Lallana e Payet em disputa de bola (Foto: Mirror U.K/divulgação) |
Manter-se estável em situações adversas é sempre
difícil. No futebol, é indiscutível que desempenho físico e psicológico
caminham lado a lado. A pressão da torcida, da diretoria, a empolgação do
adversário, os resultados dos rivais, entre outros fatores, afetam diretamente
a cabeça dos jogadores e consequentemente o seu rendimento em campo. Nos
últimos jogos, sempre que colocado em situações similares, o Liverpool tem
fraquejado e deixado o resultado escapar, e foi assim novamente contra o West
Ham, em Anfield.
No jogo realizado no último domingo (11), o que se viu
boa parte do tempo foi um Liverpool refém do nervosismo, que mesmo sendo
superior, não conseguiu vencer a partida e saiu com o um empate de 2x2, onde os
gols tomados tiveram falhas providenciais de nossos jogadores.
Tínhamos a bola e facilmente chegávamos com ela na
área do adversário, ainda assim, as jogadas não eram finalizadas da maneira
ideal. Ao fim da partida as estatísticas marcavam 68% de posse de bola para nós,
18 chutes contra sete dos Hammers, sendo apenas três no alvo, o mesmo número do
adversário.
Começamos bem, é verdade, e logo aos 4’ Lallana abriu
o placar. Tudo corria bem, jogávamos melhor e parecia questão de tempo para que
o segundo gol saísse. Mas aos 27’, em cobrança de falta da intermediária,
cobrada por Payet sem o capricho de costume, saiu o gol de empate, contando com
enorme contribuição de Karius, que chegou muito atrasado e ainda espalmou para o
gol. Antes mesmo do intervalo veio à virada, aos 38’, após bola desviada, Matip
se atrapalhou e não conseguiu cortar, deixando Antonio na cara do gol, livre
pra tocar na saída de Karius e marcar.
No segundo tempo, o empate veio rápido e ficamos vivos
em busca da vitória. Aos 2’, Manè cruzou e Randolph falhou feio soltando a bola
nos pés de Origi, que escorou para o gol. Nesse momento, o time parecia
confiante que conseguiria a vitória e foi pra cima. O toque de bola e a
movimentação no meio pra frente era bom, envolvíamos a defesa deles, mas pouco
chutávamos e quando alguém resolvia arriscar Randolph sequer era exigido. O
tempo foi passando e claramente o time foi se abalando, nervosos, os jogadores
mostravam muita afobação e perdiam chances dentro da área. Com o andamento do
relógio o clima de tensão foi dando lugar ao de aceitação e lamentação. Estava
claro que mais uma vez íamos vacilar. E vacilamos.
Depois de mais um jogo sem vitória, é importante que
Jurgen Klopp traga de volta a mentalidade vencedora implantada no começo da
temporada, segundo disseram os próprios jogadores quando estávamos no topo da
tabela. A próxima partida é fora de casa, contra o Middlesbrough, adversário
difícil, como pede a Premier League, e devemos ir em busca da vitória a
qualquer custo.
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