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Arsenal 2x0 Palace: Ponto de transição

(Foto: Action Images via Reuters)
Ano novo e missão velha. Todos os times da parte de cima - com exceção ao Manchester City - ganharam suas partidas e, por isso, a única opção viável para a nossa equipe era vencer. O Crystal Palace está mal no campeonato, é verdade, mas ainda era um time que poderia complicar as coisas porque além de possuir bons jogadores em seu elenco - Cabaye e Benteke, por exemplo - eles tinham um novo técnico à bordo da equipe, Sam Allardyce.

Mas não demos chances para o azar. Como esperado, desde o primeiro minuto tomamos as iniciativas ofensivas da partida e era claro que o objetivo dos comandados por Arsène Wenger era sair de campo com os três pontos na conta.

Logo aos 17 minutos, um momento de mágica provou tudo àquilo que eu tinha falado antes: Lucas se esforçou e conseguiu recuperar a bola no campo de defesa e deu para Bellerin em velocidade que tocou para Iwobi que puxou o contra-ataque com velocidade até a bola chegar a Alexis. O chileno fintou e cruzou para Giroud dar um chute de escorpião para abrir o placar. O ano acabou de começar e eu duvido que tenha algum gol que irá superar o do francês nos próximos 364 dias dele. Foi aquele gol que deveria valer por dois.

Olivier Giroud: que homem! (Foto: PA)
Com o placar aberto com estilo, o Arsenal continuou atacando e era questão de tempo para o jogo acabar e a vitória se confirmar. No segundo tempo, ainda conseguiríamos ampliar o placar: A defesa rebateu para cima um cruzamento de Monreal e Iwobi cabeceou para fazer o dois a zero. O jovem nigeriano jogou pelo meio nesse jogo e rendeu bastante, tendo uma ótima atuação e mostrando um bom futebol. Pode se tornar uma boa opção para substituir Özil quando o alemão estiver em um dia ruim.

Para não dizer que foi um massacre, o Palace assustou em um lance após o segundo gol. Townsend, Benteke e Cabaye tentaram vencer Cech em três chutes diferentes, porém nossa muralha mostrou segurança e defendeu as três tentativas. Uma vitória tranquila e uma atuação muito boa, com um time ao mesmo tempo mais leve e jogando com uma referência (Giroud). Com a vitória, agora estamos em terceiro lugar. Mas não há muito tempo para comemorar já que janeiro é um mês caótico e na quinta já enfrentaremos o Bournemouth.

Iwobi, que teve uma boa atuação, comemora o seu gol. (Foto: Action Images via Reuters)
Que o jogo de hoje tenha sido um ponto de transição para que o Arsenal continue jogando bem e consiga encontrar o ápice de seu futebol para que exista a possibilidade de manter as boas atuações e chegar ao objetivo maior, que por ora está distante, que é o título.

A sensação nesse fim de primeiro turno é de inconsistência. Em algumas partidas jogamos como um time de elite da Europa e em outras jogamos como um time que estava enfrentando outro muito superior e por isso tinha medo de atacar. Dos 3 a 0 contra o Chelsea até o 0 a 0 com o Middlesbrough no Emirates, o Arsenal oscilou em muitos momentos - apesar de ter apenas três derrotas.

Arsène Wenger parece não ter encontrado o time ideal ainda, o que é algo que afasta o Arsenal de render tudo àquilo que pode. As lesões, pra variar, atrapalham, mas não podem ser justificativas para explicar tamanha inconsistência. Diferente de nossos rivais que na maioria das vezes vencem e convencem, em muitas partidas custamos a vencer - como, por exemplo, o jogo contra o Burnley. Ainda há um turno inteiro pela frente e o campeonato não acabou, mas precisamos achar algo que nos confirme como um time a ser batido. 2017 começou bem e espero que seja assim até o final dele.

Twitter: @SiteLF / @LFEuropa
Autor: Sergio Santana (@sergiostn_)

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