praticamente um espectador na partida. Segue
devendo bastante no ano.
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