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O figurado símbolo do futebol apático

Após engatar a segunda vitória consecutiva dentro de casa neste domingo (11), a Inter respira e segue em busca de galgar posições na tabela pensando em, ao menos, uma vaga na Champions League. O triunfo por 2 a 0 contra o Genoa garantiu os três pontos para a equipe e ânimo para a torcida, que se via desolada em meio a resultados desastrosos. Logo, devido ao placar, podemos concluir que a atuação foi empolgante e o resultado reflete claramente o que foi a partida, certo? Errado.

Stefano Pioli começou a partida no convencional 4-3-3, com três meias de pouca característica defensiva, porém com o dinâmico João Mário, jogador de ótima saída de bola e de grande reatividade nas transições, tanto defensiva quanto ofensiva, recompondo e permitindo a  Brozovic e a Candreva a compactação, auxiliando os laterais (principalmente a Nagatomo, por sua maior tendência em apoiar o ataque) nas jogadas ofensivas que passam pelos flancos do campo.

Embora a formação tenha sido ousada, foi da equipe genovesa as melhores chances, principalmente explorando a subida dos laterais e a fragilidade defensiva do meio para essa cobertura. Sem êxito nas saídas de contra-ataque devido, sobretudo, ao alto índice de erros de passe e as más atuações dos jogadores de frente, especificamente Palacio e Éder, a equipe Nerazzurri encontrou o caminho do gol após uma cobrança de escanteio que originou uma sobra para Brozovic, sozinho da entrada da área, abrir o placar em Milão.

O croata comemora o seu quarto gol em cinco jogos (Foto: Getty Images)
Notada a deficiência defensiva no setor de meio campo e a dificuldade em manter o controle da bola, o treinador partiu para as mudanças e colocou Felipe Melo. A opção pelo volante, que possui características exclusivamente de guarda, foi com intuito de conter a ímpeto adversário, que não parava de atacar. Ainda com vários erros de passe, sem conseguir impor seu ritmo e tornando a apatia e a mediocridade a tônica da (péssima) partida que fazia.

Eis que surgiu uma reação rápida iniciada por Brozovic, recuperando a bola, passando para João Mário e iniciando a jogada. Na sequência do lance, o português se desvencilhou de dois, chegou em profundidade e devolveu para o croata, que deslocou o goleiro e sacramentou a vitória milanesa. Depois do segundo gol, o time pôde ter uma tranquilidade maior, pois conseguiu a ocupação do meio campo de melhor forma com a entrada de Banega. Para a decepção de quem queria vê-lo em campo e dele próprio, Gabriel Barbosa, mais uma vez, viu a vitória de sua equipe do banco de reservas.

A vitória alivia, mas a atuação preocupa, o desconjuntado time de Pioli permanece com o marasmo e a morosidade que põe em xeque o sentimento do mais otimista dos torcedores. A Inter agora ocupa a nona colocação no campeonato com 24 pontos e encara o Sassuolo fora de casa no próximo sábado.

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