Como meu último texto aqui, o futuro da Juventus
chegou, é agora! Você pode se perguntar: “Mas que futuro? Não ganhamos nada”.
Sim, isso é verdade, não ganhamos nenhum dos quatro torneios possíveis até
então, mas muita coisa do futuro foi decidido entre o último domingo (11) e
segunda-feira (12).
Para começar, no jogo passado, tivemos o Derby Della
Mole disputado entre Torino e Juventus, cujo placar foi de 1-3 (de virada) para
nós bianconeri. Com o resultado, abrimos uma distância momentânea de sete
pontos para os segundos colocados Roma e Milan, que se enfrentam nesta segunda,
podendo um deles diminuir a vantagem para no máximo quatro pontos na Serie A.
Muita expectativa girava em torno do clássico de
ontem. A Velha Senhora, como na maioria dos clássicos, chegou à ponta do
campeonato, classificada em primeiro na Champions e seus jogadores começando a
deslanchar.
A Juve entrou em campo no 4-3-3 de Allegri da seguinte
maneira: Buffon; Lichtsteiner, Rugani, Chiellini, Alex Sandro; Khedira,
Marchisio, Sturaro; Cuadrado, Higuaín, Mandzukic (Barzagli, Bonucci, Dani Alves
e Pjaca ainda estão no departamento médico). Pjanic e Dybala ficaram como
opções de Allegri no banco, o primeiro por cansaço e o segundo ainda não está
apto para 90 minutos de jogo.
O jogo
A Juve dominou as primeiras ações do jogo, tendo mais
oportunidades. Porém, aos 15' e na primeira chegada do time do Torino,
Zappacosta fez boa jogada até a linha de fundo e cruzou na cabeça de Belotti,
que abriu o placar para os donos da casa. A partir de então, houve mais
igualdade nas oportunidades. Aproveitando uma indecisão por parte da zaga
adversária, Cuadrado fez boa jogada, passou para Mandzukic e o croata tocou
para Higuaín, que tirou levemente de Hart com frieza, empatando o jogo.
Que vire Rotina! Higuaín comemorando o gol de empate no Derby della Mole. Foto: Juventus.com |
A partida continuava tensa, com ambos os times tendo
chances, mas os escolhidos por Allegri estavam sabendo “sofrer” melhor que seu
adversário. Mandzukic novamente foi muito importante, dando trabalho para o
sistema defensivo adversário e segurando a bola; Alex Sandro sempre chegando
com muita qualidade e força no ataque; sem a presença de Pjanic no meio,
Marchisio ficou sobrecarregado das ações de organização do time, principalmente
com a marcação homem a homem, que Mihajlovic preparou para nostro principino;
Rugani tomou cartão amarelo em jogada que nem falta foi; Chiellini voltou
seguro; Stephan Lichsteiner, com mais ritmo de jogo, se apresentou melhor;
E em uma bola despretensiosa alçada do campo de defesa
bianconero, Higuaín mostrou o porquê é um dos jogadores mais letais em
atividade e girou em cima da marcação, antes de virar a partida para a
Juventus.
Aqui eu faço uma pausa na análise. Em todos meus
textos procuro dar uma atenção especial à atuação de Higuaín. É inevitável por
tudo que o cercou. Mesmo quando nosso atacante não marcava gols e não estava
tão bem tecnicamente na partida, eu sempre enfatizei que ele continuava a se
esforçar e a demonstrar empatia com seus companheiros, tentando se adaptar no
campo ao lado de outro atacante de área (algo que sempre critiquei Allegri, mas
que sem Dybala e Pjaca foi necessário).
Enfim, toda essa dedicação de Higuaín fica valorizada
após a atuação dele ontem. Pipita não foi genial, não foi um absurdo técnico
(pouco provável que um dia o seja), mas quando precisamos dele como ontem (e
contra o Dínamo de Zagreb para desempatar a partida), ele estava lá. Pipita é
um jogador "chato", incomoda. Nunca me manifestei a favor ou contra
sua contratação. Mas torço demais para que seus gols nos levem longe.
Para finalizar a partida, após as entradas de Lemina,
Pjanic e Dybala (nos lugares de Sturaro, Cuadrado e Mandzukic), em ótima jogada
do argentino e após duas grandes defesas de Hart, Pjanic fechou a conta,
trazendo a vitória para o lado preto e branco da cidade. Foi mais uma boa
apresentação da Juventus no 4-3-3 e acredito que Allegri comece a perceber que
talvez este seja o esquema que melhor possa extrair o que cada jogador tenha de
melhor.
Ao final do jogo, os jogadores foram comemorar com a torcida bianconera. Foto: Juventus.com |
Certos times têm certas marcas que os envolvem. O
Santos e o Barcelona são conhecidos por jogarem bonito, o Corinthians é o time
que faz a torcida sofrer (e que gosta disso) até os momentos finais, Flamengo é
o time da massa, Manchester United é o time do “Fergie Time”, Real Madrid dos
galáticos e a Juventus é o time da vitória pela vitória.
Vencer está cravado na história da Juventus, onde a
“mentalidade vencedora bianconera” (para os fãs de NBA, algo como a “Mamba
Mentality”) está estampada em todos os lugares. Ontem foi uma amostra da paixão
bianconera pela vitória, que nos deixa esperançosos pelo que vem pela frente.
Sorteio das oitavas de final da Champions League
Hoje pela manhã foi sorteado o nosso adversário pelas
oitavas da UCL. O Porto, de Casillas, será nosso adversário. Adversário de
camisa, acostumado a ser zebra e ganhar suas eliminatórias em nível
continental. Para nós, foi bom ter saído o Porto. É um time que fará jogo duro,
mas que se temos qualquer pretensão de conquista europeia temos que vencê-los
e, assim, evoluindo o time.
Especulações
A temporada de especulações de contratação nunca acaba
para a Juventus. Witsel, Draxler, Isco, N’Zonzi, Rincón, Kessie e Caldara são
especulados pela imprensa. A imprensa italiana AMA especular jogadores na
Juventus. Impressionante!
Próximo jogo: no domingo
(18), a Juventus recebe a Roma, no Juventus Stadium.
Fino alla fine, FORZA JUVENTUS!
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