Boa tarde só para quem não perde para o rival há um ano e
meio e contando. Um clássico não apenas com poucos gols, mas também com poucas
provocações e as famosas cenas lamentáveis, depois de muito tempo conseguimos
presenciar uma partida entre Cruzeiro e Atlético-MG por assim dizer “tranquila”.
Bom, o empate não foi o suficiente para o time celeste e
provavelmente nenhum cruzeirense ficou satisfeito com o resultado, entretanto
do outro lado da lagoa, tem muito torcedor aliviado pelo placar de 1x1 e
agradecendo a Deus pelo o monstro Ábila não estar em uma tarde inspirada.
Gostaria de compartilhar com vocês que o futebol ainda
respira. Que festa maravilhosa foi aquela que a torcida estrelada fez e ainda
dizem que em Minas não tem mar, meu amigo, é porque você não participou de um
jogo da Raposa.
Teve sinalizador azul e branco, houve a recepção da
torcida no hall da entrada, cantamos “Frangas, me diz como se sente, em ser
segundo nas gerais”, foi um show dentro e fora das arquibancadas, foi indescritível.
A invencibilidade do Cruzeiro contra as frangas, ops, quer
dizer, Atlético-MG tem uma sequencia de cinco jogos, somando é um ano e cinco
meses e isso tudo é porque o Cruzeiro treme “elas diziam”.
Agora, o Cruzeiro esquece um pouco a euforia do clássico
e começa a pensar no seu próximo adversário e recompõe suas forças para
enfrentar o Botafogo nesta quarta-feira às 21h45 no Mineirão, pela Copa do Brasil, em partida válida pelo jogo de
volta.
Sobre
o jogo:
Mais uma vez o torcedor foi o décimo segundo jogador, deu
força ao time do inicio ao fim da partida e se sua torcida apoia o time na
Série B, a minha não deixa o time cair.
Enfim, ao contrario de que todos esperavam a partida
começou sonolenta, sem chances claras para ambos os lados, o que foi um pouco
decepcionante, quem não gosta de um clássico fervendo e um teste para cardíaco?
E apesar do equilíbrio dos times, a Raposa ainda estava
superior na partida, uma das primeiras oportunidades do Cruzeiro surgiu dos pés
de Ábila e com o decorrer da etapa inicial o Cruzeiro criava, porém suas finalizações
não tinham sucesso. A maior jogada de perigo do time visitante, foi com Otero
que acertou um chute no travessão, não sei vocês, mas eu tirei aquela bola com
o olho.
O Cruzeiro pagou caro por suas chances desperdiças e para
ser exata, foi aos 30’ quando o Atlético-MG abriu o marcador no Gigante da
Pampulha, com Clayton, quem achou que o gol iria desanimar os jogadores
cruzeirenses estavam totalmente enganados, pelo contrario, isso deu fôlego a
eles, tendo até uma chance clara de empatar o jogo ainda no primeiro tempo com
Arrascaeta.
E para o segundo tempo, Mano Menezes realizou o desejo do
torcedor colocando Alisson no lugar de Rafael Sóbis, que infelizmente tem andando
meio sumido nos confrontos e ao longo da partida colocou Élber no lugar de
Ariel Cabral, afinal não tínhamos nada a perder, certo? E com essas substituições
conseguimos um Cruzeiro bem mais ofensivo.
Só dava Cruzeiro, a superioridade do Maior de Minas era
evidente e o gol de empate era questão de tempo, e esse tempo foi aos 30’, após
uma jogada ensaiada no setor defensivo. No lance, Arrascaeta encontrou Élber na
linha de fundo pela direita, o mesmo deu o passe na medida para Robinho deixar
o dele na partida.
Já era de se esperar que depois do gol cruzeirense, os
atleticanos tinham que sair da retranca que eles insistiam em manter, isso tudo
era medo? Bom, melhor para nós, que mesmo com um a menos encontramos alguns
espaços e tivemos inúmeras oportunidades de virar o duelo, entretanto o final
da partida terminou em 1x1, resultado regular para as duas equipes.
Paula Fernandes- @Paulinha_CEC
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