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Diga trinta e três

Repita comigo: “Trinta e três! Trinta e três! Trinta e três!”.


Pois é! Esta é a realidade. E não é ordem médica não. É a pontuação do G. E. Brasil no Campeonato Brasileiro – Série B de dois mil e dezesseis. Para um time que entrou na competição tendo como objetivo principal manter-se na Segundona Nacional, beliscar a Série A será como conquistar medalha de ouro. A caminhada até aqui é pródiga. Em vinte partidas, ganhamos quase a metade. Foram nove vitórias, seis empates e apenas cinco derrotas. Vinte e três gols feitos, tendo Felipe Garcia marcado dez num ataque que tem ainda Ramon em grande fase estufando as redes em seis oportunidades.

Num campeonato longo não basta ter um bom ataque porque cabe à defesa dar a sustentação necessária na hora do pega-prá-capá. E até aí o Xavante vem dando de relho na tropa. A começar por Eduardo Martini que colocou no banco nada mais nada menos do que Luiz Muller. É tradição do Rubro Negro da Baixada ter bons goleiros e isso vem desde os tempos de Geóvio, Sérgio, Oswaldo e Cássio, para falar apenas daqueles dos meus tempos de mandinho. Zaga firme e laterais valentes também estão no contexto da equipe formada por Rogério Zimmermann e o resultado só pode ser a nosso favor. Claro, às vezes, a pendenga foge do controle e um ou outro nos dá um sacode como foi o caso do Criciúma e do Ceará. A meia-cancha não é um primor, sabemos. Mas Leandro Leite faz das tripas coração para mandar no pedaço e tem se saído muito bem no comando dentro das quatro linhas. Em compensação, temos Diogo Oliveira. Este sim é diferenciado e entorta o adversário, ou larga de bandeja para os atacantes empurrarem a gorduchinha para dentro do gol.

Foto de Jonathan Silva - G.E.Brasil
Bem, o leitor deve estar pensando: “E do jogo contra o Paraná, este cara não vai falar?”. Falo. Falo sim. Foi loucura total. Partida daquelas para entrar para a história. Depois da estupenda vitória do G. E. Brasil contra o CRB, todas as atenções estavam nesse jogo. Parece que nunca estamos satisfeitos com o próprio time e sempre queremos mais, mais e mais. A primeira vitória fora de casa enfim tinha vindo, mas precisávamos da confirmação de que não tinha sido fruto do acaso.

E o Brasil não se fez de rogado. De cara deu para sentir que o time estava muito bem armado dentro de campo. Até houve uma ou outra polêmica, mas de camarote, eu não estava nem aí. A confiança na vitória era total e dividi minha atenção entre o radinho de pilha e a TV que transmitia aquele show olímpico. “É bronze! É prata! É ouro! É Xavante!”, retumbava a todo instante em meus ouvidos como um mantra consagrador.

Vitorassa! Dois a zero, um pênalti defendido por Eduardo Martini e três bolas na trave do Brasil deram a vitória ao Xavante. A sorte ajuda os grandes e vejo a equipe treinada por Rogério Zimmermann rumando ao patamar maior do futebol brasileiro. Pode até não ser nesse ano, mas esse é o caminho a ser seguido.


Quando o juiz apitou o final da partida, parti para a internet e fui surfar a procura da confirmação de tudo aquilo que a Rádio Xavante acabara de transmitir. E não deu outra. Realmente o G. E. Brasil foi merecedor da vitória. Satisfeito, tratei de anotar a frase que sintetiza esta bela vitória: “Mais organizado, melhor arrumado, mostrou porque luta por uma vaga no acesso.” – Cristiam Toledo – Premiere.

Não há muito a acrescentar a não ser dar os devidos créditos a Eduardo Martini, Weldinho, Leandro Camilo, Teco, Brock, Leandro Leite, Washington, Diogo Oliveira (Clébson), Felipe Garcia, Elias (Nem) e Ramon (Gustavo Papa).

Pelos cálculos da maioria da Torcida Xavante ainda faltam doze pontos para o primeiro objetivo ser alcançado e ganhar a próxima partida é fundamental. Vai ser parada dura. Luta por G4 porque o adversário é nada mais nada menos do que o Atlético/GO que está em terceiro lugar no campeonato com um pontinho a nossa frente.

Foto de Xavante Munhoso
Quem for ao Estádio Bento Freitas na terça-feira, vinte e três de agosto, vai ter outra coisa para apreciar além do grande jogo. Trata-se das novas arquibancadas que estão praticamente prontas e a espera da liberação pelos órgãos competentes. Que ano! Haja coração!

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