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Complicando o complicado

Ceará perde para o Náutico e fica a sete pontos do G-4.

FOTO: Ascom/Náutico
A cada rodada que passa o Ceará vai se distanciando mais e mais do grupo de acesso, parece até mentira, mas o time que foi vice líder no final do primeiro turno está na decima posição e a sete pontos de distancia do quarto colocado.

Durante toda a semana, o discurso foi que o time iria lutar até o fim para vencer e que cada jogo a partir de agora seria uma decisão, em campo o que vimos foi os jogadores fazendo a famosa ''cera'' para segurar um empate. O Ceará jogou mal? Não, o time no inicio até buscou ser mais incisivo que o timbu, Thalysson em cobrança de falta obrigou o goleiro Rodolfo a fazer uma boa defesa. Foi só o tempo do adversário encontrar o caminho da mina, o lado esquerdo da defesa alvinegra sofreu com as investidas do velocista Rony.

Ainda no primeiro tempo, os atletas alvirrubros reclamaram de uma penalidade não marcada, vendo o lance pela tv, ficou nítido que a defesa do Vovô cometeu o pênalti, defesa essa que em uma lambança generalizada (Everson, Charles e Pascoa) quase entregaram de bandeja um gol, mesmo com todas essas falhas o primeiro tempo terminou sem gols.

Na segunda etapa, mais do mesmo, Sérgio Soares optou em continuar com a formação que havia iniciado a partida e o Náutico continuou pressionando e chegou a marcar duas vezes com Igor Rabello e Gaston, mas arbitragem corretamente anulou os gols. Depois dos 30 minutos o time alvinegro melhorou, Wescley (dá pena ver esse rapaz jogar praticamente sozinho nesse meio campo) conduzia o Ceará para o ataque e criou a melhor chance na segunda etapa, onde mais uma vez obrigou ao goleiro adversário realizar uma bela defesa.

O Ceará tentou segurar o empate,  mas aos 48 minutos em uma falta infantil e desnecessária cometida pelo zagueiro Charles e a defesa assistiu Igor Rabello cabecear e marcar o gol do Náutico.  Apos o gol não tinha mais nada a ser feito, além de lamentar mais uma derrota no brasileiro e ver as chances de acesso praticamente ruírem.

Não vi o Ceará buscar o tão comentado resultado positivo nesse jogo, empate fora de casa é bom, mas na situação que estamos é se contentar com pouco. Não adianta falar uma coisa e na pratica ser outra, não se vence sem vontade. Givanildo de Oliveira mostrou que queria os três pontos quando sacou um volante e colocou um atacante no jogo e Sergio Soares o que fez? Trocou seis por meia duzia e não teve ousadia e muito menos gana para vencer a partida.

Complicamos o que parecia tão fácil, nem o torcedor mais pessimista acreditaria que o time cairia tanto de produção e despencaria na tabua de classificação. Mas para o presidente alvinegro, Robinson de Castro, se tiver que vencer os 7 jogos que restam, o Ceará vai vencer os 7. Só esqueceram de avisa-lo que o mesmo Ceará dos últimos 12 jogos, só saiu vencedor em um.

Possível é, mais é muito improvável que um milagre igual ao de 2015 aconteça, onde precisávamos vencer 6 jogos de 8 para permanecer na série B. O alvinegro voltará a campo na próxima sexta (21) contra o Bragantino na Arena Castelão.

FICHA TÉCNICA
Local: Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE)
Data: 15 de outubro de 2016 (sábado)
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: João Batista de Arruda (RJ)
Assistentes: Michael Correia (RJ) e João Luiz Coelho de Albuquerque (RJ)
Público: 25.257 pessoas
Renda: R$ 504.170,00
Cartões amarelos: Rodrigo Souza, Vinícius e Rony (NAU); Tiago Cametá, Bill, Thallyson e Ewerton Páscoa (CEA)
GOLS:
NÁUTICO: Igor Rabello, aos 49 minutos do segundo tempo
NÁUTICO: Rodolpho, Joazi, Rafael Pereira, Igor Rabelo, Gaston, João Ananias, Rodrigo Souza (Yuri Mamute), Marco Antonio, Vinícius (Renan Oliveira), Rony e Bergson (Jefferson Nem)
Técnico: Givanildo Oliveira
CEARÁ: Éverson, Tiago Cametá, Ewerton Páscoa, Charles, Thallyson; Raul, Diego Felipe, Felipe (Felipe Menezes) e Wescley; Lelê (Ciel) e Bill (Rafael Costa)
Técnico: Sérgio Soares

Davi Maia / Twitter: @davims

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