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Indícios de um mero coadjuvante

Alderweireld não conseguiu evitar a finalização que ocasionou a segunda derrota dos Spurs na competição (Foto: Getty)

Após dar adeus definitivamente à Champions, o Tottenham voltou às atenções à Premier League, foi até o Old Trafford e jogou pela 15ª rodada. O confronto deste domingo (11) era fundamental para as pretensões do time londrino, uma vez que abriria uma vantagem considerável do United e ainda igualaria a pontuação do outro time de Manchester, o City.

A escalação, novamente, não apresentou grandes surpresas. Com o retorno de Alderweireld, era natural que Dier perdesse espaço, sendo substituído e começando o jogo no banco de reservas. A insistência com Wanyama, entretanto, é algo que questiono. Exceto essa ressalva, Pochettino escalou o que tinha de melhor, mantendo o esquema – Lloris; Walker, Alderweireld, Vertonghen e Rose; Wanyama, Dembélé, Eriksen; Alli e Son e Kane.

Os primeiros minutos refletiram na inferioridade dos visitantes ao longo de toda a peleja. Embora o percentual alto de posse de bola fora mantido, o Tottenham trocou "passes inúteis", quase sempre do zagueiro para o lateral e vice-versa. A pressão imposta pelo adversário dificultou as ações do time londrino e a saída pelos flancos – Walker e Rose foram anulados e muitas vezes a única alternativa foi os chutões buscando Alli, Son e Kane.

Tantas vezes herói, Kane foi o vilão neste confronto (Foto: Reuters)
Pouco municiado pelos seus companheiros, o camisa 10 viu a necessidade de buscar a bola no meio campo e, num erro de passe, proporcionou o contra-ataque fatal do adversário. Se aproveitando da defesa totalmente exposta, aos 29', Mhkhitaryan arrancou até a área e concluiu bem, abrindo o placar. Manchester United 1-0 Tottenham.

Durante a primeira parte do jogo, os visitantes só conseguiram duas finalizações no alvo, sendo uma delas na cobrança de falta de Eriksen e outra no chute de Son de fora da área. Em contrapartida, os mandantes tiveram chances mais claras de gol, mas Lloris manteve o placar mínimo antes do intervalo.

No segundo tempo, o comandante argentino não mexeu, a equipe voltou com a mesma postura e deu sequência a sua atuação pífia. O jogo parecia sob controle para o United, até que Son deu lugar a Sissoko, que deu um novo ânimo ao time. O meia certamente deixou boa impressão, atuando pelo flanco direito e mostrando que poderá ser muito útil, caso receba mais oportunidades.

A melhor chance de empate veio através da bola parada. Após cruzamento de Eriksen, ninguém acompanhou Wanyama e o volante teve toda a liberdade para cabecear, mas mostrou que este fundamento não é o seu forte. Não questiono o queniano pelo fato de perder gols, tampouco pela atuação neste jogo, e sim, por ele não conseguir dar o dinamismo que têm faltado ao meio campo. Dembélé é outro que está devendo.

Lloris evitou que o revés fosse ainda maior (Foto: Reuters)
Além de Sissoko, outro que merece destaque positivo é Lloris, que manteve o nível da atuação que havia feito dos 45 minutos iniciais também na segunda parte do jogo. Se não fosse o goleiro, Pogba certamente teria ampliado, já que este foi o principal duelo da partida. Teve, também, a sorte em uma cobrança de falta do camisa 6 que parou no travessão. A segunda derrota do Tottenham na competição foi, também, a pior atuação do time nesta edição.

Com o resultado, os Spurs permaneceram com 27 pontos, na 5ª colocação e três pontos atrás do 4º colocado City, só que a diferença para o United caiu para três pontos. Agora, restam apenas quatro jogos para o fim do turno e o Tottenham terá Hull, Burnley, Southampton e Watford, sendo os dois primeiros em casa e outros dois como visitante. É a chance de engatar uma boa sequência e evitar mais um campeonato como mero coadjuvante.

P.S.: O Tottenham já conhece o seu adversário na fase 16-avos-de-final da Europa League: o Gent da Bélgica.

#COYS

Por: Marcelo Júnior

Twitter: @marcelinjrr / @SiteLF / @LFEuropa

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