Caros
leitores, primeiramente quero declarar que a crĂ´nica do duelo entre
Chapecoense e Palmeiras, realizado nesta quinta-feira (4), serĂ¡ um
pouco diferente das demais. Pensei por horas e horas uma maneira de
descrever a partida sem ultrapassar limites. Com a cabeça um pouco
mais fria, vamos ao que nos interessa.
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Foto: MĂ¡rcio Cunha |
No
Ăºltimo domingo, o VerdĂ£o viajou a SĂ£o Paulo para enfrentar o Tricolor
Paulista em um Morumbi com mais de 54 mil torcedores. A pressĂ£o nĂ£o
intimidou a equipe e, com 11 minutos, a surpresa, a Chapecoense abria
2x0 de vantagem, gols de Kempes e Thiego. Era um grande resultado,
mas todos sabiam que os donos da casa viriam para cima e
pressionariam em busca do empate. A pressĂ£o durou atĂ© que Cuevas
arriscou chute e diminuiu o placar. E estĂ¡dio pulsou e a pressĂ£o
aumentou ainda mais, nos minutos finais, apĂ³s cobrança de falta, o
zagueiro Maicon nĂ£o conseguiu desviar na bola, que bateu no braço
de Josimar, sem intenĂ§Ă£o alguma, e o Ă¡rbitro pressionado marcou
pĂªnalti. O Peruano tricolor foi para a cobrança e empatou a
partida.
Era
o segundo erro de arbitragem que prejudicava a Chapecoense na
competiĂ§Ă£o. Quem nĂ£o lembra do pĂªnalti vergonhoso marcado no
Ăºltimo minuto de partida a favor do Flamengo, quando o VerdĂ£o
vencia por 2x1, em Volta Redonda?
Nesta
quinta-feira, o jogo era na Arena CondĂ¡, diante de outro Paulista,
desta vez era o Palmeiras, lĂder por diversas rodadas, mas vindo de
duas derrotas; sem Fernando Prass, cortado da seleĂ§Ă£o e que passarĂ¡
por cirurgia no cotovelo; e sem Gabriel Jesus, que disputa as OlimpĂadas.
Cheio
de desfalques, Caio JĂºnior quebrava a cabeça para escalar a equipe. No ataque, com a contusĂ£o de Martinuccio, Tiaguinho ganhou a chance
de iniciar a partida ao lado de Kempes. Com a bola rolando, a posse
de bola era toda Palmeirense, enquanto o VerdĂ£o jogava nos erros do
adversĂ¡rio. Os paulistas chutavam mais e obrigavam Danilo, com grande atuaĂ§Ă£o diga-se de passagem, a
trabalhar. A Chapecoense deixava o tempo passar e, na primeira grande chance,
Kempes nĂ£o desperdiçou e, depois da falha do goleiro Vagner, abriu
o placar aos 29 minutos.
Na
segunda etapa, nada mudou, os visitantes criavam as melhores
oportunidades e sĂ³ nĂ£o marcaram porque o goleiro Danilo estava em
uma noite inspirada. A Chapecoense respondeu com Hyoran, que driblou
Vagner e nĂ£o ampliou o placar porque ZĂ© Roberto salvou em cima
da linha.
Tudo
se encaminhava para um final feliz para os donos da casa, até que o
dono do apito resolveu aparecer. Cleiton Xavier invadiu a Ă¡rea e
tropeçou em seus prĂ³prios pĂ©s, o Ă¡rbitro sem pensar assinalou a
marca do pĂªnalti, gerando muita revolta no banco e nas arquibancadas
Chapecoenses. O lance ainda rendeu a expulsĂ£o do tĂ©cnico Caio JĂºnior.
Jean foi para a cobrança e empatou a partida aos 38 minutos. Mas
a Chape nĂ£o desanimou e mostrou poder de reaĂ§Ă£o, aos 43 minutos
Bruno Rangel que recebeu mais uma oportunidade, recebeu livre dentro
da Ă¡rea, mas o centroavante se atrapalhou e viu TchĂª TchĂª, que nĂ£o
Ă© gaĂºcho, recuperar a bola.
Com
o fim da partida, o senhor Wilton Pereira Sampaio, uma pessoa sem
carĂ¡ter, sem vergonha e mal intencionado, teve problemas ao deixar o
gramado da Arena CondĂ¡, isso porque os dirigentes e torcedores
Chapecoenses nĂ£o engoliram serem assaltados dentro de casa.
Os
relatos de erros aplicados anteriormente mostram que a força do
eixo Rio-SĂ£o Paulo jamais deixarĂ¡ de existir, ainda mais contra uma
equipe humilde, que trabalha com salĂ¡rios em dia e tem uma das
melhores administrações do Brasil, paĂs este que Ă© SUJO, IMUNDO e
CORRUPTO.
Em
campo, a SeleĂ§Ă£o Brasileira mostra como Ă© administrada, com
recentes vexames, como no 7x1 da Alemanha na Copa do Mundo em 2014 e
nas Copas América, ao ser eliminada por Paraguai no Chile em 2015,
e neste ano sem nem passar da fase de grupos, nos Estados Unidos.
Todos pedem mudanças, mas elas nĂ£o devem começar em campo e sim
nessa instituiĂ§Ă£o corrupta e sem vergonha que Ă© a CBF. O futebol brasileiro
estĂ¡ no fundo do poço, Ă© um futebol sujo, em que ganha quem tem
mais força na camisa e nĂ£o quem realmente merece.
A
Chapecoense merece respeito, Ă© um time que conquistou o Brasil e
representa nĂ£o apenas ChapecĂ³, mas sim a regiĂ£o oeste de Santa
Catarina. Ă€ direĂ§Ă£o, basta ser boazinha, Ă© hora de acabar com essa
palhaçada de uma instituiĂ§Ă£o que Ă© comandada por um ex presidente
da FederaĂ§Ă£o Paulista e que tem um certo carinho a Sociedade
Esportiva Palmeiras. Tirem suas prĂ³prias conclusões.
A
Chapecoense fecha o turno na prĂ³xima segunda-feira (8), quando viaja
a Belo Horizonte para enfrentar o AtlĂ©tico-MG, no EstĂ¡dio
IndependĂªncia, Ă s 20h. Esperamos que seja enfim uma partida
resolvida pelos jogadores em campo e nĂ£o pelo efeito da CorrupĂ§Ă£o
Brasileira de Futebol.
Marcelo
Weber || @acfmarcelo
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