“A verdade dói, a mentira mata, mas a dúvida tortura”.
Foi com essa frase que iniciei o pós-jogo da derrota para o Grêmio na partida de ida da Copa do Brasil. Na oportunidade, a ideia era pedir
sinceridade dos jogadores sobre vontade em avançar no torneio devido à péssima
atuação na Arena do Grêmio. A resposta veio de maneira bem clara: time
totalmente reserva para o jogo de volta.
A verdade, para alegria dos quase trinta mil presentes no
Allianz Parque, é que vontade não faltou. Mesmo com apenas dois titulares
(Jailson e Gabriel Jesus, suspenso para domingo), o Verdão fez uma partida
muito boa. Tão boa que teve apenas um susto em toda primeira etapa.
E não foi apenas domínio de posse de bola. Foram diversas
chances criadas, zagueiro salvando em cima da linha, bola na trave. Nem parecia
um time reserva. Em parte, mérito de Cuca que deu um padrão tático importante
para a sua equipe. Contudo, há também uma parcela de decepção pelo futebol
gremista que, claro, veio defender o resultado, mas poderia ter feito um jogo
melhor contra uma equipe inteira reserva.
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(Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press) |
A vontade palmeirense parece ter contagiado até os sempre
desligados Cleiton Xavier e Barrios. Longe de brilhar, os dois jogadores
mostraram interesse no jogo e tentaram participar. O prêmio veio no começo da
segunda etapa. Thiago Martins aproveitou confusão após cobrança de escanteio e
marcou o gol palmeirense. Improvável de se imaginar antes da partida, mas plenamente
de acordo com o que acontecia em campo, o time reserva alviverde abria o
marcador.
O gol acordou o Grêmio e Jailson começou a fazer ótimas
defesas em sequência. Ele já havia operado verdadeiro milagre antes mesmo do
gol palmeirense. Mesmo assim, o jogo era controlado, por mais incrível que fosse
imaginar. Até que Allione resolveu dar uma entrada exagerada e acabou expulso.
Com um a menos e um time reserva, o time se fechou. Tentava
um contra-ataque para marcar o segundo, mas ficava atrás. E a expulsão custou
cara: pela esquerda, o Tricolor encontrou o gol de empate que garantiu a vaga
para os gaúchos.
A inferioridade numérica pesou nos minutos finais,
especialmente porque o Grêmio não jogou com os titulares no final de semana.
Ficou difícil buscar um segundo gol que até poderia ter saído na base da sorte.
A queda, porém, foi de pé, com uma atuação muito melhor do que se esperava.
Pode ter faltado qualidade, jamais vontade.
Ps: Será que o jornalista do Cucabol vai aparecer para elogiar o padrão tático? Ou a análise é apenas em cima da cor da camisa mesmo?
O
DESTAQUE: A maior qualidade do Palmeiras acabou sendo o coletivo. Mesmo com um time que nunca
joga junto, não faltaram chances de gol para o Verdão. Atrás, menos sustos do
que se pensou com Edu Dracena e Thiago Martins muito firmes. Uma opção melhor
nas finalizações poderia ter dado um resultado melhor.
BOLA
MURCHA: Não era uma partida horrível, mas a expulsão de Allione pesa muito. Até a saída de
campo do argentino, o Palmeiras esteve bem em campo. Depois, não conseguiu
segurar o Grêmio. O empate, que por pouco não virou derrota, fica na conta
dele.
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