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Xavante, com Papa, vence o Ceará

Essa foi como tirar coelho da cartola. Só Rogerio Zimmermann para preparar tão grata surpresa. Também pudera o G. E. Brasil chega aos quarenta e quatro pontos graças à toada desse treinador obstinado que não arreda pé de suas convicções e da confiança que tem em cada um de seus jogadores.

Para ser sincero, pouco posso dizer sobre esta grande vitória a não se que foi um dos cinco minutos mais longos de minha vida.

O jogo foi aqui na Princesa do Sul como todo o mundo sabe, mas infelizmente eu não participei junto com a Massa no Bento Freitas. Fiquei em casa porque um de meus filhos não estava bem. Nem liguei o rádio e também dei um tempo no computador (leia-se internet).

Lá pelas tantas, meu outro filho disse: “Pai, um a zero para o Brasil. Gustavo Papa”. Achei que havia algum engano e ele me chamou para ler o que dizia na “telinha”. Realmente, ele estava certo. Mas, qual São Tomé, retruquei: “Isto deve ser coisa de passado”.

Alguns minutos depois o caçula já estava dormindo sossegado, eu jantando um mexido de feijão com massa na panela bem ao meu estilo quando ouvi novamente: “Pai gol do Brasil de novo. Parece que foi o Papa de pênalti”. “Estão dizendo que foram dois gols do Papa de pênalti”. Eu já estava quase me beliscando. “Será?!?!?!

Bem, quando eu não vou a algum jogo do Brasil no Bento Freitas aconselho aos amigos não ficarem perto de mim. Sou capaz de correr gambá em dois segundos tal a asa que fico devido a um nervoso sem igual.

Cheio de manias e “pequenas” superstições, aí mesmo que não liguei meu velho companheiro de jornadas e remoei meu desespero o quanto pude.

Mal bateu onze horas no relógio de parede, corri e liguei o rádio na ânsia de ouvir sobre mais uma vitória do Brasil. “Quarenta e cinco!” gritou o cara da Rádio Xavante. “Vamos a cinquenta”. “Tche! Cinco minutos de acréscimo?” Perguntei para mim mesmo; ou perguntei-me; sei lá, eu não estava entendendo nada mesmo.

Dois gols do Papa, eu em casa e cinco minutos de acréscimo. Haja coração! Depois de entrar na briga não adianta recuar. Já estava ali mesmo, o negócio era torcer o máximo possível naqueles eternos cinco minutos.

Jogo bom tem disso, quarenta e nove do segundo tempo e o Ceará, através de Bill, perdeu na cara do gol aquele que seria o tento de empate. Confesso que o mexido de feijão com massa quase voou pela boca. Certificando-me de que a calça estava limpa, dei graças a Deus quando o juiz finalmente trilou o apito determinando o fim do jogo.

É gente boa, futebol tem disso. Quem ganha pode até ser campeão. Obrigado Papa!


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